Viena – 21h47, Palácio Hofburg O antigo palácio imperial estava mais vivo do que nunca. Sob lustres de cristal austríaco e tapetes vermelhos persas, o mundo do crime vestia sua melhor face. O que a imprensa chamava de “Baile de Influência Internacional” era, na verdade, a reunião anual das famílias mafiosas que controlavam a Europa. Cada detalhe da noite tinha um preço. As músicas de Strauss ao fundo, os sorrisos falsos, os brindes em taças de ouro... tudo ali escondia segredos, dívidas e corpos enterrados em silêncio. Leonardo Santorini entrou como um rei. Terno azul petróleo, gravata escura, o símbolo dos Santorini cravejado no anel. À sua direita, Isadora Vasquez — a mulher que todos acreditavam estar morta. Agora viva. Vestida para matar. Ela usava um vestido vinho, justo, decotado, com uma fenda que deixava claro que sua presença era um ato de guerra e sedução. Os cabelos presos com fios de pérola e o colar com rubi — o mesmo que Leonardo lhe dera — brilhava como uma ferida
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