Os dias seguintes foram um vendaval de emoções.
Luna mal dormia. A imagem de Lívia sendo levada pela assistente social a perseguia como um pesadelo recorrente. Mas, ao mesmo tempo, o que ela e Leonel estavam construindo parecia crescer, ainda que em meio à lama da exposição.
Ela agora vivia com ele. Um universo de luxo, segurança... e amor. Sim, ela já não negava o que sentia. Por mais que tudo estivesse em ruínas lá fora, no olhar de Leonel havia algo firme, sólido, que fazia seu mundo parecer menos quebrado.
Naquela noite, ele a levou para a cobertura de vidro no topo do prédio — um espaço reservado, com vista para a cidade iluminada, rodeado por cortinas leves e luzes suaves. A mesa estava posta com cuidado, o jantar elegante, mas discreto.
— Você está tentando me fazer esquecer o inferno que minha vida virou? — ela perguntou, com um sorriso triste.
— Não. Estou tentando te lembrar que você ainda pode viver o céu.
Ela abaixou o olhar, tocando a taça de vinho com os dedos finos.
— L