Nosso Filho, Meu Segredo: O Contrato Proibido

Nosso Filho, Meu Segredo: O Contrato ProibidoPT

Romance
Última atualização: 2025-08-07
Maddu Nascimento  Atualizado agora
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Índice

Olívia Belmonte guardou por anos um segredo inconfessável: o filho que nasceu de uma única noite com um desconhecido, durante o pior momento de sua vida. Agora, desesperada para pagar a cirurgia que pode salvar seu menino, ela aceita um emprego como secretária de um CEO frio e implacável — sem imaginar que ele é o mesmo homem daquela noite. Ian Moretti precisa de uma noiva de fachada para cumprir as exigências de sua família e garantir sua herança. Frio, pragmático e ainda ferido por antigas traições, ele transforma o desespero de Olívia em oportunidade: propõe um contrato que resolveria os problemas de ambos. Mas há algo que nenhum contrato pode prever: o segredo que os une para sempre. Quando a farsa os arrasta para os salões da alta sociedade e para a mira de quem mais quer destruí-los, Olívia precisa decidir se ainda pode esconder a verdade. E Ian vai descobrir que há limites para o controle — principalmente quando o maior risco não é perder a herança, mas entregar o coração.

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Capítulo 1

Capítulo 1

Ian Moretti girava o anel entre os dedos. O ouro refletia a luz do restaurante caro, mas nada brilhava tanto quanto o desprezo nos olhos de Carolina.

— Você só pode estar brincando — ela disse, tomando um gole de vinho e encostando a taça na mesa com força, um sorriso incrédulo no rosto. — Eu? Fingir ser sua noiva de fachada? Está louco.

Ian manteve a expressão gelada. A sua frieza natural de sempre.

— Pensei que você fosse mais prática. Afinal, ganhamos todos se jogarmos juntos.

Ela soltou um riso curto e cruel, os cabelos loiros caindo em suas costas.

— Eu me venderia por muita coisa, Ian, mas não para te ajudar. E um conselho? Cresça. Avise ao seu avô que jamais me verá de branco ao seu lado.

Ele respirou fundo, o maxilar pulsando. Quando ela se levantou, pegou a bolsa e se inclinou para ele com um sorriso venenoso.

— Arrume alguém mais tola.

Ian fechou os olhos por um instante, tentando conter a raiva. O desprezo dela queimava como ácido. Não conseguia engolir a recusa de alguém tão desprezível quanto aquela mulher.

Quando ele voltou a abrir os olhos, percebeu o garçom vindo. Não, não era o garçom. Era a garçonete.

Ela equilibrava uma bandeja de drinks com cuidado, o rosto cansado, mas orgulhoso. E havia algo naquele olhar, dignidade, firmeza que o desarmou por um segundo.

Ele não pensou. Apenas esticou o braço e agarrou o pulso dela.

— Oi? — ela protestou, surpresa.

Ian se levantou.

— Esta aqui. — Sua voz soou cortante. — Esta é minha noiva.

A garota arregalou os olhos, chocada.

— Eu não... o que... Você! — arfou, reconhecendo o rosto dele como um fantasma do passado.

Mas Ian não pareceu perceber ou se importar. Virou-se para o salão lotado. Os flashes já se acendiam, os murmúrios cresciam. Tudo fazia parte do plano que dera errado com Carolina, mas agora tinha outro rosto ao seu lado.

Ele a puxou pela cintura.

— Sorria. — sussurrou no ouvido dela, frio como gelo. — Me faça esse favor hoje.

Ela tentou se soltar, o coração disparado.

— Eu não te conheço! — Uma mentira. Ela o conhecia melhor do que queria.

— Nem eu você. — Ele sorriu, falso. — Mas hoje você é minha noiva.

Ela sequer tivera tempo para processar tudo que se passou nos minutos seguintes. Foi tudo muito rápido, mas foi o suficiente para arruinar o fim do expediente daquela mulher.

E assim terminou a noite mais humilhante da vida dela sob os flashes das câmeras, os risos cruéis de Carolina, e a mão dele firme em sua cintura como se fosse dono dela.

Ela saiu do restaurante com o rosto em fogo, o estômago embrulhado. Passou o resto da madrugada sentada na beira da cama, encarando o nada. Relembrava cada palavra, cada clique de câmera, cada olhar invasivo. Tentou chorar, mas nem isso conseguiu.

Quando o sol finalmente nasceu, trouxe mais do que cansaço. Trouxe a realidade nua e crua: não havia mais tempo para chorar.

Por conta de sua noite mal dormida e a cabeça completamente atordoada, naquela manhã, Olívia Belmonte estava atrasada.

O blazer amarrotado, a saia torta, o cabelo preso de qualquer jeito. Respirou fundo antes de entrar no saguão imponente da empresa Moretti. Era o primeiro dia. A única chance que tinha.

“Preciso segurar esse emprego. Preciso do empréstimo para a cirurgia do Leo”, repetia como um mantra.

Na recepção, pegou o crachá de “secretária júnior” e subiu para o andar indicado. O coração batia descompassado.

Quando abriu a porta do escritório do CEO, congelou.

O mesmo homem da noite anterior estava lá, o “noivo” improvisado, o estranho que arruinara o pouco de dignidade que lhe restava.

Ian Moretti ergueu os olhos e parou ao vê-la.

— Você. — Ele se levantou devagar, o olhar afiado.

Olivia engoliu em seco. Os dedos tremiam sobre o relicário no pescoço.

— Eu... Você... — gaguejou, lutando para se recompor. — Você é o senhor Moretti?

Ian avançou um passo, os olhos faiscando.

— E você é a garçonete. — Não era uma pergunta. — O que está fazendo aqui?

Ela apertou o caderno contra o peito, mordendo o interior da bochecha até sentir o gosto de sangue.

— Meu nome é Olívia. Serei sua nova secretária. Passei na entrevista na última semana e hoje é o meu primeiro dia.

Ele a analisou de cima a baixo, um riso descrente escapando.

— Que ótimo. — Passou a mão no rosto. — Ótimo.

Ela respirou fundo, o estômago revirado. Em outra situação, teria fugido sem olhar para trás. Mas não podia. Não quando a vida de Leo dependia desse salário.

— Eu só quero trabalhar. Por favor. — Sua voz saiu trêmula. — Prometo esquecer o que aconteceu ontem.

Ian suspirou, parecendo ponderar. Mas um brilho cruel já surgia em seu olhar.

— Você tem filhos?

Olívia congelou. O estômago revirou como sempre que ouvia essa pergunta em entrevistas.

Ela já sabia o roteiro: entrevistadores que balançavam a cabeça, que diziam “não parece o perfil ideal”, que a recusavam antes mesmo de avaliar seu currículo.

Eram sempre as mesmas desculpas veladas: “Mãe solteira, não vai ter tempo. Vai faltar. Não é confiável.”

Ela hesitou. Os dedos tremeram sobre o caderno. Pensou em mentir, mas não podia. Não quando era por ele, pelo Leo.

— Um. — sussurrou.

Por um instante, preparou-se para ouvir o “sinto muito”.

Mas Ian não disse nada disso. Ele apenas ficou olhando para ela, em silêncio.

Até que um sorriso quase imperceptível surgiu em seus lábios.

— Que bom. — murmurou, arrastado.

Ela franziu o cenho, confusa. “Que bom?” Ninguém nunca tinha dito isso antes.

Antes que pudesse perguntar, ele se inclinou para a frente, a voz ficando baixa, ameaçadora.

Olívia prendeu o fôlego, o coração disparando. Não sabia o que a assustava mais: o que ele diria... ou o modo como a fitava. O mesmo rosto de seis anos atrás.

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