Branca de Neve do Mafioso - Contos da Máfia – Livro 4

Branca de Neve do Mafioso - Contos da Máfia – Livro 4PT

Máfia
Última atualização: 2025-06-10
Chloe Reymond  Atualizado agora
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Índice

Florian Seven não espera ter uma vida comum, com esposa e filhos. Essa possibilidade o apavora. Não por fazer parte de uma família de mafiosos, mas por ter momentos em que não controla o próprio corpo. Desde muito cedo ele foi vigiado e passou anos de sua vida em uma clínica. Até Branca aparecer. Filha do chefe do Morro da Morte, Branca é uma garota doce e gentil, maltratada por uma madrasta invejosa e isolada de ter uma vida normal. Constantemente vigiada. Até aquele momento onde sua vida mudou, até o momento em que “sequestrou” um Seven. Seu pai está morto. Sua madrasta quer matá-la e Branca ainda precisa lidar com uma gravidez e o pai do seu filho que muda de personalidade drasticamente. E nem todas gostam dela. Um deles a considera ameaça e quer se livrar da garota. Diante de tudo isso, Florian e Branca terão que lidar com as personalidades e com as tentativas de assassinato, só assim alcançarão o desejado felizes para sempre.

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Capítulo 1

Prólogo

O amor é uma flor branca

Capaz de cativar o coração mais dividido

Unindo pedaços de uma única alma perdida.

AMAYMON SEVEN

Eu acho que vou enlouquecer. Não importa que não seja o nosso primeiro filho, nunca conseguirei me acostumar com seus gritos de dor. Precisa ser tão doloroso? Porra! Ela está dando a vida a alguém. Um pouco de privilégios cairia bem.

O amor da minha vida aperta minha mão com força enquanto empurra nosso menino para nascer.  Está demorando demais, mais que os outros.

Quando penso em gritar com o médico ou o ameaçar com uma arma, ouço o som que acalma as batidas do meu coração. O choro do nosso menino.

Olho para a mulher que é a minha vida e ela está sorrindo como se todos os gritos e maldições que saíram de sua boca nunca tivesse existido. 

O médico o coloca sobre seus braços, todo sujo mesmo. Não sei a mágica que acontece, mas ele para de chorar, como se reconhecesse a mãe.

— Florian! Seja bem-vindo! — Leah diz sorrindo.

— Ele é tão lindo!

Sim, estou chorando. Chorei no primeiro e no segundo e no terceiro, claro que choraria com esse.

— Amor, chega. Esse é o último — falo decidido e noto o médico disfarçando uma risadinha.

Ele fez o parto de todos os nossos filhos. E em todos eles eu disse que seria o último.

Leah, a luz da minha vida, me olha e balança a cabeça negativamente. 

— Mais um. Você sabe que eu quero cinco, meu número da sorte.

— Como se número da sorte fosse base para número de filhos, mulher maluca.

— Quem sabe não é a última? Eu queria tanto uma menininha no meio dos meus garotinhos. — Ela alisa a cabecinha do nosso filho antes que o médico pegue e diga que vai fazer os procedimentos.

Nem me pergunte que procedimento. O máximo que faço nessa sala é torcer e me emocionar.

— E se não for menina? Quantos mais vamos ter antes de parar com essa tortura? 

Juro que amo nossos filhos, mas parto não é normal. É muita tortura. E quatro está de bom tamanho. Mal damos conta deles. Cada dia mais sapecas.

— Só mais um e paramos, mesmo que seja menino — ela insiste.

— É uma promessa — digo a olhando sério. — E a senhora vai cumprir nem que eu tenha que batizar suas refeições com anticoncepcionais.

Leah ri. E não é a única. Logo sou expulso da sala para que ela seja cuidada.

Trato de ficar na sala de espera, onde ligo para as babás e conto aos meus meninos que o irmão nasceu. Eles estavam loucos para conhecer o irmãozinho.

Alguns anos depois...

Leah cumpriu sua promessa, só tivemos mais um filho. E eu daria tudo para que tivéssemos mais cinco filhos, se isso significasse tê-la comigo. Ela se foi no parto do Raoul. Estou sozinho para cuidar dos nossos cinco garotos. Pois é, não teve uma menina no final.

Estou tentando muito ser o melhor pai para todos eles, para todas as personalidades dos meus filhos impulsivos e curiosos. São tão diferentes. Adam é mais fechado e passa mais tempo lendo que socializando. Felipe se acha o rei do baile — como se tivesse sequer idade — e Henry só quer saber de jogar videogame. Raoul é o meu bebê. E Florian... eu nem sei o que dizer. Ele muda drasticamente de humor de repente. Tem dias que acorda tão diferente. Tão pequenino que me preocupa tais mudanças. Às vezes chego a pensar que meu filho está possuído.  Ele está feliz e do nada fica irado e começa a quebrar as coisas, bater nas pessoas... outras vezes fica em um cantinho e chora por motivo como uma folha que cai de uma árvore, e tem as vezes em que fica agitadíssimo dançando e pulando pela casa como uma bailarina. Eu não o entendo.  Sei que todo mundo tem mudanças de humor, mas com ele é drástico demais, intenso demais. 

Recentemente ele melhorou isso, não muda mais com frequência, mas não baixei a guarda. Já conversei com uma terapeuta infantil e temos marcado uma sessão. Quero saber se tem algo de errado com meu filho ou se sou apenas um pai paranoico. 

Hoje é o dia do aniversário de morte da mãe dos meus filhos e amor da minha vida. É o dia em que meu coração mais dói e nem quero sair da cama. Mas não posso me dar ao luxo de desabar. Tenho que cuidar dos cinco presentes que ela me deixou. O que me resta é sair "catando" os nossos meninos para que se aprontem e se comportem nesse momento em família.

“Leah, como sinto sua falta!”

Suspiro e levanto. 

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