Redenção do CEO Solitário Romance Contemporâneo | Drama | CEO | Babá | Amor Proibido Joaquim Albuquerque é um poderoso CEO, dono de um império tecnológico e de uma beleza que atrai olhares por onde passa. Com 1,86 de altura, corpo atlético e um olhar frio e penetrante, ele parecia inalcançável — até para o amor. Após ser brutalmente abandonado por sua esposa, que fugiu com outro homem e deixou para trás a filha recém-nascida, Joaquim se tranca em uma redoma de gelo, jurando nunca mais confiar em ninguém. É quando Alina surge em sua vida. Contratada como babá da pequena Isabela, Alina é doce, sensível e romântica. Seus olhos carregam ternura e seus gestos revelam um cuidado que há muito tempo Joaquim não permitia sentir. Aos poucos, ela vai rompendo as barreiras do homem ferido, despertando emoções que ele julgava mortas. Mas amar a babá da filha é cruzar uma linha. E Joaquim sabe disso. Entre segredos do passado, desafios familiares, disputas empresariais e uma paixão que cresce a cada dia, Joaquim e Alina precisarão escolher entre seguir as regras ou arriscar tudo pelo amor verdadeiro. Um romance profundo, cheio de reviravoltas, desejo contido, ternura e redenção. Uma jornada onde o coração mais duro pode encontrar cura nos braços do amor mais improvável.
Ler maisO céu de São Paulo estava cinzento naquela manhã de agosto, como se refletisse o humor sombrio de Joaquim Albuquerque. Aos 34 anos, CEO de uma das maiores empresas de tecnologia da América Lati-na, ele tinha tudo que o dinheiro podia comprar. Mas nada daquilo preenchia o vazio deixado por Clara, sua esposa.
Ela havia desaparecido da vida dele há pouco mais de um ano, fugido com um músico itinerante. Deixou para trás tudo o que haviam construído juntos – e a filha do casal, Isabela, uma bebê de apenas um ano. Por muito tempo, Joaquim sentiu seu coração em ruínas. Ele até se sentiu aliviado ao perceber que Clara não teve coragem de levar a criança com ela. Não que ele fosse permitir o contrário – jamais permitiria que Clara a levasse. Mas, ainda assim, sentiu alívio ao pensar nisso. Ele sabia que tinha sua parcela de culpa na traição: nunca foi presente o suficiente, sempre chegava tarde, focado apenas no trabalho. Clara, por outro lado, nunca parecia se importar com essas ausências. Sua maior preocupação era com a própria aparência. Era a definição do luxo: corpo escultural, cabelos e unhas impecáveis, sempre vestida com elegância. Adorava passar o dia gastando. Houve uma época em que amigos tentaram avisá-lo so-bre a presença constante de um homem ao lado de Clara, e até a viram em situações suspeitas com o músico. Joaquim, porém, se recusava a acreditar. Imaginava que ela lhe era fiel de corpo e alma. Quando questionava Clara, ela chorava e se sentia traída pela desconfiança, e ele acabava se desculpando, abandonando o assunto – não se importando o suficiente para insistir. Até que, um dia, chegou em casa e ouviu o choro insistente de Isabela vindo do quarto – o que, infeliz-mente, era algo comum, já que Clara não tinha muita paciência com a filha. Entrou no quarto e a encon-trou no berço, chorando. Pegou a menina no colo e andou pela casa à procura de Clara. Mas ela já havia ido embora, deixando para trás apenas um bilhete. “Não fui feita para isso. Me perdoe. ” Joaquim, com seus 1,92m de altura, corpo esculpido por horas de academia e traços fortes como uma es-cultura renascentista, era o tipo de homem que fazia as mulheres virarem o rosto para olhá-lo duas vezes. Mas nenhum olhar conseguia atravessar a barreira de gelo que ele erguera em torno de si desde o aban-dono. Ele não permitiria que ninguém mais se aproximasse o suficiente para brincar com ele de novo. Naquela manhã, Joaquim trabalhava de casa, em seu escritório, aguardando a nova babá que solicitara a uma agência. Já era a terceira que abandonava o serviço. Joaquim não tinha muita paciência com pessoas idi-otas e, apesar disso, amava muito a filha. Sua superproteção intimidava as coitadas, que não aguentavam a pressão. — Senhor Joaquim? — Chamou uma voz doce pelo interfone. Ele apertou o botão com frieza. — Estou aguardando. Mande-a entrar. Minutos depois, a porta se abriu e ela entrou. Alina. Jovem de 22 anos, com grandes olhos castanhos, e cabelos castanho-avermelhados presos em um coque bagunçado. Seu sorriso era tímido, e o modo como se vestia, simples, a diferenciava das babás que a agência havia mandado antes. — Senhor, é um prazer. Eu sou a Alina. A agência me enviou... Ele fez um gesto com a mão, cortando a apresentação. — Isabela está no quarto. Ela ainda está dormindo. Sua função é cuidar dela. Sem distrações, sem intimi-dade. Estou claro? Alina piscou, surpresa com a frieza. — Sim, senhor. Joaquim continuou — Qualquer coisa que precise deve ser pedida diretamente para Sra. Alice a gover-nanta da casa. Alice era uma Senhora muito agradável que estava com a família a muitos anos e conhe-cia o Sr Joaquim desde criança, quando Joaquim deixou a casa da família fez uma proposta para que Ali-ce fosse trabalhar com ele, que aceitou animada imediatamente, Joaquim mandou que construísse uma casa no fundo da propriedade para Alice e seu marido Sr. Moacir que cuida do jardim da casa. — Uma de minhas funcionárias vai lhe mostrar o seu quarto — acrescentou ele, já se voltando para o computador. Foi então que notou a confusão no olhar dela. E bufou com impaciência. — O que foi? — Desculpe, senhor — disse Alina, com sinceridade. — Não fui informada de que precisaria morar aqui. — se não quer o trabalho a porta está ali. Alina respirou fundo, sentindo o coração acelerar. A primeira impressão que teve de Joaquim não foi nem um pouco boa. O homem era alto, imponente, com os ombros largos e um rosto severo que parecia ter si-do esculpido em pedra.Nesse momento a entrada das alianças Isabela foi a alma da cerimônia. Usando um vestidinho branco de tule e flores bordadas, com uma coroa de margaridas na cabeça e sapatilhas douradas, ela caminhou pelo corredor de mãos dadas com Verônica, jogando pétalas no chão enquanto olhava para todos com orgulho. Ao final do trajeto, correu até Alina e a abraçou com força.— Você tá parecendo uma fada — disse, baixinho.Alina ajoelhou-se e respondeu, com os olhos marejados:— E você é o anjo que salvou meu coração.Quando trocaram as alianças, as mãos de ambos tremiam. Mas não de medo — de emoção. E, ao fim da cerimônia, quando o padre anunciou:— Pode beijar a noiva.Joaquim a puxou com cuidado e a beijou com doçura, como quem sela um pacto eterno. Os poucos convidados aplaudiram, Verônica chorava feito criança, e até Matteo disfarçou os olhos marejados com um pigarro.A recepção aconteceu ali mesmo, sob as árvores. Mesas de madeira com arranjos florais, uma banda suave tocando jazz ao fund
— O medo vai existir. Mas o amor que meu irmão sente por você é sólido. E você também ama ele, não ama?Alina assentiu, com lágrimas nos olhos.— Então permita-se viver, Alina. Permita-se sentir. E, se o medo vier, segure na mão dele. Ele vai estar lá.Enquanto isso, Joaquim lidava com os bastidores. Fez questão de manter o casamento em sigilo da mídia. Após o circo em torno do julgamento de Clara, queria proteger Alina da exposição. Escolheu uma capela discreta nas montanhas, cercada por árvores e longe dos holofotes.Encomendou alianças feitas sob medida — ouro fosco com inscrições internas em italiano: Per sempre, con te. (Para sempre, com você.)Reuniu uma pequena equipe de confiança para cuidar de cada detalhe: o vestido, a decoração com flores do campo, os convidados restritos. Não haveria exageros, apenas o essencial — amor, verdade e recomeço.Na noite anterior ao casamento, Joaquim bateu suavemente na porta do quarto de Alina. Ela o recebeu com um sorriso, e os dois caminhar
A imprensa não poupou comentários. "De musa a monstro", dizia a manchete de uma das revistas mais lidas. Programas de televisão debatiam a queda de Clara e a ascensão de Alina — a babá que conquistou o coração do magnata e sobreviveu ao terror. Mas dentro da mansão, a vida corria com outra prioridade: Alina. Joaquim havia mandado transferir todas as coisas dela para o quarto principal. Não como imposição, mas como um convite silencioso. Ele a queria ao seu lado, mas respeitava seu tempo. Alina passava os dias entre terapias, e caminhadas silenciosas pelo jardim. Ela ainda não tinha saído da mansão sequer uma vez, Joaquim respeitava o seu tempo. A dor deixara cicatrizes não apenas visíveis em seu corpo, mas também na alma. Verônica era sua maior companheira. Não havia dia em que não a encontrasse oferecendo chá, propondo passeios no jardim ou apenas sentando-se ao seu lado em silêncio. Joaquim, por sua vez, tentava de todas as formas reconquistar o tempo perdido. Presenteava-a com p
Horas depois, no hospital, Alina já estava sedada, recebendo cuidados médicos. Havia sofrido escoriações profundas nos pulsos e tornozelos, além dos hematomas no rosto. Também foi constatado um início de desidratação e sinais de exaustão. A equipe médica garantiu que, fisicamente, ela se recuperaria — o emocional levaria mais tempo.Joaquim, por sua vez, ainda usava a camisa suja de sangue seco, sentado do lado de fora do quarto de Alina, imóvel, como uma estátua quebrada. Os olhos fixos na porta. Veronica se aproximou em silêncio, segurando um copo de café.— Toma. — disse, estendendo o copo a ele.— Obrigado. — respondeu, sem emoção. Ele aceitou, mas não bebeu.— Os advogados já estão cuidando do caso. Clara vai pagar. A polícia já deu voz de prisão oficialmente, mesmo com ela tentando alegar coação e sequestro.— Ela não vai sair dessa. Eu juro. — rosnou Joaquim. — Ela não vai escapar. Não depois do que fez.Veronica assentiu em silêncio. Ela sabia. A dor que seu irmão sentia não e
— Você existiu. E isso foi o suficiente. Eu amei o Joaquim antes de você sequer saber quem ele era. Você está em um lugar que não te pertence.Alina riu com sarcasmo sendo consumida pela raiva.— Isso não é amor.Clara a esbofeteou com força, fazendo Alina tombar para o lado. Mas não gritou. Não chorou. Clara respirou fundo, tentando se recompor.— Moreli vai conseguir o que quer. E eu vou sumir. Você? Talvez com sorte ele te mate. Do lado de fora, os drones sobrevoavam a área. Joaquim estava com sua equipe tática, homens experientes, todos armados até os dentes. As imagens térmicas haviam detectado movimentação no interior. E ali, uma das assinaturas corporais femininas estava imóvel, presa. Era Alina. O rastreamento do celular de um dos capangas de Moreli, interceptado por um dos hackers da equipe de Joaquim, revelou a localização: uma propriedade abandonada que já havia sido usada como entreposto de armas ilegais.— Entramos em três frentes. Rápido. Silenciosos. Precisos. — Di
Enquanto isso, Alina…O cativeiro era úmido e escuro. As paredes de concreto pareciam absorver qualquer som, qualquer esperança. Alina sentia o corpo doer. As marcas da surra estavam em sua pele, mas o que mais doía era a mente. O medo era constante. A incerteza corroía.Ela pensava em Joaquim, em Isabela, em Verônica. Queria gritar, mas não podia. Miguel estava sempre por perto, observando, ameaçando.— Da próxima vez, a surra vai ser pior — ele dissera após a última tentativa dela de escapar da corda frouxa.Enquanto isso, em um galpão abandonado nos arredores de Sorocaba, Alina estava sentada num colchão velho, encostada na parede úmida. O frio da madrugada deixava sua pele arrepiada, mas não era isso que mais a machucava. Era o medo. Era a incerteza. Era a dor.O rosto ainda inchado, a lateral da testa com um hematoma roxo, os lábios rachados. Um dos homens que a vigiavam havia perdido a paciência quando ela tentou fugir para o banheiro improvisado. Foi brutal. Ela não chorou.
Último capítulo