ASCENSÃO DOS SANTORINI O HERDEIRO FINAL

ASCENSÃO DOS SANTORINI O HERDEIRO FINAL PT

Máfia
Última atualização: 2025-05-24
ISIS AUTORA   Atualizado agora
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Ascensão dos Santorini: O Herdeiro Final mergulha na escuridão sedutora do submundo europeu, onde o trono da máfia não é herdado… é conquistado com sangue. Vinte anos após o reinado implacável de Dominick e Domenico, um novo nome ergue-se no império Santorini: Leonardo, herdeiro final e promessa de um domínio ainda mais cruel. Frio, estratégico e letal, ele governa Viena com punho de ferro. Mas o poder absoluto tem um preço — e ele chega na forma de uma mulher marcada por vingança. Isadora Vasquez, filha do último inimigo vivo da família Santorini, é capturada após uma invasão ousada. Bela, perigosa e orgulhosa, ela é tudo o que Leonardo foi treinado para destruir... e tudo o que seu instinto mais selvagem deseja dominar. Entre alianças quebradas, pactos mafiosos e uma paixão proibida que ameaça incendiar dois impérios, Leonardo precisará decidir: manter sua coroa ou queimar o mundo por ela. Porque no universo dos Santorini, o amor é só mais uma arma. E o último herdeiro... é o mais letal.

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Capítulo 1

CAPÍTULO 1 – O LEGADO QUE SANGRA

Viena, Áustria — 20 anos depois

As cortinas pesadas da Mansão Santorini filtravam a luz fria do amanhecer. Lá fora, Viena acordava silenciosa, coberta por uma névoa que parecia ter saído de um antigo conto de fantasmas. Mas ali dentro, o tempo não andava. Pulsava.

Leonardo Santorini estava de pé diante do retrato do avô, Dominick, pendurado sobre a lareira principal. O olhar do patriarca parecia vivo, como se ainda controlasse tudo das sombras. Como se esperasse algo. Como se cobrasse.

— O mundo sangra pelas mãos de quem tem coragem — ele murmurou, repetindo as palavras de seu pai, Domenico. — Mas só governa quem sangra por último.

Leonardo tinha vinte anos, mas não era jovem. Não no sentido tradicional. Cresceu entre cadáveres e contratos. Aprendeu a atirar antes de aprender a confiar. E quando finalmente herdou o império Santorini, não houve festa. Só silêncio... e uma lista de inimigos que crescia a cada manhã.

Vestia preto dos pés à cabeça. Um terno italiano sob medida, abotoado até o colarinho. No punho esquerdo, um relógio antigo de Dominick. No direito, uma tatuagem com a inscrição em latim que dizia: Sine timore, sine misericordia. Sem medo, sem misericórdia.

As portas do salão principal se abriram com discrição. Marco, seu braço direito, entrou com passos firmes.

— Ela chegou.

Leonardo não se virou de imediato.

— Trouxeram viva?

— Sim. Mas não sem luta. Está amarrada na sala do espelho.

Leonardo enfim se virou. O olhar era frio, quase sem cor. Mas por dentro, algo se movia. Curiosidade? Desejo? Instinto?

— Ela tem o sangue de Giuliano Vasquez — disse ele. — Quero olhar nos olhos dessa herança maldita.

---

Sala do Espelho – 06h47

O ambiente era luxuoso e sinistro. Espelhos venezianos cobriam as paredes, refletindo múltiplas versões de uma mesma cena: uma mulher, amarrada em uma cadeira de veludo, os cabelos escuros caindo sobre os ombros, o vestido rasgado no joelho revelando a força de quem tentou escapar.

Ela ergueu o rosto ao ouvir os passos. Não havia medo em seus olhos. Havia fúria. Fogo.

— Então é você — disse ela, com a voz firme. — O novo demônio com sobrenome Santorini.

Leonardo parou à frente dela, as mãos nos bolsos.

— E você é o último erro da linhagem Vasquez?

Ela sorriu de canto. Era linda. Não no sentido delicado. Mas com um tipo de beleza perigosa, capaz de destruir homens com uma palavra.

— Meu nome é Isadora Vasquez. E não sou erro. Sou a maldição que você decidiu despertar.

Leonardo inclinou a cabeça. Observava cada detalhe dela como se decifrasse um código. As mãos delicadas, mas feridas. Os olhos que não desviavam. A respiração controlada.

— Você tem coragem. Isso me agrada.

— E você tem uma boca arrogante. Isso me dá vontade de te cortar — rebateu ela, mesmo amarrada.

Um silêncio intenso pairou.

Leonardo se aproximou. Ajoelhou diante dela, rosto a rosto. A tensão era palpável.

— Me diga, Isadora... o que você faria se eu soltasse você agora?

Ela o encarou com desafio.

— Te beijaria. Só para poder cravar minha faca nas suas costas depois.

Leonardo sorriu. Pela primeira vez em dias.

— Então talvez valha a pena correr o risco.

Ele puxou uma lâmina curta do bolso interno do paletó. Com cuidado, cortou as amarras do punho direito dela. Depois o esquerdo. Ela ficou imóvel. Surpresa.

— Você é louco — sussurrou.

— Não. Eu sou Santorini.

VIENA — SALA DO ESPELHO — 06h55

Isadora massageava os pulsos com os olhos cravados em Leonardo. Ainda sentia a ardência das cordas, mas não permitiria que ele visse fraqueza. Sua respiração era calma, seu olhar, cortante.

— Não vai me prender de novo?

Leonardo deu um passo para trás, observando-a se levantar.

— Se eu quisesse te prender, usaria algo mais eficaz que cordas. Usaria dívida. Desejo. Medo.

Ela riu com escárnio.

— Você acha que pode me comprar com poder?

— Não. Acho que você já está à venda — ele respondeu. — Só ainda não escolheu o preço.

Ela se aproximou, os rostos perigosamente próximos.

— Eu nunca estaria à venda para um Santorini.

Leonardo a olhou como um predador observa sua presa antes do ataque.

— Então talvez você já seja minha por outro motivo.

O silêncio entre eles era feito de tensão elétrica. Ela o odiava. E o desejo de matá-lo estava tão vivo quanto o calor que subia por sua pele ao vê-lo ali, tão perto, tão frio, tão... irresistível.

— Por que me trouxe aqui? — ela perguntou.

— Porque você invadiu uma rota minha. Porque matou dois dos meus homens. Porque o mundo precisa saber que nem mesmo uma Vasquez toca em território Santorini sem consequências.

Isadora sorriu, sarcástica.

— E o que o mundo vai ver agora? Você me soltando?

— O mundo verá o que eu quiser que veja.

Leonardo girou nos calcanhares e saiu da sala, deixando o perfume de poder e charuto no ar. Isadora hesitou, mas o seguiu. Ele não precisava prendê-la — o jogo já estava sendo jogado, e ela sabia disso.

---

MANSÃO SANTORINI — ESCRITÓRIO CENTRAL — 07h15

Leonardo acendeu um charuto e se recostou na cadeira de couro. Isadora estava em pé, de braços cruzados, como se preferisse ser interrogada a parecer vulnerável.

— Qual é o seu plano? — ela provocou. — Me seduzir e esperar que eu entregue o nome dos sobreviventes Vasquez?

— Não preciso que você me diga nada. Preciso apenas te observar.

— Então observe enquanto eu saio daqui — ela virou-se para a porta, mas antes que pudesse tocá-la, ele falou:

— Se sair agora, vai estar morta antes do meio-dia.

Ela congelou.

— Suas palavras, não as minhas — continuou ele, com calma. — Há três famílias que querem a cabeça da última Vasquez. Mas eu posso protegê-la. Aqui.

Ela se virou lentamente.

— Em troca de quê?

Leonardo levantou-se.

— Em troca de silêncio. De lealdade. De sua presença.

— Eu sou uma arma. Não uma amante de mafioso.

— Eu não quero uma amante. Quero alguém com fogo suficiente para queimar meus inimigos comigo.

Os olhos dela cintilaram. Pela primeira vez, a oferta parecia mais do que um jogo. Parecia uma maldição... tentadora.

— Eu posso dormir com o diabo — disse ela, andando até ele —, mas nunca serei sua.

— Ainda não — respondeu Leonardo, a voz baixa e carregada de veneno doce.

Ele ergueu a mão, segurando o queixo dela com firmeza. O toque foi firme, mas não agressivo. Os olhos deles se encontraram. A tensão sexual era densa. Se ela o beijasse agora, seria uma guerra. Se ela o matasse, seria libertação.

Mas ela apenas sorriu, ousada.

— Tome cuidado, Santorini. Eu mordo.

— E eu gosto de sangrar devagar — ele sussurrou, antes de soltá-la.

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CAPÍTULO 1 – O LEGADO QUE SANGRA
CAPÍTULO 2 – FOGO E TRÉGUA
CAPÍTULO 3 – AS REGRAS DO INFERNO
CAPÍTULO 4 – A QUEDA DO PRÍNCIPE
CAPÍTULO 5– A QUEDA DO PRÍNCIPE 2
CAPÍTULO 6 – NÊMESIS
CAPÍTULO 7 – O Mundo em Alerta
CAPÍTULO 8 – O FILHO DO MEIO
CAPÍTULO 9 – O FILHO DO MEIO
CAPÍTULO 10 – A MENTE QUE DEVORA
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