– O Primeiro Passo Sem Herança)
GENEBRA – 05h44
A cidade acordava com mais névoa do que luz.
Riel saía de casa sem anéis. Sem escolta. Sem sobrenome visível.
No peito, carregava apenas um pequeno broche com um símbolo recém-criado:
um traço curvo aberto, como uma concha.
Silêncio que acolhe.
Ao cruzar a rua, ouviu alguém sussurrar:
— É ele.
— O que renunciou ao nome.
Riel apenas assentiu com o olhar.
Sem orgulho.
Sem culpa.
—
CASA DE ESCUTA – 07h00
No centro da nova sala, uma criança perguntou:
— Você é o filho de quem, agora?
Riel respondeu, sem hesitar:
— De quem me escutou primeiro.
A frase não era resposta.
Era fundação.
—
FLASHBACK – DOMENICO, 35 ANOS
> “A gente nasce filho de nomes.
Mas morre… sendo pai das escolhas que teve coragem de fazer.”
—
VIENA – CÍRCULO DE RECONSTRUÇÃO – 10h22
Riel foi chamado como observador, não líder. Grupos reconstruíam zonas devastadas com foco em memória comunitária: estatuetas feitas de argila com olhos fechados e ouvido