Desde a perda de sua amada esposa, Lorenzo tem lutado sozinho para criar suas filhas, mas o desespero fez com que ele tomasse uma decisão sobre o futuro de uma delas, sempre temia que a família caísse em pobreza, e que suas filhas passassem necessidades ou fome. - E então Bruno, o que seria necessário para que os lucros fossem igualitários? Lorenzo pergunta no escritório de Bruno. - quero a mão de sua herdeira mais velha. Revoltado, Lorenzo esbraveja. - jamais terá a mão de minha filha! Bruno solta uma gargalhada irônica. - posso fazer sua empresa afundar, você sabe muito bem disso. Aquelas palavras fizeram Lorenzo apertar o punho com força, fazendo sua mão sangrar. - se não quer que sua empresa afunde, e sua família caia na miséria, pense nisso, aceite minha proposta Lorenzo Fiori, e nada faltará para sua família. Ele pensa por um longo momento. - fechado. Sendo assim, Lorenzo assinou o contrato.
Leer másTarde de 05 de agosto de 1853
Um homem alto, com um terno cinza elegante, abre as portas procurando por Elisabetta, carinhosamente chamada de Elisa, ele encontra escrevendo partitura na mesa central. E para um instante para observar cauteloso, e então se lembra de sua falecida esposa que costumava ler e escrever livros naquele mesmo lugar. - papai? O que trás aqui logo pela manhã? Pergunta curiosa, deixando suas partituras de lado. - Elisa, temos algo inesperado para discutir. em um tom sério caminhando em sua direção. - Pela sua expressão creio que não seja algo bom. Elisa arrisca com tom ríspido, e então vê seu pai arquear a sobrancelha esquerda, e para ela isso significa um sermão ou desaprovação. Quando tinha 15 anos, perdeu sua mãe para um acidente em uma das embarcações de viagem, não foram encontrados vestígios, apenas recebeu um telegrama dizendo que a embarcação jamais chegou ao destino final, uma tempestade deixou o mar agitado e assim afundando a embarcação em meio às ondas gigantescas. Elisabetta fugiu de casa sem acreditar na mensagem recebida, quando seu pai a encontrou, ele arqueou a sobrancelha pela primeira vez dizendo que ela estava de castigo, e deveria estar cuidando da irmã pequena, que na época tinha 7 anos de idade. A mãe se Elisa sempre foi uma boa mãe e esposa, a perda afetou seu pai tragicamente fazendo o se fechar para o amor, e não se permitindo se apaixonar ou se casar novamente, e haviam muitas pretendentes querendo ocupar o lugar de sua esposa pelo fato de possuírem riquezas, fábricas de seda e serralherias por quase toda a Itália, exportação de seda era o negócio do momento, com isso os pais de Lorenzo enriqueceram, e ele assumiu tudo ao completar dezoito anos, o que foi uma ótima escolha, sempre foi um rapaz inteligente e astuto, e foi o que fez Izabella se interessar por ele. Ela era filha de padeiros, se conheceram em uma das padarias, Lorenzo ficou encantado com a voz, o talento e a gentileza daquela bela mulher, o encanto se transformou em um amor ardente, e desse amor nasceram Elisabetta e Giulia. - desculpa papai, então o que seria. Ele se senta na cadeira em frente a ela, respira fundo então conversa paciente. - Você sabe sabe que em breve terá que se casar. Elisa o interrompe levantando a mão. - papai, o senhor sabe que não quero me casar, sem estar apaixonada, eu não sou um objeto. ela usa firmeza na voz. Lorenzo se levanta furioso. - Você vai se casar e não é por que eu quero, e sim pelo bem de nossa família! Ruge em um tom grosseiro. fazendo o coração de Elisa disparar, e corajosa ela enfrenta. - Mas o que tem de bom em um casamento arranjado? São apenas os benefícios? e a felicidade? essa parte não importa? Pergunta olhando para suas partituras. - Eu sei que estou sendo rude, mas pense no futuro, na nossa família! sem futuro não existe felicidade Elisa. nisso ele tem razão, a felicidade não existiria sem um futuro, ele respira fundo e abaixa o tom. - ao menos tente entender nossa situação, está péssima, está é a única solução que nos resta. olha para o rosto de sua filha mais velha, enquanto caminha até ela e passa a mão direita na cabeça dela - eu sei que existe outra maneira, por favor me deixe ajudar papai, eu sei que posso. Ela súplica em seu olhar, com o cenho franzido. - se existisse outra maneira, eu escolheria, mas no momento... sem mais delongas ele coloca as mãos nos bolsos frontais da calça. - Entendo, com licença. devastada pela tristeza em seu coração, ela pega suas partituras e seus livros, vai em direção a porta que ele entrou, e vai para o quarto, coloca tudo em sua estante, e se j**a na cama. Olhando para o teto do quarto, as flores roxas de suas cortinas, e a janela iluminada pela luz do Sol, trazem um ar de tranquilidade naquele momento. Ela passa o dia todo no quarto presa com seus pensamentos e indecisões. Em um certo momento, antes do pôr do Sol, se levanta e vai ao banheiro encher a banheira, e logo entra, pensando consigo mesma. " Ele não vai mudar de idéia, mas se eu aceitar acredito que sou capaz de fazê-lo mudar durante o processo, então é isso. " Nos dias seguintes Elisa tentou de várias formas convencer seu pai de que um casamento não era a solução para seus problemas, porém seu pai era extremamente aristocrata, e quando colocava algo na cabeça, apenas uma desgraça poderia fazê-lo mudar de ideia, então decidiu que concordaria com seu pai. estava refletindo sobre toda essa situação, segurando uma moeda, enquanto caminhava pelas ruas de Veneza, na Itália. " Sei que Mamãe não concordaria com as decisões atuais de meu pai, eu não posso fugir, nem me esconder, isso seria imaturo da minha parte e um exemplo horrível para Giulia, mas eu seria uma covarde por fugir?" Ela aperta a moeda em seu punho direito com força, fazendo a palma da mão ficar marcada, e logo em seguida fica vermelha, para no meio do caminho e respira fundo, imaginando. Giulia sendo forçada a se casar, com 14 anos, maltratada pelo esposo, ou machucada, não haveria romance ou felicidade para ela, e imaginar que aconteceria isso caso fugisse de Veneza, era bastante doloroso. " Está decidido, farei isso por ela, pelo nosso futuro, mas antes farei meu pedido, e espero ser correspondida " Elisa é uma bela moça de altura mediana que estava usando um vestido longo cor salmão claro, todo delicado em seus babados rodeando seus ombros não muito apertado no tronco, ela não gosta de vestidos muito cheios ou que a sufoque, seus cabelos negros como a noite mais escura estavam em um coque comportado e duas mechas de cabelos em frente suas orelhas, pele parda e suas bochechas rosadas, nariz delicado e levemente empinado, olhos castanhos claros como se guardasse o sol em seu olhar, ela enfim chega ao lado da ponte dos suspiros em Veneza, e olha para a água com a moeda em seus polegares e indicadores segurando com força contra seu peito, fecha os olhos e faz o pedido. - desejo não ter um casamento arranjado, me casarei por amor e construiremos nosso futuro juntos e seremos felizes, muito felizes. E por fim j**a a moeda na água, ouve-se o som do objeto entrando na água. "por favor, peço que ouça o pedido do meu coração"Lorenzo entrou no escritório de Bruno, acompanhado pelos policiais, junto a Leonardo, ele estava determinado a encontrar provas da culpa de Bruno. Os policiais começaram a revistar o escritório, procurando por qualquer coisa que pudesse incriminar Bruno. Lorenzo, por sua vez, foi direto para a mesa de Bruno. Ele começou a revistar as gavetas, procurando por qualquer coisa que pudesse ser útil. E então, ele encontrou um mapa, dobrado e escondido em uma das gavetas. Lorenzo desdobrou o mapa e o examinou. Era um mapa da rota que o barco de Isabella estava seguindo. E então, ele viu as letras de Isabella, escritas no canto do mapa. "Estamos sendo atacados", lia-se no mapa. "Soube por um dos marinheiros que estavam planejando um motim, o responsável, não é nosso tripulante, ele se chama Bruno Rossi, e se infiltrou em nosso navio. Lorenzo, se um dia encontrar esse mapa, saiba que eu te amo, e nunca vou deixar de amar você e nossas filhas." Lorenzo sentiu um golpe no coração. El
Lorenzo caminhou pelo cais, observando as embarcações que se balançavam suavemente na água. Ele havia decidido fazer uma visita às embarcações na empresa de Bruno para verificar como estava o andamento dos negócios. Ao se aproximar de uma das embarcações, ele notou que havia algo estranho. A marcação da sua família, que era uma tradição que remontava a gerações, estava em uma das embarcações, mas não era uma de suas embarcações, era de Bruno. Lorenzo sentiu um arrepio. Algo não estava certo. Ele chamou um se seus capitães e perguntou sobre a marcação. O capitão pareceu nervoso e hesitou antes de responder. - Eu... eu não sei, senhor. Eu não notei que a marcação estava ali. Lorenzo sabia que o capitão estava mentindo. Ele podia ver a culpa nos olhos dele. - Eu quero que você investigue isso-, disse Lorenzo, sua voz firme. - Eu quero saber o que aconteceu com a marcação da família. O capitão assentiu e se afastou, deixando Lorenzo com mais perguntas do que resposta. aprove
Leonardo tentou controlar seus ciúmes, não queria mostrar sua vulnerabilidade diante de Bruno. Mas era difícil ignorar a forma como Bruno olhava para Elisa, como se ela fosse sua propriedade. Bruno, percebendo a tensão, sorriu ainda mais. -Então, Elisa, qual é o seu tipo de flor favorito? Ele perguntou, aproximando-se dela de forma invasiva. Elisa sentiu-se desconfortável com a proximidade de Bruno e tentou se afastar, mas ele a segurou pelo braço. - Não precisa se afastar, minha querida. Estou apenas tentando conhecer melhor seus gostos. Giulia, sentindo a tensão, agarrou-se à mão de Elisa, olhando para Bruno com desconfiança. Leonardo, vendo a cena, sentiu seus ciúmes explodirem. - Eu acho que Elisa já respondeu sua pergunta, senhor Rossi. Ele disse, tentando manter a calma. Mas Bruno não se intimidou. - Ah, não, não respondeu. E eu estou ansioso para saber. Ele olhou para Elisa, esperando uma resposta. Elisabetta olhou para Bruno com desagrado, sentindo-se desco
Preocupada, apenas olhava de relance para Elisa, com o canto dos olhos, decidindo perguntar ou não. - Elisa? Giulia perguntou com um olhar preocupado, tirando Elisa de seus devaneios. - como? - nada não. Analisou as mãos, Elisa estava nervosa com sua irmã, ela a viu assustada naquela noite, correndo, enquanto o homem estava com dor pondo a mão na boca. Giulia estava na varanda do quarto, olhando as estrelas como sempre fazia. "vovó me disse que assuntos assim devem ser evitados, que é para perguntar apenas se for uma emergência, em que algo esteja em risco, o que eu faço? Elisa estava claramente assustada, devo perguntar? não quero que ninguém machuque minha irmã." pensa consigo mesma. - eu vi tudo naquela noite. então deixa escapar,deixando Elisa congelada com uma expressão de pânico por um momento engolindo em seco, ela sabia que não era apropriado contar para ninguém, mas Giulia é sua única confidente além de sua avó, mesmo tendo apenas onze anos, ela pensava como u
Na semana seguinte pela manhã, Elisa já estava pronta para sair, e estava animada, desceu rapidamente as escadas, encontrando seu pai tomando uma xícara de chá. - Buongiorno! Ela o abraça em seguida dá um beijo na bochecha de Giulia. - essas leituras estão te fazendo muito bem! Comenta Lorenzo, e Giulia concorda dando uma mordida em um pão crocante e quentinho. - sim! são maravilhosas. Elisa pega uma maçã e leva sua cesta que havia preparado mais cedo. - até mais tarde- se despede. - tenha uma boa leitura- Seu pai acena com um sorriso. no caminho para a livraria, Elisa observava tudo ao redor, e percebeu o quão lindo estava o céu naquela manhã, azulado, com nuvens amareladas, os raios de sol rodando uma vista colorida e dourada em seu caminho. Ao ver Leonardo parado em frente a livraria, sentiu borboletas em sua barriga. ou será que era fome? O cocheiro abriu a porta da carruagem e a ajudou a descer. - muito obrigado, ah e venha me buscar antes do jantar aqui neste
Ela sabia da atual situação, a família não estava falindo, ele estava apenas se preocupando que seu filho estivesse passando tempo demais no trabalho e acabasse sozinho pelo resto da vida. Ela sabia a verdade, porém esperava que Pietro demonstrasse preocupação com Leonardo, mas não dessa maneira, apenas conversando sobre, mas Pietro não sabia conversar com o próprio filho, era duro demais com o rapaz. Pois via um homem, e não mais o seu bebê pequeno que corria pela casa com um fano entre as pernas. Ariella assistia tudo atônita, porém tomou uma atitude manipuladora. - senhor e senhora Vitale, acho que devo ir embora, falaremos sobre o casamento outra hora, quando todos estiverem calmos. Com um sorriso e um tom doce e gentil, levantou-se da mesa de jantar. - sente se minha querida, você não comeu nada, se sair de barriga vazia, ficará doente no frio lá fora. A mãe de Leonardo pediu com educação, foi tão serena que Ariella não recusou, aceitou e sentou-se novamente. Leonardo encar
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