Luna sentia as mãos suadas enquanto se aproximava da cafeteria do centro, onde Arthur havia marcado o encontro. Ele não dissera nada além de um simples: “Apareça. Ou eu conto tudo pro seu namorado.”
O coração batia como se quisesse saltar do peito. Mas ela precisava encarar. Precisava impedir que ele usasse o passado como arma. Não mais.
Quando entrou, o viu no fundo do salão.
O mesmo sorriso sarcástico. O olhar que um dia a fez se sentir desejada… e depois a fez se sentir um lixo. Arthur estava mais magro, o cabelo mais curto, mas o veneno nos olhos ainda era o mesmo.
— Luna — ele disse, abrindo os braços. — Quanto tempo, meu bem.
Ela não sentou. Ficou de pé diante dele, firme.
— Diz logo o que quer.
Ele riu, encostando-se na cadeira como um rei no trono.
— Calma, querida. Senta, vamos conversar como civilizados.
— Eu não tenho nada pra conversar com você.
Arthur apoiou os cotovelos na mesa e inclinou o corpo.
— Ah, mas eu tenho. Você se esqueceu que ainda somos casados? Que tecnicam