Luna estava pronta.
A dor se transformara em arma. A vergonha, em escudo. E o amor que começava a florescer entre ela e Leonel... era a faísca que incendiava sua alma.
Naquela manhã, ela apareceu ao vivo no programa de maior audiência do país.
Vestia-se com elegância: um blazer branco marcando sua cintura, cabelos presos num coque firme, maquiagem suave, mas impactante. Havia poder no olhar dela. Postura de quem não se curva. De quem cansou de ser jogada no chão.
Leonel assistia da cobertura, com os punhos fechados e o coração acelerado. Ela não queria que ele fosse com ela. Disse que precisava enfrentar sozinha. Ele respeitou.
No estúdio, a apresentadora iniciou a entrevista com cautela:
— Luna Duarte, você virou o centro de uma polêmica nacional. Foi chamada de interesseira, oportunista, destruidora de lares... e agora está envolvida em um processo de guarda da sua irmã. O que tem a dizer?
Luna respirou fundo. Não piscava.
— Eu fui julgada sem ser ouvida. Fui apedrejada por escolher