O silêncio do quarto não era vazio. Cada respiração carregava a memória do que havia acontecido, cada toque lembrava do calor que permanecia, quase palpável. Henrique ainda estava próximo, dedos deslizando lentamente pelos cabelos de Ágata, como se cada fio fosse uma promessa silenciosa. Ela fechou os olhos, sentindo a presença dele como se fosse um território seguro e proibido ao mesmo tempo.
— Você não imagina o quanto… — ele começou, voz rouca, mas ela o interrompeu com um leve toque nos lábios dele.
— Eu sei — disse, com um sorriso que não precisava de palavras. — Sinto cada parte disso.
A proximidade entre eles não era apenas física. Era carregada de nuances: o jeito como os corpos se reconheciam, a intensidade da respiração, os arrepios provocados pelo toque leve, a antecipação que fazia cada centímetro de pele sensível pulsar. Ágata sentia cada centelha do desejo dele percorrendo sua espinha, cada movimento dele era um convite silencioso, impossível de ignorar.
Henrique apoiou-