Helena, uma jovem de 19 anos, filha de Salvatore de Costelo, um poderoso empresário que faz parte da máfia, que após descobrir sua gravidez a tortura e a envia para uma ilha isolada no meio do oceano, onde sua única companhia é Maria, sua baba de infância. Ele não quer que a gravidez seja pública, pois Salvatore tem planos escusos para o futuro de Helena. Seu plano é após o parto e dar fim a criança, A cada dia que passa Maria se vê mais apavorada, sem conseguir contato com Felipe Morano, seu grande amor e pai de seu filho que está em missão a meses. Os meses passam e após um parto difícil com a ajuda de Maria e Antônio que está encarregado de matar a criança, Helena desfalece, e quando volta a si percebe que perdeu sua babá e seu filho que é dado como morto. Conseguirá Salvatore proteger sua reputação e alcançar seus planos de poder e traição? Felipe já cansado e meses longe de sua amada não vê a hora de chegar em casa e receber como prêmio do Dom Vicenzo de Luca a mulher de sua vida Helena, com quem fez amor uma única vez. Como Helena sobreviverá aos dramas que viveu na ilha? Felipe descobrirá toda essa trama e conseguirá descobrir o que aconteceu na noite que Helena deu à luz seu filho? Dom Vincenzo descobrirá a traição de Salvatore a tempo?
Leer másHelena
Como sempre estou sentada no caramanchão, em um canto do jardim, nem toda a beleza e cuidado dispensado às plantas ao meu redor consegue alcançar o meu coração É uma dor tão profunda que me abate, um medo aterrador que não deixa com que a minha mente e o meu coração descanse. Passo a mão sobre o meu ventre que já está começando a ficar saliente, dando sinal da minha gravidez, a única coisa que me deixa feliz, é sentir os movimentos do meu filho na minha barriga. Mas até isso me traz ao mesmo tempo alegria e medo. Levo a mão ao meu ventre e acaricio essa pequena vida que se desenvolve dentro de mim, levanto meus olhos e vejo toda magnitude da natureza a minha volta. Estou em uma ilha particular, pertencente a meu pai, situada na Costa Verde do Rio de Janeiro, essa região é toda composta por mata Atlântica nativa, uma cordilheira de serras de frente para mar, com várias ilhotas particulares. Meu pai é um homem muito rico e minha mãe faleceu ainda na minha infância segundo os funcionários mais antigos, dizem que ela morreu de tristeza e depressão de tanto que ele a maltratava. Comigo não foi muito diferente. Ele simplesmente era um provedor e sempre exigia perfeição nos mínimos detalhes, não me recordo de ter recebido um abraço um beijo do meu pai, nunca! Todo carinho que recebi nos meus 19 anos de vida, foram desses fieis empregados que serviram a minha mãe antes de sua morte, principalmente a Maria. Ela sempre estava atenta às minhas necessidades, sempre pronta a me acolher quando eu sentia medo. Ela foi a minha babá, era muito jovem nessa época e me acompanha até hoje. A Maria é quem está comigo neste lugar isolado, além dela, tem três soldados e o Antônio um dos homem de confiança do meu pai. Não estou aqui a passeio e nem a descanso por ordem médica, mas sim por uma determinação do meu pai. Infelizmente sofri um desmaio e quando o médico falou que eu estava grávida, foi quando ele descobriu a minha gravidez meu pai me surrou até que as minhas costas estivessem sangrando e eu desfalecida. Ele ficou tão possesso, gritava que teria que dar um fim a esse problema, que minha gravidez não poderia atrapalhar os seus planos, nem ser uma vergonha para ele perante o conselho da máfia local. Ele tentou de todas as formas descobrir o nome do pai do meu filho, mas eu resisti e não falei pois sabia que se eu dissesse o nome dele, eu estaria assinando sua sentença de morte. Mas agora aqui nesse lugar isolado sem contato com ninguém e nem como fugir, sem ter como me comunicar com ele, pois o único que tem um telefone aqui é o Antônio, sei que ele está sempre em contato com meu pai, a angústia tem tomado conta de mim a cada dia. Antônio sempre se mantém distante, mas sempre atento, e eu tenho muito medo de tentar fugir e meu pai me surrar novamente e eu perder o meu bebê. Sei que meu pai não quer saber do meu bebê, e sei que ele é capaz de tudo, nunca que Salvatore Costelo aceitaria um neto bastardo para envergonhar o seu nome, ele prefere me ver morta do que permitir que isso aconteça. As vezes vejo a Maria conversando com o Antônio mas eles sempre discutem, eu sempre pergunto o motivo mas María sempre desconversa. Cada dia que passa eu vejo que meu bebê se desenvolve mais e a minha gravidez vai chegando ao fim, o meu coração se aperta de medo e de pavor. Nem o acompanhamento pré-natal ele permitiu que eu fizesse, estou totalmente isolada nesta Ilha, a única pessoa em que eu confio é a Maria. Maria é como se fosse a minha mãe, mas sei que contra o meu pai ela nada pode fazer! Nunca mais soube notícias de Felipe, desde o dia em que ficamos juntos ele foi enviado a uma missão, isso aconteceu quarenta dias antes do meu pai descobrir a minha gravidez, que na realidade foi uma surpresa até para mim. Eu amo o Felipe e nós nos encontrávamos às escondidas, meu pai sempre acreditou que eu deveria ter o mínimo de preparo físico em lutas e defesa pessoal até como proteção e Felipe era o meu instrutor, ele começou a me treinar após a morte do meu antigo instrutor em uma missão. Ele sempre foi muito atencioso comigo apesar de ser extremamente competente, o meu preparo físico é ótimo. Com o tempo acabamos nos envolvendo emocionalmente e eu sei que o Felipe me ama como eu o amo. Uma tarde após o treino não conseguimos nos controlar e acabamos fazendo amor. Foi maravilhoso! Felipe foi super carinhoso comigo, muito atencioso na minha primeira vez, me senti a mulher mais feliz em seus braços e ele me realizou completamente, mas dias depois o Dom o enviou em uma missão de urgência e até hoje não o vi mais. Meu pai nunca desconfiou do Felipe, por sorte como eu estou fazendo faculdade e ele acredita que algum garoto da faculdade é o pai de meu filho, algum Zé Ninguém Como ele diz. Meu coração sangra de angústia por não saber dele, e vivo aterrorizada pelo que vai acontecer com meu bebê. Não sei qual o real pensamento do meu pai, porém sei que não é nada bom, e isso me deixa muito ansiosa, se eu pudesse meu filho não sairia nunca de dentro do meu ventre, tenho um péssimo pressentimento em relação ao meu parto, e peço a Deus diariamente que guarde meu bebê, sinto que algo muito ruim vai acontecer, e sei que preciso proteger o meu filho. Maria se aproxima com uma bandeja com salada de frutas e sanduíches, eles tem feito o máximo para que eu possa me alimentar de uma forma mais natural possível, desde que meu pai me surrou, quem cuidou de meus ferimentos foi Maria, pensei que iria perder meu filho porém, Maria com sua sabedoria com ervas e chás conseguiu que minhas feridas cicatrizem rapidamente e meu filho sobreviveu às agressões físicas. Como meu pai não permitiu que eu ficasse em casa para fazer o pré natal que como ele disse: — Bastardo não tem direito a nada! Ele me isolou aqui para que ninguém saiba da minha gravidez. María cuida de mim com todo carinho e com uma alimentação mais saudável possível. Ela me ensina a fazer o enxoval do meu bebê em crochê e tricô, na casa tem uma velha máquina de costura a pedal, María costura as roupinhas com tecidos que achamos em um baú e eu bordo com a supervisão dela. Nessas horas consigo esquecer um pouco meus problemas, quando vejo os detalhes tão delicados surgirem nas peças que vestirão o meu filho.O Casamento e a Renovação de VotosO altar estava montado no meio do grande campo da fazenda. Uma estrutura rústica de madeira, adornada com flores brancas e luzes penduradas, tornava o cenário ainda mais encantador.As crianças entraram primeiro. Clara, Enzo e Valentina, vestidos de branco, caminhavam segurando pequenas cestinhas com pétalas de flores.Depois, Luís e Júlia entraram, simbolizando a união de todos os casais.Então, um a um, os noivos entraram.Helena caminhou ao meu encontro, seu vestido esvoaçante capturando a luz das velas ao redor. Seus olhos estavam cheios de emoção.Maria veio logo depois, seus passos hesitantes, mas seu sorriso dizia tudo. Antônio a esperava com um brilho nos olhos que eu nunca tinha visto antes.E por último, Hilda e Alfredo, os protagonistas da noite, que caminhavam de mãos dadas, mostrando ao mundo que o amor verdadeiro resistia ao tempo.O celebrante iniciou a cerimônia com palavras sobre amor, família e resiliência.Cada casal fez seus votos
Felipe O grande salão da Fazenda Santo Antônio fora transformado em um camarim improvisado para as noivas. As luzes suaves refletiam nos espelhos antigos, e o cheiro de lavanda e jasmim tomava o ar, misturando-se com a brisa fresca da noite. Maria, Hilda, Helena e Camila estavam diante de seus respectivos espelhos, ajustando os últimos detalhes de seus vestidos. A cada suspiro, a ansiedade crescia. — Eu não sei por que estou tão nervosa! Maria exclamou, puxando levemente a renda do vestido marfim. Seu reflexo no espelho mostrava seus olhos brilhando de ansiedade. — Porque é o seu casamento, querida! Hilda respondeu com um sorriso doce, seus dedos enrugados acariciando o tecido azul-claro do próprio vestido. Helena, ao lado delas, suspirou profundamente. — Engraçado… mesmo renovando os votos, eu ainda sinto aquele frio na barriga. Camila, que até então estava calada, soltou uma risada nervosa. — E se Vicenzo surtar e resolver cancelar tudo? Maria riu, pegando as mãos da amig
Felipe O Reencontro na FazendaMeses depois…O sol dourado começava a se pôr no horizonte quando passamos pelo grande portal da Fazenda Santo Antônio. A vista era tão familiar quanto nostálgica: Os vastos campos verdes, o cheiro da terra úmida após uma leve chuva da tarde e o som das cigarras anunciando o entardecer. Mas, desta vez, havia algo diferente no ar.Era um dia especial. Não apenas porque estávamos todos reunidos novamente, mas porque hoje era uma celebração do amor. O aniversário de casamento de Alfredo e Hilda, um casal que nos ensinou o verdadeiro significado de parceria e companheirismo, se transformou em algo muito maior. O amor estava sendo celebrado em todas as formas.Assim que descemos do carro, Helena apertou minha mão com força.— Parece que foi ontem que viemos para cá pela primeira vez. Ela murmurou, um sorriso nostálgico brincando em seus lábios.— Sim. Concordei, olhando ao redor. — Mas hoje tem um toque diferente… quase mágico.E era verdade. A Fazenda S
Sangue e Vingança A porta do galpão bateu contra a parede com um estrondo, ecoando no espaço escuro e úmido. O cheiro de ferrugem e pólvora impregnou minhas narinas, mas nada disso importava. Minha visão se estreitou assim que meus olhos encontraram Helena. Ela estava amarrada a uma cadeira no centro do galpão, o rosto pálido, os olhos arregalados de medo. Salvatore estava atrás dela, um sorriso perverso estampado no rosto, segurando um canivete rente ao pescoço dela. — Ora, ora, Felipe...Ele debochou, apertando mais a lâmina contra a pele dela fazendo um filete de sangue correr. — Achei que fosse demorar mais. Debocha. Meu coração batia tão forte que parecia querer explodir do peito. Minhas mãos tremiam de ódio. — Solta ela agora, seu desgraçado! Minha voz saiu rouca, carregada de fúria contida. Vicenzo estava ao meu lado, a arma firme nas mãos, seus olhos queimando de ódio. — Você já perdeu, Salvatore. Acabou. Mas ele apenas riu, um som baixo e frio. — Perdi? Eu diria qu
Felipe Sangue e VingançaA porta do galpão bateu contra a parede com um estrondo, ecoando no espaço escuro e úmido. O cheiro de ferrugem e pólvora impregnou minhas narinas, mas nada disso importava. Minha visão se estreitou assim que meus olhos encontraram Helena.Ela estava amarrada a uma cadeira no centro do galpão, o rosto pálido, os olhos arregalados de medo. Salvatore estava atrás dela, um sorriso perverso estampado no rosto, segurando um canivete rente ao pescoço dela.— Ora, ora, Felipe...Ele debochou, apertando mais a lâmina contra a pele dela fazendo um filete de sangue correr. — Achei que fosse demorar mais. Debocha.Meu coração batia tão forte que parecia querer explodir do peito. Minhas mãos tremiam de ódio.— Solta ela agora, seu desgraçado! Minha voz saiu rouca, carregada de fúria contida.Vicenzo estava ao meu lado, a arma firme nas mãos, seus olhos queimando de ódio.— Você já perdeu, Salvatore. Acabou.Mas ele apenas riu, um som baixo e frio.— Perdi? Eu diria que
Felipe O Inferno ComeçaO relógio marcava apenas alguns minutos desde que Salvatore havia levado Helena, mas para mim, parecia uma eternidade. O salão ainda estava em caos. Os convidados gritavam, alguns feridos pelo tiroteio, enquanto os seguranças tentavam reorganizar tudo. Mas eu não via nada disso.Minha mente estava focada apenas em um único pensamento: eu preciso encontrar Helena.Vicenzo estava ao meu lado, seu rosto uma máscara de ódio e determinação. Camila segurava seu braço, o olhar dela carregado de pânico.— Vocês não podem simplesmente sair assim! — ela exclamou, sua voz trêmula. — É isso que ele quer, que vocês corram para uma armadilha!— E você acha que eu me importo? Minha voz saiu áspera, carregada de fúria. — Ele levou a Helena! Ele colocou as mãos nela!Vicenzo olhou para Camila, seu olhar se suavizando por um instante. Ele segurou o rosto dela com delicadeza.— Eu preciso fazer isso, amore mio. Não tem outra escolha.Ela engoliu em seco, os olhos cheios de
Último capítulo