Os dias seguintes ao evento foram intensos. Leonel parecia cada vez mais envolvido. Mensagens carinhosas, convites para jantar, pequenos gestos que faziam o coração de Luna bater diferente.
Mas nem tudo eram flores.
Naquela tarde, Luna encontrou sua irmã, Lívia, sentada na escada da pensão, os olhos marejados.
— O que houve? — Luna se ajoelhou à frente dela.
— A assistente social veio de novo. Ela disse que se você continuar ausente, vão considerar me tirar daqui.
O mundo de Luna tremeu.
— O quê? Por que você não me contou isso antes?
— Porque eu vi como você está feliz. Não queria ser um peso.
Luna sentiu o chão sumir sob seus pés. Por um instante, tudo o que estava construindo com Leonel pareceu tão... distante.
— Você nunca vai ser um peso. Nunca. Eu faço tudo por você, Lívia.
A garota a abraçou apertado, mas o medo estava ali. Presente. Real.
Naquela noite, Luna não respondeu à mensagem de Leonel.
Ele ligou. Uma vez. Duas. Três.
Na quarta, ela atendeu.
— Aconteceu alguma coisa? —