Do lado de fora do laboratório, Luna sentia as pernas trêmulas. A espera parecia interminável. Cada segundo pulsava em sua garganta como um tambor de guerra.
Leonel estava ao lado dela, inquieto, os olhos fixos na porta de vidro fosco de onde o envelope sairia. Não falavam há minutos. Não era silêncio... era tensão.
E então, a recepcionista surgiu com o envelope lacrado nas mãos.
— Nome: Leonel Bragança e Luna Duarte? — ela confirmou, com cautela.
Luna assentiu. Leonel estendeu a mão. O envelope queimava.
— Obrigada — murmurou ele, e a moça se retirou, deixando-os sozinhos na sala de espera fria.
Ele olhou para Luna.
— Você quer abrir?
Ela balançou a cabeça.
— Abre você.
Ele rasgou o lacre, lentamente. Retirou a folha.
E então… leu.
Uma. Duas. Três vezes.
Silêncio.
— Leonel...? — a voz dela saiu rouca, quebrada pela ansiedade.
Ele ergueu o olhar, os olhos marejados.
— Não somos irmãos, Luna.
Ela congelou.
— O quê?
Ele respirou fundo, segurando a folha com as mãos trêmulas.
— A compati