Horas depois, no hospital, Alina já estava sedada, recebendo cuidados médicos. Havia sofrido escoriações profundas nos pulsos e tornozelos, além dos hematomas no rosto. Também foi constatado um início de desidratação e sinais de exaustão. A equipe médica garantiu que, fisicamente, ela se recuperaria — o emocional levaria mais tempo.
Joaquim, por sua vez, ainda usava a camisa suja de sangue seco, sentado do lado de fora do quarto de Alina, imóvel, como uma estátua quebrada. Os olhos fixos na porta. Veronica se aproximou em silêncio, segurando um copo de café.
— Toma. — disse, estendendo o copo a ele.
— Obrigado. — respondeu, sem emoção. Ele aceitou, mas não bebeu.
— Os advogados já estão cuidando do caso. Clara vai pagar. A polícia já deu voz de prisão oficialmente, mesmo com ela tentando alegar coação e sequestro.
— Ela não vai sair dessa. Eu juro. — rosnou Joaquim. — Ela não vai escapar. Não depois do que fez.
Veronica assentiu em silêncio. Ela sabia. A dor que seu irmão sentia não e