Mundo de ficçãoIniciar sessãoAlice Vitali é uma artista brilhante, mas desesperada. Peter Blackwood é um bilionário italiano que não aceita "não" como resposta. Quando seus mundos colidem em um leilão de luxo, o interesse dele por ela se torna uma obsessão instantânea. Ele vê a escuridão que ela esconde e lhe oferece uma saída... por um preço. Presa em seu jogo de sedução e poder, Alice terá que decidir o quanto vale sua liberdade. E se ela está disposta a perder a alma no processo.
Ler maisAs palavras dele – "aprender a me obedecer e a gostar disso" – foram um soco no estômago. Minha mão apertou o copo de suco com tanta força que os nós dos meus dedos ficaram brancos. O ar na sala pareceu se esgotar.Peter se recostou na cadeira, o sorriso predador ainda nos lábios, observando minha reação com o interesse frio de um cientista analisando uma amostra. Ele adorava ver as suas palavras me atingirem."Eu acho que terminamos o desjejum", ele disse, colocando o guardanapo de linho ao lado do prato com um gesto final. Ele se levantou. Lentamente. Com uma graça calculada. Cada movimento dele era uma demonstração de poder.Eu o segui com os olhos, meu corpo tenso. Ele não se afastou da mesa. Em vez disso, ele começou a se mover na minha direção. Cada passo era deliberado, diminuindo a distância entre nós, aumentando a tensão no ar.Minha respiração ficou presa na garganta. Ele se aproximou da minha cadeira. Parei, com as mãos apertando a borda da mesa."Peter", eu disse, a voz sa
O amanhecer chegou não com a gentileza do sol espreitando por uma fresta, mas com uma luz fria e impessoal inundando o quarto pelas janelas gigantescas. Abri os olhos, sentindo um peso esmagador no peito e um latejar constante entre as minhas pernas.A memória do que aconteceu na noite anterior me atingiu como um tsunami. O contrato. O beijo. O estúdio. O sexo brutal e avassalador. Peter. Meu corpo reagiu com um tremor.Eu estava deitada na cama dele. Ou melhor, nossa cama, agora. A seda fria dos lençóis contrastava com o calor residual do meu corpo. Levantei a mão, os dedos roçando o tecido macio da camiseta preta que eu usava. O cheiro dele me envolveu, sândalo e poder, e eu odiei o quanto aquilo me acalmava. Odiou o quanto eu me sentia... segura ali, apesar de tudo.Um gemido escapou dos meus lábios. Meu corpo doía em lugares que eu nem sabia que podiam doer. Era uma mistura de músculos doloridos e a sensação de ter sido... aberta. Explorada. Reivindicada.Levantei da cama, minhas
O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor.Estávamos ali, jogados no chão macio do estúdio, um emaranhado de membros suados e respirações ofegantes. O cheiro era uma mistura primária de sexo, suor e o cheiro asséptico de tela nova. Meu corpo era um mapa de sensações: a dor latejante e deliciosa entre as minhas pernas, a ardência dos arranhões que eu mesma fiz nas costas dele, a sensibilidade da minha pele onde os dedos dele me marcaram. Eu me sentia esvaziada. E perigosamente viva.Peter foi o primeiro a se mover. Ele saiu de cima de mim com uma fluidez que desmentia a brutalidade de segundos atrás. Levantou-se, nu, e por um momento eu tive a visão completa do predador. O corpo dele não era o de um playboy de academia. Era funcional, poderoso. Músculos definidos sob uma pele bronzeada, com algumas cicatrizes finas que contavam histórias que eu não conhecia. Ele era uma obra de arte perigosa.Ele me olhou de cima, deitado no chão. Seu olhar percorreu cada centímetro do meu corpo expost
As palavras dele – "o verdadeiro espetáculo começa agora" – se revelaram uma profecia. O sexo na mesa, o estúdio dos meus sonhos... tudo foi apenas o aquecimento. Peter Blackwood não era um homem que parava na primeira rodada.Ele me fodia contra a parede do meu próprio paraíso profanado, e a cada estocada, eu sentia a base da minha alma se fragmentar. Meu corpo era um violino sob o arco implacável dele, e eu tocava a melodia da rendição. Mas a minha mente... ah, a minha mente ainda estava em guerra.Ele se afastou um pouco, o suficiente para me olhar nos olhos enquanto ainda me tinha em seu corpo. Meus cabelos estavam grudados na testa, meu corpo suado, o sutiã apertava meus seios que subiam e desciam sem controle. Eu era uma bagunça deliciosa. E ele me devorava com os olhos."Olhe para você, Alice", ele rosnou, a voz rouca, e a mão dele subiu para enlaçar meus cabelos pretos, puxando-os para expor meu pescoço. Seus lábios roçaram minha pele quente. "Tão linda no caos. Tão perfeita n
O ápice dele foi uma tempestade. Senti a contração poderosa dentro de mim, o calor dele me preenchendo, me marcando. Ele enterrou o rosto na curva do meu pescoço, o corpo todo tenso, um rosnado baixo vibrando contra a minha pele. Por um segundo, um único segundo, ele não era o magnata no controle. Era um homem no limite, perdendo-se dentro de mim.E então, ele voltou.Ele se afastou lentamente, saindo de dentro de mim com uma sucção úmida que me fez ofegar pela perda. Eu estava um caos. Cabelo grudado na testa, maquiagem borrada, o vestido amassado. Meu corpo era uma confusão de fluidos – dele e meus – e tremores pós-orgasmo. Eu era a imagem perfeita de uma mulher que tinha sido completamente fodida.Mas quando olhei para ele, ele estava quase impecável. O cabelo levemente despenteado, o rosto corado pelo esforço, mas os olhos... os olhos estavam mais afiados do que nunca."Isso", ele disse, a voz rouca, enquanto ajeitava a própria roupa com uma calma irritante, "foi o pagamento da pr
O mundo se resumia àquela caneta de ouro entre meus dedos. Pesada. Fria. A arma que eu usaria para cometer suicídio da minha própria liberdade.Eu olhei para Peter. O rosto dele era uma máscara de controle, mas seus olhos... seus olhos eram um inferno de triunfo e desejo. Ele já tinha vencido. Ele sabia disso. Eu sabia disso. A assinatura era apenas a porra da cerimônia.Com um movimento que pareceu levar uma eternidade, eu me inclinei sobre a mesa de vidro. A ponta da caneta tocou o papel caro. O som do meu nome sendo arrastado pela linha pontilhada foi a coisa mais alta que eu já ouvi. A-l-i-c-e V-i-t-a-l-i. Cada letra, uma facada.E então, aconteceu. Uma única lágrima, quente e solitária, escapou do meu olho direito. Ela desceu pela minha bochecha e caiu com um pingo silencioso bem em cima da minha assinatura, borrando a tinta fresca do "A" de Alice.Um sacrifício. A marca da minha alma se misturando à tinta do diabo.Fechei o contrato com um baque seco e o empurrei pela mesa. "Sat





Último capítulo