Mundo de ficçãoIniciar sessãoÁgata é uma mulher forte, determinada e mãe solo, acostumada a lutar todos os dias para garantir uma vida digna para o filho. Quando aceita trabalhar como secretária em um escritório em construção, ela acredita estar apenas dando mais um passo profissional, até conhecer Henrique, seu chefe. Henrique é um homem poderoso, intenso e admirado, preso a um casamento desgastado e a uma rotina que já não o completa. Entre reuniões, silêncios compartilhados e conversas cada vez mais próximas, nasce uma conexão perigosa. O que deveria ser apenas profissional se transforma em desejo proibido, carregado de tensão, segredos e atração incontrolável. A presença da esposa de Henrique torna tudo ainda mais difícil. O ambiente se torna pesado, os olhares desconfiados se acumulam e cada aproximação passa a ter consequências. Ágata luta contra seus sentimentos, tentando proteger seu filho, sua estabilidade e os limites que jurou nunca ultrapassar. Mas quando a linha entre certo e errado é cruzada, não há mais volta. O desejo explode, o passado retorna para cobrar seu preço e escolhas precisam ser feitas. Entre paixão, poder e culpa, Ágata e Henrique terão que decidir se estão dispostos a arriscar tudo por um amor que nasceu no lugar errado, mas intenso demais para ser ignorado. Desejo Proibido do Meu Chefe é um romance sensual e envolvente sobre tentação, escolhas difíceis e a coragem de enfrentar aquilo que o coração insiste em sentir.
Ler maisÁgata acordou por volta das seis da manhã, como fazia todos os dias. O despertador tocou baixo, quase respeitoso, enquanto a casa ainda dormia. Levantou-se sem demora, já acostumada à rotina que não lhe dava escolhas. Tomou um banho rápido, vestiu o uniforme habitual da loja de EPI’s: calça jeans bem ajustada ao corpo e o coturno firme nos pés. Seus cabelos, presos em tranças, eram práticos e faziam parte de quem ela era. Um toque suave de perfume, discreto, mas marcante.
Em seguida, acordou Filipe. Arrumou o filho com carinho, ajeitou sua mochila e o levou até a escola. Um beijo na testa, um “se comporte” sussurrado, e então seguiu para mais um dia de trabalho. Às sete horas em ponto, Ágata chegou à loja. Encontrou Poliana, sua amiga inseparável, já sentada em frente ao computador, como sempre chegava uma hora antes. Cumprimentaram-se com um sorriso cansado, daqueles que só quem divide a rotina entende. Logo começaram o ritual diário: organizar prateleiras, conferir produtos e deixar a música tocar baixinho, preenchendo o silêncio do lugar. As horas passaram sem grandes novidades, até Poliana sair para o almoço. Foi então que, entre um atendimento e outro, surgiu um cliente completamente mal-humorado. Irritado com a falta de estoque de garrafas de água, ele despejou toda a sua frustração em Ágata. Gritos, xingamentos e palavras duras ecoaram pela loja. Quando ele finalmente saiu, deixando o ambiente pesado, Ágata já estava com os olhos marejados. Para piorar, o patrão, Leonardo, apareceu logo em seguida. Em vez de apoio, veio mais cobrança, mais palavras ríspidas, como se a culpa fosse dela por algo que nunca esteve sob seu controle. Foi demais. Ágata desabou. Chorava de soluçar, sentindo-se pequena, injustiçada e cansada demais para reagir. Ela não percebeu quando Henrique entrou por um dos corredores da loja. Cliente habitual, ele chamava atenção sem esforço. Alto, cerca de um metro e oitenta, cabelos loiros escuros em um corte elegante e contemporâneo, barba ruiva bem cuidada. O perfume que exalava era marcante, envolvente, e o sorriso, naturalmente cativante. Ao ver Ágata naquele estado, seu semblante mudou. — O que aconteceu? — perguntou, com a voz firme, porém gentil. Entre lágrimas e soluços, Ágata contou tudo. Cada palavra dita com dor, cada injustiça revivida. Henrique ouviu em silêncio, atento, sem interromper. Seus olhos carregavam compaixão. Depois de alguns segundos, ele falou: — Ágata, meu negócio está crescendo, os documentos se acumulam todos os dias. Tenho uma família, obras para supervisionar e um escritório em fase final de construção. Preciso de alguém que me ajude. Vejo que você é esforçada, dedicada e sei que faz faculdade de Administração. Gostaria de trabalhar para mim? Você seria a única entrevistada e contratada. Prometo um ambiente confortável, climatizado e sem frustrações com clientes. Ágata mal conseguia acreditar. — Claro que aceito — respondeu, ainda chorando. — Assim que seu escritório ficar pronto, pedirei demissão daqui. — Ótimo. Daqui a dois meses voltarei para confirmar sua escolha — disse ele, com um leve sorriso. Henrique saiu pela porta sem comprar nada. Parecia ter entrado ali apenas para acalmá-la, como se soubesse exatamente do que ela precisava naquele momento. Mesmo sem acreditar totalmente naquela proposta, Ágata continuou trabalhando. Mas, pela primeira vez em muito tempo, o coração carregava algo novo: esperança. Após a saída de Henrique, o silêncio voltou a ocupar a loja, quebrado apenas pelo som baixo da música que ainda tocava ao fundo. Ágata respirou fundo algumas vezes, tentando recuperar o controle. Passou as mãos no rosto, enxugando os últimos vestígios das lágrimas, mas os olhos inchados insistiam em denunciar o que havia acontecido. Pouco depois, Poliana retornou do almoço. Assim que entrou, percebeu algo diferente. Apesar da pele negra de Ágata continuar radiante como sempre, seu semblante estava abatido, e o brilho habitual nos olhos havia se apagado. — Ágata, o que aconteceu? — perguntou, aproximando-se. — Você está com cara de quem chorou litros. Ágata hesitou por um instante, mas já estava mais calma. Encostou-se levemente no balcão e contou tudo. Falou do cliente exaltado, dos gritos, das acusações injustas e, por fim, das palavras duras de Leonardo. Enquanto falava, a voz ainda carregava resquícios de dor, mas também um certo alívio por dividir aquilo com alguém. Poliana ouvia atenta, e a cada frase seu semblante se fechava ainda mais. — Eu não acredito que ainda existam homens desse nível — disse, indignada. — E acredito menos ainda que o Leonardo tenha sido capaz de te culpar por algo que é totalmente responsabilidade dele. Ela cruzou os braços, respirando fundo antes de continuar. — Faz tempo que a gente cobra estoque nessa loja. Tudo vive acabando ou em falta. A clientela cresce, mas o estoque só diminui. Ele compra mercadoria para as duas lojas usando um único CNPJ, faz a divisão como quer e, quando falta na outra, simplesmente vem aqui e tira sem dar explicação nenhuma. E a culpa é sua? Só porque você está aqui desde a inauguração? Poliana balançou a cabeça, inconformada. — Quem ele pensa que é? Ágata abaixou os olhos por um instante. No fundo, ela sabia que a amiga tinha razão. Mas o medo de perder o emprego sempre falou mais alto. Ainda assim, as palavras de Henrique ecoavam em sua mente como uma promessa distante, porém reconfortante. Talvez aquela não fosse apenas mais uma tarde difícil. Talvez fosse, sem que ela soubesse, o início de algo que mudaria tudo.O despertador tocou cedo, mas Henrique e Ágata não se levantaram imediatamente. Os corpos ainda colados, entrelaçados, eram a extensão de uma paixão que não conhecia limites. O calor que tinham um pelo outro se transformava em necessidade diária, quase ritual, e a rotina começou a ganhar um novo ritmo: o escritório podia esperar algumas horas, mas o desejo não.Henrique observava Ágata dormir, sentindo cada curva, cada suspiro, cada fio de cabelo no rosto dela. O toque leve nas costas fez com que ela despertasse, ainda sonolenta, e o olhar que trocaram falava mais do que qualquer palavra. Um sorriso torto, uma aproximação silenciosa, e o dia começava com a intensidade que só eles sabiam criar.— Bom dia… — sussurrou Henrique, a voz rouca, carregada de necessidade.— Bom dia… — respondeu Ágata, o corpo já reagindo, o coração acelerado.Não demorou para que a primeira conexão física da manhã acontecesse, lenta e exploratória, mas carregada de desejo. Beijos profundos, mãos que percorria
O quarto estava iluminado apenas por uma luz quente e suave, criando sombras que dançavam nas paredes. O aroma das flores, da roupa de cama recém-trocada e do perfume que Ágata havia passado pairava no ar, tornando o ambiente ainda mais íntimo. Filipe e Artur já dormiam, embalada a noite silenciosa que finalmente pertencia só a eles.Henrique segurou Ágata pela cintura assim que fecharam a porta, os olhos dele percorrendo cada detalhe do corpo dela, cada curva que tanto o enlouquecia nos meses anteriores. Ela sentiu o calor do corpo dele antes mesmo de encostar os lábios nos seus, e o coração acelerou, misturando nervosismo e desejo.— Eu não consigo mais esperar — murmurou Henrique, a voz baixa, rouca, carregada de necessidade.Ágata sorriu, um sorriso que misturava desafio e entrega, e se aproximou, pressionando o corpo contra o dele. Cada toque era eletrizante, cada respiração compartilhada, um lembrete do quanto haviam esperado para se entregarem totalmente.O primeiro beijo foi l
Julho chegou trazendo consigo o frio intenso e a atmosfera aconchegante que combinava perfeitamente com o casamento de Henrique e Ágata. A cidade ainda parecia sonolenta nos bairros residenciais, enquanto o apartamento deles se transformava em um centro de atividades frenéticas: convites revisados, flores escolhidas, pequenos ajustes no vestido de Ágata, ensaio da música que tocaria quando ela caminhasse até o altar.Ágata acordou cedo, como sempre fazia nos dias importantes, mas aquele era diferente. Havia um nervosismo delicioso misturado à empolgação que a fazia sorrir sozinha diante do espelho. Filipe e Artur brincavam juntos, rindo alto, sem perceber a tensão positiva que pairava no ar.— Hoje é o dia, não é, mamãe? — perguntou Filipe, os olhos brilhando.— Sim, meu amor. Hoje é o dia que seu pai e eu vamos nos casar — respondeu Ágata, acariciando os cabelos do filho com delicadeza. Ela respirou fundo, sentindo o frio do inverno contrastar com o calor que subia de dentro dela.He
Os dias seguintes foram um turbilhão de emoções. Henrique e Ágata se equilibravam entre os cuidados com Artur e Filipe, os compromissos profissionais e a nova vida que começava a se desenhar diante deles. Mas, apesar da correria, cada momento juntos parecia mais precioso, mais intenso, como se o mundo tivesse diminuído para caber apenas o que eles sentiam.Ágata se levantava cedo, preparava o café para todos, e observava Henrique cuidando de Artur, tão dedicado, tão amoroso. Era impossível não sentir-se tocada pelo homem que estava ao seu lado — e que, ao mesmo tempo, fazia seu coração disparar de desejo só com a proximidade. Henrique, por sua vez, não perdia uma oportunidade de mostrar seu apreço. Cada gesto dela, cada sorriso, cada olhar cúmplice era recebido com intensidade.— Você está incrível hoje — ele disse numa manhã, encostando-se atrás dela enquanto ela arrumava os pratos da cozinha. O toque das mãos dele na cintura de Ágata fez um arrepio percorrer sua coluna. — E não esto
O dia começou com uma tensão suave no ar. Artur, filho de Henrique, estava doente, febril e abatido, e a casa parecia menor, mais silenciosa, ocupada apenas pelo zumbido dos aparelhos e pelo leve choro do menino. Ágata, já acostumada a lidar com Filipe, adaptou-se imediatamente à situação, tomando cada cuidado para garantir que Artur se sentisse seguro, confortável e amado.Ela ajustava os cobertores, oferecia remédios na medida certa, segurava a mão dele com delicadeza e falava baixinho, com aquela voz maternal que sempre conseguia acalmar qualquer criança. Henrique observava de longe, o coração apertado, mas também tocado profundamente. Nunca tinha visto alguém se dedicar com tanta atenção e amor — não apenas como cuidadora, mas como alguém que parecia entender cada necessidade da criança antes mesmo de ser pedida.— Ele está melhor agora, graças a você — disse Henrique, depois de observar Ágata durante horas, finalmente se aproximando da cama. O tom da voz era suave, mas carregado
O silêncio do quarto não era vazio. Cada respiração carregava a memória do que havia acontecido, cada toque lembrava do calor que permanecia, quase palpável. Henrique ainda estava próximo, dedos deslizando lentamente pelos cabelos de Ágata, como se cada fio fosse uma promessa silenciosa. Ela fechou os olhos, sentindo a presença dele como se fosse um território seguro e proibido ao mesmo tempo.— Você não imagina o quanto… — ele começou, voz rouca, mas ela o interrompeu com um leve toque nos lábios dele.— Eu sei — disse, com um sorriso que não precisava de palavras. — Sinto cada parte disso.A proximidade entre eles não era apenas física. Era carregada de nuances: o jeito como os corpos se reconheciam, a intensidade da respiração, os arrepios provocados pelo toque leve, a antecipação que fazia cada centímetro de pele sensível pulsar. Ágata sentia cada centelha do desejo dele percorrendo sua espinha, cada movimento dele era um convite silencioso, impossível de ignorar.Henrique apoiou-





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