Três anos de casamento haviam se passado, e Lívia Lopes se sentia envolta nas nuvens eEm tanto amor vindo do marido. Finalmente, o seu desejo de engravidar estava prestes a se realizar.havia se realizado. Porém, ao mostrar o resultado do teste de gravidez para Silvio Duarte, a resposta que recebeu foi um pedido de divórcio:- Jamais permitirei que outra mulher carregue meu filho!A mente dela ficou turbulenta:.- Por quê? - Perguntou ela, com tristeza.O homem declarou com firmeza:- Porque... Eu nunca te amei!Então nNa verdade, ela se sentiu era a única tola neste mundo! Ela aAcreditavaou que aquele homem era tão apaixonado por ela, mas, na realidade, o que ele amava era apenas o rosto semelhante entre ela e outra mulher!Sem mais apegos, Lívia assinou imediatamente o acordo de divórcio, decidida a nunca mais cruzar seu caminho!, aPorém, aquele homem, que insistentemente a mandou desaparecer, quepesar dele pedir insistentemente que ela ficasse, repetindo incansavelmente:disse que não a amava mais, enlouqueceu.- Lívia...Olhando para o túmulo de sua amada esposa, ele finalmente percebeu que ela já havia se tornado a coisa mais preciosa no seu coração, algo inseparável e de valor inestimável.
Ler mais- Obrigada. - O sorriso no rosto de Lívia se intensificou, e ela respondeu com serenidade.Agradecida pelo elogio, que aliviou um pouco do seu desconforto interior, ela passou a não se sentir tão avessa ao branco.- Este é o guarda-chuva para você. - Ela retirou de sua bolsa um guarda-chuva nas cores preta e branca. - Gosta?- Você escolheu especialmente para mim? - Enzo, sempre perspicaz, entendeu de imediato.Lívia confirmou com um aceno, não tinha a intenção inicial de contar isso para não parecer que estava dando muita importância, mas, já que Enzo perguntou, ela não viu necessidade de ocultar. - Desde que você mencionou que eu deveria retribuir o favor trazendo um guarda-chuva, eu fiquei reparando em guardas-chuvas que você pudesse gostar. – Ela disse. Quanto mais transparente, mais a relação entre eles tenderia a se normalizar:Era apenas uma maneira de retribuir um favor, sem nenhum outro significado.Um vislumbre de desapontamento passou pelos olhos de Enzo, notado por Lívia.
As chuvas de outono deste ano havia sido excepcionalmente frequentes.Lívia observava pela janela do escritório, sentindo a chuva fina e persistente que, embora não fosse forte, conferia à cidade inteira a aparência de estar envolta em um véu escuro, a tornando ainda mais sombria.As pessoas nas ruas se apressavam, e aquelas com guarda-chuvas se moviam rapidamente, como pequenas formigas ao vento.Lívia pensou em Enzo. Ela devia um favor a ele. Um dia, pediu que ele levasse um guarda-chuva para ela. Esse tipo de coisa não deveria ser adiado. Lívia olhou para as roupas já quase prontas, se levantou, pegou um guarda-chuva e se misturou à chuva.Chegando à entrada do Hospital, coincidiu com a hora do almoço.Muitos médicos e enfermeiros entravam e saíam do refeitório.Se lembrando das palavras de Enzo e preocupada que ele se molhasse novamente, Lívia se apressou em direção à clínica.Ela vestia um traje branco com renda, caminhando sob o céu escuro como uma flor branca pura, irradiando u
- Ainda tenho coisas a fazer. - O beijo do homem foi intenso e apressado, e ele se afastou rapidamente. - Estou indo. - Dizendo isso, ele já estava à porta, deixando para Lívia apenas a sua silhueta.“Ultimamente, ele está se tornando cada vez mais cauteloso...” Essa era a reflexão profunda de Sílvio. Ele a conhecia tão bem e ainda assim incapaz de controlar o desejo de tocar ela. Tocar era apenas tocar, mas um simples beijo nos lábios era suficiente para incendiar seu corpo, desejando ardentemente se unir a ela.Cada beijo era como uma dose excessiva de uma droga da qual ele se tornara dependente. Se ele não se afastasse a tempo, sabia o que acabaria fazendo com ela. Mas ele não tinha coragem de se permitir ir tão longe, temendo ultrapassar os limites, temendo que ela não desejasse isso. “É necessário ir devagar.” Silvio repetiu isso para si mesmo inúmeras vezes. Enquanto observava a desordem ao redor, Lívia quase podia pensar que tudo aquilo tinha sido apenas um sonho. Até mesmo
O olhar era semelhante, o nariz também, até mesmo o vigor parecia inalterado.- O que foi? - Ela não compreendia.Sílvio estava frustrado. Irritado com essa mulher por não perceber suas intenções. Irritado por ela só ter olhos para aquelas velhas roupas!- Olhe para mim! - No auge de sua impaciência, Sílvio revirou todas as roupas cuidadosamente organizadas por ela, forçando ela a desviar o olhar na sua direção. As roupas que antes enfeitavam o quarto, agora estavam espalhadas, criando um caso total, como se tivessem sido jogadas de forma violenta..- O que você quer, afinal? - Lívia, contendo a sua fúria, lançou um olhar de cima a baixo. - Só quero que você me olhe! - Sílvio respondeu perplexo, incapaz de compreender por que era tão difícil para ela dividir sua atenção entre ele e as roupas. Mesmo que ela não o encarasse diretamente, estava claro que ele estava ali, vivo e presente. Até se ele tivesse morto, ainda seria cortês da parte dela lançar um olhar em sua direção- Você que
Sílvio definitivamente não era um tolo. Isso ficou evidente desde que ele investigou a viagem dela ao exterior e soube mais sobre seu caráter.Este homem era muito mais astuto do que ela imaginava.- Eu acho que o amo mais do que antes. - Aurora ficava cada vez mais satisfeita com seus próprios pensamentos. Por isso, ela estava decidida a se casar com ele. - Vamos voltar para a Mansão dos Lopes agora. - Aurora olhou para João. - Vou descansar bem.- Você não vai se preparar para a exposição? - João a observou tão serena a ponto de se preocupar.O evento começava em uma semana. Nesse estado, seria difícil Aurora vencer Lívia.Lívia havia espirrado incessantemente nesta manhã, imersa em seu trabalho para brilhar na próxima exposição. Determinada a se destacar, ela sacrificou sono e conforto, passando duas noites consecutivas dormindo e comendo no estúdio. Sílvio, já bastante descontente com essa situação, a observava diariamente no escritório adjacente. Seu semblante carregado denotava
- Afinal, cresceu no campo, acostumada a disputar comida com cachorros, não deve ter muita dignidade. - Aurora concordou. - E pensar que às vezes eu me sentia intimidada pela postura de Lívia, sei que o que realmente me assustava nunca foi Lívia, mas sim Sílvio, por trás dela.- Falando nisso, é só uma caipira, a Lili. - João lamentava, ainda irritado pelo constrangimento que sofreu no hospital por causa dela. - Eu não deveria ter me deixado se intimidar naquele momento. Eu deveria ter dado um tapa na cara dela, para ela cair de joelhos implorando por misericórdia! Mesmo com Sílvio por perto, João sabia que Lívia ainda viria em defesa de seu pai!- Pois é. - Aurora suspirou. - Não sei como o Síl pôde se interessar por ela.O olhar de João passou pela terrível cicatriz no rosto de Aurora e ouviu sua voz rouca. Depois, pensou na elegância e dignidade de Lívia, sentiu que algo não batia, mas não conseguiu identificar o que era.- É, ela não chega aos pés da nossa Aurorinha! – João apena
Último capítulo