Redenção do CEO Solitário
Redenção do CEO Solitário
Por: Clara Belmont
Capítulo 1

O céu de São Paulo estava cinzento naquela manhã de agosto, como se refletisse o humor sombrio de Joaquim Albuquerque. Aos 34 anos, CEO de uma das maiores empresas de tecnologia da América Lati-na, ele tinha tudo que o dinheiro podia comprar. Mas nada daquilo preenchia o vazio deixado por Clara, sua esposa.

Ela havia desaparecido da vida dele há pouco mais de um ano, fugido com um músico itinerante. Deixou para trás tudo o que haviam construído juntos – e a filha do casal, Isabela, uma bebê de apenas um ano. Por muito tempo, Joaquim sentiu seu coração em ruínas.

Ele até se sentiu aliviado ao perceber que Clara não teve coragem de levar a criança com ela. Não que ele fosse permitir o contrário – jamais permitiria que Clara a levasse. Mas, ainda assim, sentiu alívio ao pensar nisso. Ele sabia que tinha sua parcela de culpa na traição: nunca foi presente o suficiente, sempre chegava tarde, focado apenas no trabalho.

Clara, por outro lado, nunca parecia se importar com essas ausências. Sua maior preocupação era com a própria aparência. Era a definição do luxo: corpo escultural, cabelos e unhas impecáveis, sempre vestida com elegância. Adorava passar o dia gastando. Houve uma época em que amigos tentaram avisá-lo so-bre a presença constante de um homem ao lado de Clara, e até a viram em situações suspeitas com o músico. Joaquim, porém, se recusava a acreditar. Imaginava que ela lhe era fiel de corpo e alma. Quando questionava Clara, ela chorava e se sentia traída pela desconfiança, e ele acabava se desculpando, abandonando o assunto – não se importando o suficiente para insistir.

Até que, um dia, chegou em casa e ouviu o choro insistente de Isabela vindo do quarto – o que, infeliz-mente, era algo comum, já que Clara não tinha muita paciência com a filha. Entrou no quarto e a encon-trou no berço, chorando. Pegou a menina no colo e andou pela casa à procura de Clara. Mas ela já havia ido embora, deixando para trás apenas um bilhete.

“Não fui feita para isso. Me perdoe. ”

Joaquim, com seus 1,92m de altura, corpo esculpido por horas de academia e traços fortes como uma es-cultura renascentista, era o tipo de homem que fazia as mulheres virarem o rosto para olhá-lo duas vezes. Mas nenhum olhar conseguia atravessar a barreira de gelo que ele erguera em torno de si desde o aban-dono.

Ele não permitiria que ninguém mais se aproximasse o suficiente para brincar com ele de novo. Naquela manhã, Joaquim trabalhava de casa, em seu escritório, aguardando a nova babá que solicitara a uma agência. Já era a terceira que abandonava o serviço. Joaquim não tinha muita paciência com pessoas idi-otas e, apesar disso, amava muito a filha. Sua superproteção intimidava as coitadas, que não aguentavam a pressão.

— Senhor Joaquim? — Chamou uma voz doce pelo interfone.

Ele apertou o botão com frieza. — Estou aguardando. Mande-a entrar.

Minutos depois, a porta se abriu e ela entrou. Alina. Jovem de 22 anos, com grandes olhos castanhos, e cabelos castanho-avermelhados presos em um coque bagunçado. Seu sorriso era tímido, e o modo como se vestia, simples, a diferenciava das babás que a agência havia mandado antes.

— Senhor, é um prazer. Eu sou a Alina. A agência me enviou...

Ele fez um gesto com a mão, cortando a apresentação.

— Isabela está no quarto. Ela ainda está dormindo. Sua função é cuidar dela. Sem distrações, sem intimi-dade. Estou claro?

Alina piscou, surpresa com a frieza.

— Sim, senhor.

Joaquim continuou — Qualquer coisa que precise deve ser pedida diretamente para Sra. Alice a gover-nanta da casa. Alice era uma Senhora muito agradável que estava com a família a muitos anos e conhe-cia o Sr Joaquim desde criança, quando Joaquim deixou a casa da família fez uma proposta para que Ali-ce fosse trabalhar com ele, que aceitou animada imediatamente, Joaquim mandou que construísse uma casa no fundo da propriedade para Alice e seu marido Sr. Moacir que cuida do jardim da casa.

— Uma de minhas funcionárias vai lhe mostrar o seu quarto — acrescentou ele, já se voltando para o computador.

Foi então que notou a confusão no olhar dela. E bufou com impaciência.

— O que foi?

— Desculpe, senhor — disse Alina, com sinceridade. — Não fui informada de que precisaria morar aqui.

— se não quer o trabalho a porta está ali.

Alina respirou fundo, sentindo o coração acelerar. A primeira impressão que teve de Joaquim não foi nem um pouco boa. O homem era alto, imponente, com os ombros largos e um rosto severo que parecia ter si-do esculpido em pedra.

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