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Refém do Bilionário: Entre o Ódio e o Desejo
Refém do Bilionário: Entre o Ódio e o Desejo
Por: Nalda
Capítulo 1 – A Garçonete e o Bilionário

Luna apertava a bandeja contra o peito, tentando ignorar o som irritante dos saltos e risos fingidos que ecoavam no salão luxuoso do Hotel Elite. As mãos suadas denunciavam sua ansiedade, mas ela mantinha o sorriso treinado nos lábios.

A festa de lançamento de uma linha de relógios exclusivos atraía a elite da cidade. Ela não pertencia àquele lugar. Sabia disso desde o momento em que colocou os pés no salão e encarou os lustres de cristal que pareciam zombar de sua simplicidade.

— Dois espumantes, por favor — pediu uma mulher loira, com joias que brilhavam mais do que a própria iluminação.

Luna assentiu, entregando as taças com cuidado. Fingiu não ouvir o comentário maldoso logo em seguida.

— Essas garçonetes deviam ter um curso de etiqueta antes de servir a gente.

Virou-se e seguiu até o balcão, mordendo a língua. Só precisava do dinheiro. Um turno, só isso. Depois voltaria para o quartinho minúsculo que alugava em Vila Oeste e cuidaria de sua irmã mais nova.

Foi quando o viu.

Alto. Traje preto impecável. Cabelo castanho escuro penteado com precisão. Um leve sorriso nos lábios que não combinava com o olhar afiado e perigoso. Ele segurava uma taça de whisky e observava tudo como se não pertencesse àquele mundo — mesmo sendo o dono de tudo aquilo.

Leonel Bragança.

Luna engoliu seco. Já ouvira falar dele. Quem não ouvira? Presidente do Grupo Bragança, milionário desde os vinte e um anos, solteiro e... escandalosamente bonito.

Ela desviou o olhar e voltou ao trabalho. Mas ele não desviou.

Leonel a viu desde o momento em que ela entrou no salão. Não era a mais bonita da festa. Nem a mais sensual. Mas havia algo naquele olhar castanho, algo naquela forma contida de se mover, como se ela não quisesse ser notada — e justamente por isso, era impossível não nota.

— Você. — A voz dele era grave, baixa e firme.

Luna se virou devagar.

— Senhor?

— Está fugindo de mim?

Ela franziu a testa.

— Desculpe, eu... estou trabalhando.

Ele deu um passo à frente, observando cada detalhe dela.

— Você tem nome?

Ela hesitou.

— Luna.

— Luna — repetiu ele, saboreando o som. — Nome bonito.

Ela deu um passo para trás, incômoda com a atenção.

— Eu preciso voltar ao serviço.

— Claro. — Ele inclinou o rosto, como se gravasse o dela na memória. — Mas espero te ver de novo esta noite, Luna.

Ela virou as costas rapidamente, sentindo o coração bater mais rápido do que o normal. “Não se envolva”, pensou. “Homens como ele não olham para mulheres como você. E se olham… é só por uma noite.”

Mas naquele exato momento, algo dentro dela já começava a desmoronar.

Mais tarde, quando todos se retiravam, Luna se aproximou do balcão para pegar o último pedido. O salão estava quase vazio, exceto por ele.

Leonel estava sentado sozinho, com a gravata solta e o olhar perdido no horizonte iluminado da cidade. Quando viu Luna, ergueu uma sobrancelha.

— Ainda aqui?

— Terminei agora. Só vim buscar minha bolsa.

— Posso te oferecer uma carona?

Ela riu, sem humor.

— Não, obrigada. Prefiro o ônibus.

— À essa hora? Você mora longe?

— Isso importa?

Ele sorriu de lado.

— Talvez.

Ela se aproximou lentamente, cruzando os braços.

— Olha, senhor Bragança... ou Leonel, sei lá, você é bonito, rico e claramente está acostumado a ter tudo o que quer. Mas eu não sou parte do seu cardápio da noite, se é isso que você pensa.

Leonel encarou-a, surpreso. Depois, riu com gosto.

— Finalmente, alguém que não abaixa a cabeça.

Ela já se virava para ir embora quando ele se levantou e segurou suavemente seu pulso.

— Eu não costumo me repetir. Mas com você, faria uma exceção.

Ela sentiu o arrepio subir pela nuca.

— Boa noite, senhor Bragança.

— Boa noite, Luna. Mas não se engane... isso ainda está longe de terminar.

Ela saiu, tentando ignorar o calor nas bochechas e o estranho aperto no peito.

Não era o fim. Era apenas o começo.

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