Mundo de ficçãoIniciar sessãoSinopse: Valéria, uma jovem doce de 18 anos, vê sua vida virar de cabeça para baixo após perder sua mãe, Laura, em um trágico acidente de carro. Abalada e vulnerável, ela é forçada a deixar tudo para trás e ir morar com o pai, Otaviano, um CEO frio, calculista e autoritário, conhecido como "mão de ferro". Sem qualquer laço afetivo com ele, Valéria se vê sozinha no mundo, mergulhada na dor do luto e na ausência de acolhimento. Ao chegar à nova casa, ela conhece Matheus, seu meio-irmão de 28 anos. Um homem arrogante, provocador e misteriosamente possessivo. Desde o primeiro momento, ele torna sua vida um verdadeiro inferno, implicando com cada atitude da garota. Mas por trás das provocações, existe algo mais? Um sentimento proibido pode nascer em meio ao caos? Será que Valéria conseguirá sobreviver ao luto, à rejeição... e ao amor inesperado?
Ler maisValeria Narrando A declaração que trocamos horas antes ainda ecoava na alma, um doce e quente eco que transformara tudo. Quando finalmente nos entregamos, foi uma entrega completa, visceral, boa e viva. Cada toque, cada suspiro, cada gemido era a tradução física de tudo que havíamos guardado por tanto tempo. Não havia mais segredos, nem medos, apenas a verdade crua do que sentíamos um pelo outro. O mundo lá fora deixou de existir, e o único universo que importava era aquele que criávamos entrelaçados, suados e ofegantes. Caímos na cama exaustos, os membros pesados e o coração leve, e dormimos como há muito tempo não fazíamos. Um sono profundo e reparador, sem pesadelos, apenas a paz de estar onde se pertencia. Ao acordar, ainda envolta na penumbra do amanhecer, me vi abraçada ao amor da minha vida. O rosto de Matheus estava sereno, relaxado em um sono profundo. Era um quadro de perfeita felicidade. Mas, então, veio aquela sensação insidiosa, um frio na espinha que não me largava.
--- Matheus Narrando Quando ela disse que me amava, algo dentro de mim se acalmou. Era como se, mesmo em meio à guerra que nos cercava, eu tivesse finalmente encontrado paz. — Eu vou resolver isso, Valéria — prometi. — Vou falar com Otaviano. Vou deixar claro que não vou aceitar esse casamento. — Cuidado, Matheus. Ele não vai reagir bem. — Eu sei — respondi. — Mas chega de me esconder. Fui até a janela. O céu estava carregado, trovões ao longe. O mundo parecia refletir a tempestade dentro de mim. Atrás de mim, senti os braços dela me envolverem. Fechei os olhos. — Vamos enfrentar isso juntos — disse ela. Sorri, cansado, mas real. — Juntos. E, naquele instante, jurei que nada nem ninguém iria nos separar. Trocamos de roupa e fomos deitar, mas Valéria tava com um foguinho. Ficava colocando as mãos na minha barriga e arranhava com as unhas. Isso tava fazendo o meu pau dar sinal de vida. Não aguentei mais, de tanto tesão que estava sentindo e acumulado. Me virei
Valéria Narrando Terminado o jantar, saímos para o carro. O céu já escurecia, um vento leve batia no rosto. Por um instante, pensei que tudo poderia durar para sempre. Mas quando abrimos a porta de casa, Pamela estava lá. Parada na sala, o sorriso calculado, o olhar cheio de veneno. — O que ela está fazendo aqui? — sussurrei, tensa. Pamela avançou, tocando o peito de Matheus com intimidade falsa. — Vim falar sobre o casamento — disse, provocativa. A raiva subiu nele como uma chama. — Nós não temos nada para falar sobre isso! — ele gritou, segurando o pescoço dela. Fiquei por um tempo olhando tudo aquilo estática. O ar parecia mais denso, o tempo mais lento. Pamela estava com o rosto avermelhado, os olhos marejados e Matheus com as mãos ainda tremendo. A cena inteira parecia um quadro distorcido de uma vida que eu não reconhecia. Meu coração disparou. Corri até ele, segurei seu braço. — Matheus, solta ela! Meu coração batia acelerado, o estômago embrulhado.
Matheus Narrando Acordei com o toque suave de lábios percorrendo meu rosto. Pequenos beijos delicados, quase tímidos, que me tiraram do sono profundo e confortável. O cheiro dela, o calor da pele colada à minha, tudo conspirava para que eu ficasse ali para sempre, sem me preocupar com nada além daquele instante. — Boa noite… — sussurrou Valéria, sua voz baixa e carregada de carinho atravessando o meu corpo. Suspirei, ainda meio sonolento, sentindo a suavidade dela junto a mim. Um sorriso involuntário se formou em meus lábios. Aquelas palavras, simples, carregavam a força de tudo que estávamos vivendo. Cada toque, cada gesto, dizia mais do que qualquer conversa. Eu queria permanecer ali, preso naquele momento eterno, apenas nós dois. Ela se aproximou mais, apoiando a cabeça no meu peito, e percebi que precisava transformar aquela manhã, aquele instante, em algo ainda mais especial. — Vamos tomar um banho juntos? — disse ela, com o brilho travesso nos olhos. — Quero que seja só no
Valéria narrando Acordei lentamente, sentindo o calor do corpo de Matheus colado ao meu. Um sorriso involuntário se formou nos meus lábios quando percebi onde estávamos. A noite anterior ainda ecoava na minha memória, e cada lembrança me envolvia com uma sensação acolhedora e intensa. Ele dormia profundamente, respirando ritmado, e eu não queria quebrar aquele instante perfeito. Por alguns segundos, fiquei apenas observando o contorno de seu rosto, sentindo como se aquele momento fosse eterno, como se o mundo inteiro pudesse desaparecer e nós permanecêssemos ali, unidos. Com cuidado, comecei a me mexer, sem afastá-lo. Aproximei o rosto do dele e sussurrei baixinho: — Boa noite… Ele murmurou algo indistinto, ainda sonolento. Eu ri baixinho e comecei a roçar meus lábios nos dele, suaves, delicados. Cada beijo era uma mistura de carinho e lembrança da noite passada. Seus olhos se abriram lentamente, encontrando os meus, e naquele instante eu vi um sorriso que me derreteu completamen
Matheus NarrandoEu não sei explicar, mas não gostei nem um pouco de ouvir Valéria dizer que estava feliz por Eduardo estar conhecendo outra mulher. Aquilo me corroeu por dentro, como se cada palavra dela fosse uma punhalada na minha pele. Pode parecer estranho, talvez até doentio, mas eu não consigo agir de outra forma.Quando o assunto é Valéria, eu sou possessivo. Sempre fui.E agora, com esse maldito casamento arranjado que Otaviano está tentando me impor, essa sensação só aumenta. Ele me colocou contra a parede, querendo me usar como moeda de troca, como se eu fosse uma peça descartável no tabuleiro dele. Mas eu não vou ceder.Prefiro perder a presidência da construtora, prefiro viver uma vida simples ao lado de quem eu amo de verdade, do que me condenar a uma existência amarga ao lado de alguém que eu nunca poderia amar.Está decidido. Eu não vou me curvar diante dos caprichos dele.Se a construtora não está indo bem, a culpa não é minha. É dele, que só sabe gastar como se o din










Último capítulo