Ela nasceu à margem. Ele, no topo da cadeia. O que começa com desejo, vira obsessão… e se transforma em uma guerra entre amor e poder. Luna sempre soube que o mundo dos ricos não era feito para ela. Criada por uma mãe marcada pelo abandono e segredos, ela lutou com unhas e dentes por cada centavo. Mas quando um acidente a leva até Leonel Bragança, o herdeiro de um império bilionário e arrogante, sua vida muda para sempre. Entre lençóis de seda e jantares em mansões, Luna descobre que a riqueza tem um preço — e que o verdadeiro luxo pode esconder mentiras letais. Leonel é perigoso, magnético, cheio de cicatrizes que o dinheiro não cura. Ele a quer. E não está acostumado a ouvir “não”. Mas o que nenhum dos dois esperava era que os pecados do passado fossem muito mais profundos — e que o amor entre eles poderia tanto salvar quanto destruir. Refém do Bilionário: Entre o Ódio e o Desejo é um romance intenso, recheado de reviravoltas, cenas quentes e segredos que vão fazer você devorar cada capítulo. Prepare-se para se apaixonar… e se viciar.
Leer másLuna apertava a bandeja contra o peito, tentando ignorar o som irritante dos saltos e risos fingidos que ecoavam no salão luxuoso do Hotel Elite. As mãos suadas denunciavam sua ansiedade, mas ela mantinha o sorriso treinado nos lábios.
A festa de lançamento de uma linha de relógios exclusivos atraía a elite da cidade. Ela não pertencia àquele lugar. Sabia disso desde o momento em que colocou os pés no salão e encarou os lustres de cristal que pareciam zombar de sua simplicidade. — Dois espumantes, por favor — pediu uma mulher loira, com joias que brilhavam mais do que a própria iluminação. Luna assentiu, entregando as taças com cuidado. Fingiu não ouvir o comentário maldoso logo em seguida. — Essas garçonetes deviam ter um curso de etiqueta antes de servir a gente. Virou-se e seguiu até o balcão, mordendo a língua. Só precisava do dinheiro. Um turno, só isso. Depois voltaria para o quartinho minúsculo que alugava em Vila Oeste e cuidaria de sua irmã mais nova. Foi quando o viu. Alto. Traje preto impecável. Cabelo castanho escuro penteado com precisão. Um leve sorriso nos lábios que não combinava com o olhar afiado e perigoso. Ele segurava uma taça de whisky e observava tudo como se não pertencesse àquele mundo — mesmo sendo o dono de tudo aquilo. Leonel Bragança. Luna engoliu seco. Já ouvira falar dele. Quem não ouvira? Presidente do Grupo Bragança, milionário desde os vinte e um anos, solteiro e... escandalosamente bonito. Ela desviou o olhar e voltou ao trabalho. Mas ele não desviou. Leonel a viu desde o momento em que ela entrou no salão. Não era a mais bonita da festa. Nem a mais sensual. Mas havia algo naquele olhar castanho, algo naquela forma contida de se mover, como se ela não quisesse ser notada — e justamente por isso, era impossível não nota. — Você. — A voz dele era grave, baixa e firme. Luna se virou devagar. — Senhor? — Está fugindo de mim? Ela franziu a testa. — Desculpe, eu... estou trabalhando. Ele deu um passo à frente, observando cada detalhe dela. — Você tem nome? Ela hesitou. — Luna. — Luna — repetiu ele, saboreando o som. — Nome bonito. Ela deu um passo para trás, incômoda com a atenção. — Eu preciso voltar ao serviço. — Claro. — Ele inclinou o rosto, como se gravasse o dela na memória. — Mas espero te ver de novo esta noite, Luna. Ela virou as costas rapidamente, sentindo o coração bater mais rápido do que o normal. “Não se envolva”, pensou. “Homens como ele não olham para mulheres como você. E se olham… é só por uma noite.” Mas naquele exato momento, algo dentro dela já começava a desmoronar. Mais tarde, quando todos se retiravam, Luna se aproximou do balcão para pegar o último pedido. O salão estava quase vazio, exceto por ele. Leonel estava sentado sozinho, com a gravata solta e o olhar perdido no horizonte iluminado da cidade. Quando viu Luna, ergueu uma sobrancelha. — Ainda aqui? — Terminei agora. Só vim buscar minha bolsa. — Posso te oferecer uma carona? Ela riu, sem humor. — Não, obrigada. Prefiro o ônibus. — À essa hora? Você mora longe? — Isso importa? Ele sorriu de lado. — Talvez. Ela se aproximou lentamente, cruzando os braços. — Olha, senhor Bragança... ou Leonel, sei lá, você é bonito, rico e claramente está acostumado a ter tudo o que quer. Mas eu não sou parte do seu cardápio da noite, se é isso que você pensa. Leonel encarou-a, surpreso. Depois, riu com gosto. — Finalmente, alguém que não abaixa a cabeça. Ela já se virava para ir embora quando ele se levantou e segurou suavemente seu pulso. — Eu não costumo me repetir. Mas com você, faria uma exceção. Ela sentiu o arrepio subir pela nuca. — Boa noite, senhor Bragança. — Boa noite, Luna. Mas não se engane... isso ainda está longe de terminar. Ela saiu, tentando ignorar o calor nas bochechas e o estranho aperto no peito. Não era o fim. Era apenas o começo.O clima dentro do escritório mudou. A tensão antes concentrada nos papéis e projetos agora estava toda concentrada nos corpos de Luna e Leonel, que pareciam arder em uma combustão mútua, impossível de conter.Leonel segurou Luna pela cintura, mantendo-a sentada em seu colo, e seus olhos, escuros e carregados de desejo, percorriam cada traço do rosto dela, cada curva, cada detalhe.— Você não faz ideia do quanto me provoca, Luna. Só de te ver assim, poderosa, decidida, dentro da minha empresa… — Ele roçou os lábios na mandíbula dela, deslizando até o pescoço. — Eu perco qualquer controle que imaginei ter.Ela sorriu, passando as mãos pelos ombros largos dele, brincando com a gravata de seda, puxando-a lentamente, como se descartar aquele pedaço de tecido fosse a primeira etapa de algo muito mais interessante.— Então perde, Leonel… — sussurrou, mordiscando o lóbulo da orelha dele. — Porque hoje quem manda aqui… sou eu.Ele rosnou baixo, uma risada arrastada e cheia de segundas intençõe
O som dos dedos batendo suavemente no teclado se misturava ao barulho constante do ar-condicionado da sala. Pela primeira vez em meses, Luna sentia-se realmente em paz. A claridade da manhã invadia as janelas amplas do Grupo Bragança, trazendo não só luz, mas uma nova esperança.Ela ajeitou a papelada sobre a mesa, revisando contratos, planejando estratégias e organizando a nova fase da empresa. O império Bragança finalmente estava livre das sombras que Dionísio deixara para trás.— Isso aqui estava uma bagunça — comentou, mordendo o lábio inferior e digitando concentrada.A porta se abriu sem cerimônia. Leonel, vestindo um terno azul-marinho impecável, entrou com aquele sorriso arrogante que ela conhecia tão bem.— Está organizando o caos, amor? — perguntou, se aproximando e inclinando-se sobre a mesa, deixando seu perfume amadeirado invadir os sentidos dela.Luna sorriu, divertida.— Alguém precisa, senhor Bragança. Enquanto você desfila charme pela empresa, sobra pra mim colocar or
O vento soprava frio quando Alexander, Leonel e Luna se posicionaram na encosta que dava vista à mansão escondida entre as colinas. As sombras da noite favoreciam o avanço silencioso, mas o que mais os protegia naquele momento era a determinação em cada passo.— Os fantasmas estão prontos — informou Leonel, tocando o pequeno fone no ouvido. — Posições cobertas ao redor da mansão. Nenhum movimento visível no térreo, mas detectaram calor humano no subsolo. Eles estão lá.Luna observava cada detalhe através do binóculo de visão térmica. Corações batendo, corpos se movendo lentamente — como se soubessem que estavam sendo caçados.— Dionísio está esperando — disse ela em tom firme. — Mas não do jeito certo.Alexander deu um leve sorriso, aquele que precedia suas jogadas mais ousadas.— Hora de dar um show.Divididos em dois grupos, os fantasmas se aproximaram silenciosamente pela lateral da mansão, desativando sensores e câmeras com precisão. Alexander e Leonel avançaram juntos por uma das
O silêncio reinava na sala de comando do refúgio. Apenas o som dos equipamentos processando os dados dos invasores ecoava no ambiente, intercalado pelas batidas dos corações atentos.Alexander observava as imagens dos três homens capturados. Dois estavam desacordados, um com o braço fraturado; o terceiro mantinha-se calado, mas o olhar denunciava arrogância. Não era um criminoso comum. Havia preparo militar, precisão nos movimentos e, acima de tudo, ausência de medo. Ele sabia exatamente onde havia se metido.— Ele quer que a gente o veja — murmurou Leonel, analisando o comportamento do prisioneiro. — Está mandando um recado. Como se dissesse: “Isso ainda não acabou”.— Esse tipo de gente só teme uma coisa — respondeu Alexander, os olhos fixos na ficha do homem. — Ser exposto.Luna se aproximou, tocando o ombro de Alexander.— Já descobrimos a identidade dele?— Em partes. Documentos falsos, digitais limpas, mas encontramos um fragmento de DNA em um banco de dados internacional. Ele j
A segunda-feira amanheceu diferente no Brasil. O escândalo estampava as manchetes dos principais jornais e portais de notícias. Programas de televisão interromperam pautas para falar sobre a denúncia explosiva que envolvia nomes de peso da elite empresarial e política. O nome de Dionísio Ferraz agora estava gravado a fogo na memória coletiva.No refúgio nas montanhas, o clima era tenso, mas controlado. Alexander se mantinha atento a cada nova publicação. Os relatórios vinham em tempo real, graças ao sistema interno de inteligência cibernética do Grupo Bragança.— Estão falando sobre uma CPI — comentou Luna, sentada diante de dois monitores. — A pressão popular está aumentando. Já há movimentações políticas para tentar frear as investigações, mas está grande demais para ignorarem.Leonel, em pé junto à lareira apagada, assistia em silêncio às imagens de seu pai sendo exibidas com legendas duras: “Mentor de uma teia de corrupção.”— Ele vai contra-atacar — murmurou. — Dionísio não é do
O relógio marcava 02h17 da madrugada quando o pequeno jato executivo do Grupo Bragança decolou discretamente da pista privada, carregando mais do que um simples HD criptografado — ele levava o coração de uma verdade perigosa.Alexander observava a decolagem através da parede envidraçada do hangar, os braços cruzados, o rosto impassível. Mas por dentro, cada fibra do seu corpo pulsava em alerta. Ao seu lado, Luna apertava o celular contra o peito, como se tentasse ouvir cada batida do motor, cada impulso de fuga. Leonel estava alguns passos atrás, olhando o céu escuro com olhos sombrios.— Agora é questão de tempo — murmurou ele, sem tirar os olhos do ponto onde a aeronave desaparecera.— O tempo é o nosso maior inimigo — rebateu Alexander. — Eles vão sentir o golpe antes mesmo da publicação sair. Alguém já deve ter interceptado alguma movimentação.Luna passou a mão pelos cabelos, inquieta.— Recebi uma notificação de acesso ao sistema de rastreamento interno do Grupo Bragança. Tentar
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