Pensamentos proibidos

Naquela noite, Ágata demorou a adormecer.

Deitada, o quarto em silêncio, o ventilador girando preguiçoso, ela encarava o teto enquanto a imagem de Henrique insistia em voltar. O jeito como ele a olhava. As pausas calculadas. As palavras que diziam mais pelo que não eram ditas.

Seu corpo reagia antes que a mente permitisse. Um calor lento, profundo, que não tinha nada de inocente. Ela fechou os olhos, tentando afastar o pensamento… e falhou.

Henrique surgia em sua imaginação como havia estado no escritório: presença firme, olhar atento, voz baixa. Não fazia nada. Apenas estava ali. E isso era o mais perturbador.

Ágata respirou fundo, sentindo o próprio corpo responder àquela lembrança proibida. Havia culpa. Havia medo. Mas havia, acima de tudo, uma entrega silenciosa à sensação que ela já não conseguia negar, se tocou até o ápice.

Quando finalmente virou de lado e puxou o lençol, seu coração batia acelerado, como se tivesse atravessado um limite invisível.

Na manhã seguinte, ao acordar
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