Do corredor, Joaquim, ouviu cada palavra. O maxilar travou ao ouvir a amiga falar sobre onde elas iriam. A ideia de Alina saindo para um bar, rodeada de outros homens e rindo, dançando, mexeu com algo dentro dele que ele não queria reconhecer. Mais tarde, quando Alina desceu as escadas pronta para sua noite de folga, usava um vestido simples, mas que delineava sua silhueta com naturalidade, os cabelos soltos caindo sobre os ombros. Joaquim es-tava no hall de entrada, apoiado casualmente no corrimão, um copo de uísque na mão. Ele a observou por um momento, os olhos percorrendo-a dos pés à cabeça com um misto de irritação e algo mais profundo. — Vai sair? — Perguntou, a voz baixa e grave. Alina parou, surpresa com a presença dele ali. — É… sim. Minha noite de folga. — Sei — respondeu ele, o olhar intenso e inexpressivo. — Não volte tarde. — Sim, senhor — murmurou, desconcertada, e apressou o passo, sentindo o coração acelerar sem con-trole. Enquanto a porta se fechava atrás dela,
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