O silêncio que se seguiu ao telefonema do assessor não era de surpresa, mas de uma compreensão nauseante. O ar no salão, antes quente com amor e música, esfriou instantaneamente. Olívia olhou para Ian, sua expressão um misto de confusão e alarme.
— Fraude em laudos? Desvio de materiais? O que isso tem a ver com a gente? E com a Carla? — Olívia perguntou, sua voz um fio acima de um sussurro.
Foi então que Carla, pálida como a cera, explodiu do corredor para dentro da sala. Seus olhos estavam arregalados, as mãos tremendo visivelmente.
— Olívia, por favor, você tem que acreditar em mim! — A voz de Carla saiu em um turbilhão de palavras, cortadas pela ansiedade. — Nada daquilo é verdade! Eu não tenho nada a ver com desvio de material, eu não… ele está inventando, ele está tentando me queimar!
Olívia imediatamente se levantou e foi até a amiga, envolvendo-a em um abraço.
— Cala a boca, claro que eu acredito em você. Respira. — Seu olhar, no entanto, foi para Ian, buscando apoio, mas enco