Ela nasceu à margem. Ele, no topo da cadeia. O que começa com desejo, vira obsessão… e se transforma em uma guerra entre amor e poder. Luna sempre soube que o mundo dos ricos não era feito para ela. Criada por uma mãe marcada pelo abandono e segredos, ela lutou com unhas e dentes por cada centavo. Mas quando um acidente a leva até Leonel Bragança, o herdeiro de um império bilionário e arrogante, sua vida muda para sempre. Entre lençóis de seda e jantares em mansões, Luna descobre que a riqueza tem um preço — e que o verdadeiro luxo pode esconder mentiras letais. Leonel é perigoso, magnético, cheio de cicatrizes que o dinheiro não cura. Ele a quer. E não está acostumado a ouvir “não”. Mas o que nenhum dos dois esperava era que os pecados do passado fossem muito mais profundos — e que o amor entre eles poderia tanto salvar quanto destruir. Refém do Bilionário: Entre o Ódio e o Desejo é um romance intenso, recheado de reviravoltas, cenas quentes e segredos que vão fazer você devorar cada capítulo. Prepare-se para se apaixonar… e se viciar.
Leer másLuna saiu do prédio sem dizer uma palavra. Leonel tentou detê-la, mas ela precisava respirar. Precisava pensar. Precisava entender.A imagem daquela mulher grávida continuava presa na sua mente. A dedicatória atrás da foto... o tom ameaçador... tudo parecia um aviso: Nada é tão perfeito quanto parece.Ela sabia que Leonel tinha um passado — todos tinham. Mas o que a doía era o fato de ele ter escondido.Se existia a chance de ele ter um filho e nunca ter contado… como confiar?Ela andou por quarteirões inteiros até entrar numa padaria simples, sentar num canto, e abrir o celular. Pesquisou tudo o que pôde. Nome da empresa de Leonel, envolvimentos antigos, colunas de fofoca, fotos antigas.E então… ela viu. Uma imagem de três anos atrás, numa festa de gala. Leonel com uma morena elegante ao lado.A legenda dizia: Leonel Bragança e Alícia Vasques, diretora da área internacional da Bragança Group, aparecem juntos no evento beneficente da ONG Luz da Vida.Luna sentiu o nome se cravar no p
Depois do beijo no terraço, Luna e Leonel permaneceram abraçados por minutos, como se o mundo lá fora tivesse sumido. O frio da noite contrastava com o calor entre seus corpos.Ela precisava daquela conexão. Daquele momento em que ele a aceitava por inteiro, com falhas, passado, medos e tudo mais.— Vamos pra minha cobertura — ele sussurrou, a boca roçando o ouvido dela. — Preciso de você. Agora.Ela apenas assentiu.O elevador subiu devagar, como se sentisse o peso do desejo represado. Eles estavam lado a lado, mas a tensão entre os dois era quase palpável. Quando as portas se abriram, ele a puxou pela cintura e a beijou com urgência, com fome.— Quero sentir que você é só minha — ele disse, a voz rouca.— Eu sou sua — ela respondeu, entregando-se sem reservas.A cobertura estava em meia-luz. Ele a conduziu até o quarto sem parar de beijá-la, as mãos explorando suas curvas com reverência e desejo.Luna tirou o vestido com um movimento, revelando a pele quente e o corpo que Leonel já
Luna sentia as mãos suadas enquanto se aproximava da cafeteria do centro, onde Arthur havia marcado o encontro. Ele não dissera nada além de um simples: “Apareça. Ou eu conto tudo pro seu namorado.”O coração batia como se quisesse saltar do peito. Mas ela precisava encarar. Precisava impedir que ele usasse o passado como arma. Não mais.Quando entrou, o viu no fundo do salão.O mesmo sorriso sarcástico. O olhar que um dia a fez se sentir desejada… e depois a fez se sentir um lixo. Arthur estava mais magro, o cabelo mais curto, mas o veneno nos olhos ainda era o mesmo.— Luna — ele disse, abrindo os braços. — Quanto tempo, meu bem.Ela não sentou. Ficou de pé diante dele, firme.— Diz logo o que quer.Ele riu, encostando-se na cadeira como um rei no trono.— Calma, querida. Senta, vamos conversar como civilizados.— Eu não tenho nada pra conversar com você.Arthur apoiou os cotovelos na mesa e inclinou o corpo.— Ah, mas eu tenho. Você se esqueceu que ainda somos casados? Que tecnicam
Luna acordou sentindo o calor de Leonel ao seu lado. Os lençóis bagunçados, o perfume dele ainda preso à sua pele. Tudo parecia mais leve. Mais certo. Pela primeira vez, ela respirava sem o peso do medo.Leonel dormia profundamente, a expressão serena de quem havia enfrentado e vencido seus fantasmas. Luna passou os dedos pelos cabelos dele, sorrindo.Mas o celular dela vibrou na mesa de cabeceira. Uma mensagem.Número desconhecido: “Você achou que podia me esquecer? Não tão fácil, Luna. Estou de volta.”Ela sentiu o coração parar.Um frio na espinha.Não... não podia ser.Ela pulou da cama, pegou o celular, e a mensagem piscava como uma maldição.Ela sabia exatamente quem era.Arthur.Flashback. Três anos antes.Luna tinha apenas vinte anos quando conheceu Arthur. Bonito, carismático, vendedor de sonhos — e golpes. Ele surgiu quando ela estava mais frágil, trabalhando como garçonete, tentando ajudar a mãe com as contas.Arthur a seduziu com palavras doces e promessas de estabilidade.
Do lado de fora do laboratório, Luna sentia as pernas trêmulas. A espera parecia interminável. Cada segundo pulsava em sua garganta como um tambor de guerra.Leonel estava ao lado dela, inquieto, os olhos fixos na porta de vidro fosco de onde o envelope sairia. Não falavam há minutos. Não era silêncio... era tensão.E então, a recepcionista surgiu com o envelope lacrado nas mãos.— Nome: Leonel Bragança e Luna Duarte? — ela confirmou, com cautela.Luna assentiu. Leonel estendeu a mão. O envelope queimava.— Obrigada — murmurou ele, e a moça se retirou, deixando-os sozinhos na sala de espera fria.Ele olhou para Luna.— Você quer abrir?Ela balançou a cabeça.— Abre você.Ele rasgou o lacre, lentamente. Retirou a folha.E então… leu.Uma. Duas. Três vezes.Silêncio.— Leonel...? — a voz dela saiu rouca, quebrada pela ansiedade.Ele ergueu o olhar, os olhos marejados.— Não somos irmãos, Luna.Ela congelou.— O quê?Ele respirou fundo, segurando a folha com as mãos trêmulas.— A compati
O cemitério Bragança ficava no interior, numa propriedade isolada da família. Um mausoléu frio, imponente, guardado por ferros antigos e a arrogância dos que se achavam eternos.Leonel e Luna chegaram juntos, de mãos dadas, embora a dúvida ainda pesasse entre os dedos entrelaçados.— Nunca pensei que voltaria aqui — ele murmurou, olhando para o nome cravado em pedra: Leônidas Bragança – Visionário. Pai. Fundador.Mas para Luna, aquele nome começava a ter outro significado: Mentiroso. Covarde. Estuprador?Ela não sabia. E essa dúvida a corroía.— Você está pronta? — ele perguntou.Ela assentiu.Leonel retirou um envelope do bolso. Dentro, um pedido judicial para exumação do corpo, assinado por um juiz amigo da família.— Em 48 horas, faremos o teste de DNA. E então, saberemos a verdade.Mas a verdade... já estava a caminho. Em forma de memória.Vinte e quatro anos antes...A chuva caía em Vitória com fúria naquela noite.Eloá, mãe de Luna, caminhava de salto alto pela calçada molhada,
Isabel segurava o envelope com luvas. Não por medo de impressões digitais, mas por puro fetichismo de poder. Adorava a sensação de manipular segredos com a ponta dos dedos.— Você tem certeza que isso é real? — perguntou ela ao investigador que contratara.— Absoluta. O laudo é autêntico. A assinatura do cartório é original. E, veja... — ele apontou o verso da certidão — ...a alteração no nome foi feita a pedido da mãe. Pouco depois do nascimento da menina.Isabel sorriu com o canto dos lábios.— Luna Duarte... não é quem pensa que é.Ela puxou um gole longo da taça de vinho e encarou o documento. Nele, lia-se com clareza:Nome do Pai: Leônidas Bragança.Sim. O patriarca. O falecido fundador do império Bragança.Pai de Leonel.Luna... era meia-irmã de Leonel.O mundo parou por um segundo.— Isso... isso pode destruir a reputação dele. Se isso vier à tona, vão acusá-lo de incesto. Mesmo que não tenham crescido juntos, o escândalo vai arruinar os dois — comentou o investigador, quase co
As luzes da cobertura estavam apagadas. Apenas a penumbra do luar invadia o quarto, pintando o contorno dos corpos entrelaçados na cama. Luna dormia com a cabeça sobre o peito de Leonel, seu rosto tranquilo, os lábios entreabertos, como se sonhasse com um lugar onde finalmente estivesse em paz.Mas Leonel não dormia.Seus olhos fitavam o teto, como se ali estivessem escritas todas as verdades que ele ainda escondia.O sucesso de Luna na televisão, a comoção nas redes, as provas contra Isabel... tudo caminhava para o final feliz que ela tanto merecia. Mas havia uma sombra que pairava entre eles. Uma sombra que Leonel enterrou anos atrás e que agora ameaçava ressurgir.Do lado da cama, seu celular vibrou em silêncio.Mensagem anônima: “Você pode apagar o passado da mídia. Mas não da memória de quem sofreu por sua causa. Em breve, todos saberão quem você é de verdade.”O sangue gelou.Lentamente, ele se soltou dos braços de Luna e se levantou, indo até o cofre escondido atrás de um paine
Luna estava pronta.A dor se transformara em arma. A vergonha, em escudo. E o amor que começava a florescer entre ela e Leonel... era a faísca que incendiava sua alma.Naquela manhã, ela apareceu ao vivo no programa de maior audiência do país.Vestia-se com elegância: um blazer branco marcando sua cintura, cabelos presos num coque firme, maquiagem suave, mas impactante. Havia poder no olhar dela. Postura de quem não se curva. De quem cansou de ser jogada no chão.Leonel assistia da cobertura, com os punhos fechados e o coração acelerado. Ela não queria que ele fosse com ela. Disse que precisava enfrentar sozinha. Ele respeitou.No estúdio, a apresentadora iniciou a entrevista com cautela:— Luna Duarte, você virou o centro de uma polêmica nacional. Foi chamada de interesseira, oportunista, destruidora de lares... e agora está envolvida em um processo de guarda da sua irmã. O que tem a dizer?Luna respirou fundo. Não piscava.— Eu fui julgada sem ser ouvida. Fui apedrejada por escolher