– O Caderno Que Não Era de Ninguém)
MONTAGNE – CASA PEQUENA ENTRE PEDRAS – 06h50
Era uma construção simples.
Pedras cinzas.
Janelas largas.
Silêncio por dentro.
Riel acordava cedo.
Fazia chá.
Observava a luz entrando.
Nenhum compromisso.
Nenhuma espera.
Apenas… presença.
Sobre a mesa, um caderno novo.
Capa crua.
Páginas limpas.
A última que ele ainda não havia escrito.
—
FLASHBACK – DOMENICO, DIÁRIO TRANCADO
> “Escrevi para o mundo.
Para a história.
Para a função.
Mas nunca escrevi… só para mim.”
—
MONTAGNE – 07h12
Riel abre a primeira página.
Escreve:
> “Hoje ninguém me espera.
Hoje… só estou.”
Ele pausa.
Bebe o chá.
O mundo, pela primeira vez, não exige dele nada.
Ele continua:
> “Tentei por muito tempo ser ponte, raiz, abrigo.
E agora que sou apenas homem…
estou aprendendo a ser semente.”
—
TARDE – CAMINHADA ENTRE PEDRAS
Ele anda.
Sozinho.
Toca a parede de uma casa.
Sorri para um cão que passa.
Escuta o som do rio.
Tudo simples.
Mas intenso.
—
NOITE – SEGUNDA PÁGINA
> “Hoje ningué