Um Convite inesperado

Rafael, amigo de Joaquim, convidou o casal para um evento beneficente da empresa onde trabalhava. Era uma oportunidade para apresentar Alina oficialmente à alta sociedade.

Mas Alina ficou insegura.

— Eles vão me olhar como a babá que virou esposa…

— Eles vão olhar para você como a mulher que roubou meu coração — disse Joaquim, beijando-lhe a testa.

No evento, Alina estava deslumbrante em um vestido verde-esmeralda. Joaquim não tirava os olhos dela.

Dançaram lentamente, cercados de olhares. Ele sussurrou no ouvido dela:

— Você é a mulher mais incrível que já conheci.

— E você é o homem que me ensinou que ainda era possível amar.

Foi uma noite de consagração. Do amor deles. Da superação dela.

Inspirada por sua jornada, Alina decidiu estudar pedagogia. Queria trabalhar com crianças, com cuidado e amor — como fazia com Isabela.

Joaquim a apoiou em tudo. Comprou livros, contratou uma professora particular para ajudá-la nos estudos iniciais.

— Você me faz querer ser melhor — disse ela.

— E você me faz querer mudar o mundo — respondeu ele.

Isabela começou a chamar Alina de “mamãe” sem que ninguém ensinasse.

— Mamãe, olha meu desenho!

Alina ficou em choque. Os olhos marejados.

— Você acha que estou pronta pra ser mãe de verdade?

— Você já é — disse Joaquim, emocionado.

Clara reapareceu de surpresa. Bateu à porta exigindo ver a filha.

— Quero exercer meu direito de visita.

Alina tentou manter a calma. Joaquim, firme, não deixou Clara entrar.

— A justiça decidiu. Você perdeu a guarda, e só poderá vê-la com autorização. Não invente outro escândalo.

Mas Clara sorriu, sinistra.

— Ainda vou acabar com essa farsa.

Poucos dias depois, Alina recebeu uma intimação. Clara a acusava de maus-tratos à criança.

Foi um golpe baixo. Uma tentativa de afastá-la da vida de Isabela.

Joaquim ficou furioso. Prometeu processar Clara por calúnia.

— Ela não sabe com quem está mexendo.

Mas Alina estava fragilizada. Sentia medo. E pavor de perder a filha do coração.

Durante o processo, Alina precisou depor. Enfrentou perguntas maliciosas, olhares de julgamento, e a presença fria de Clara no tribunal.

Mas quando Isabela entrou na sala, correu para o colo de Alina, dizendo:

— Mamãe, quero ir pra casa.

A cena comoveu todos. O juiz olhou para Alina com respeito.

— Essa criança sabe exatamente quem é sua mãe.

O juiz inocentou Alina e condenou Clara por tentativa de difamação.

Joaquim e Alina voltaram para casa em silêncio, até que ele a abraçou.

— Você é a mulher mais forte que eu conheço. E nossa família sobreviveu a mais uma guerra.

— E vamos sobreviver a todas, enquanto estivermos juntos — ela disse.

O amor entre eles, agora mais forte do que nunca, era o alicerce que sustentava tudo.

Uma semana após o fim do processo, Alina acordou enjoada. Achou que fosse estresse ou algo que comeu.

Mas os dias passaram, e o enjoo persistiu.

Joaquim sugeriu um teste de gravidez. Ela hesitou, nervosa — o medo do passado ainda era presente.

Mas quando o resultado apareceu positivo, Alina chorou.

— Um filho nosso… — sussurrou ela.

Joaquim a abraçou, com os olhos brilhando.

— Nosso amor crescendo dentro de você.

O anúncio da gravidez foi recebido com festa por Rafael, Isabela e todos os amigos.

Isabela, ainda pequena, dizia:

— Vou ser irmã mais velha!

A casa se encheu de alegria. Joaquim se tornou ainda mais protetor, e Alina florescia com a gravidez. Estava mais linda, mais leve.

E pela primeira vez, sentia-se inteira.

Mas nem tudo era fácil. Alina começou a temer que Joaquim mudasse com a chegada do bebê. Que ela não fosse capaz de dar conta de duas crianças.

Joaquim percebeu o medo nos olhos dela.

— Não vou te amar menos, vou te amar mais. Porque agora você é tudo: esposa, mãe da minha filha… e mãe do nosso filho.

Ela sorriu, mas as inseguranças continuavam à espreita.

Durante uma consulta médica, Alina reencontrou sua antiga melhor amiga, Lara, que havia se afastado após o escândalo com Lucas.

Lara se emocionou ao vê-la bem.

— Você venceu, Alina. Você está feliz. Eu devia ter ficado do seu lado.

Alina a perdoou. Aprendera, com Joaquim, que guardar rancor só pesa a alma.

As duas tomaram um café e reacenderam uma amizade verdadeira.

O final do primeiro trimestre trouxe enjoos, oscilações de humor e cansaço.

Joaquim, mesmo envolvido com a empresa, se esforçava para estar presente em cada detalhe. Massageava os pés dela à noite, lia para o bebê em voz alta, e deixava bilhetes de amor pela casa.

Alina se derretia. Sabia que estava segura.

— Você é meu milagre — dizia ela.

Organizaram uma pequena festa para descobrir o sexo do bebê. Isabela cortou o bolo, que revelou um recheio azul.

— É um menino! — ela gritou, batendo palmas.

Joaquim chorou pela primeira vez em público. Alina o abraçou com força.

— Vai ser um bom pai, como sempre foi.

— E ele vai ter a melhor mãe do mundo — respondeu Joaquim.

Com a chegada do novo bebê, Alina e Joaquim decidiram se mudar para uma casa maior, fora da cidade.

— Um lugar com espaço pra correr, com árvores e silêncio — sonhava Alina.

Encontraram uma casa com varanda, jardim e um pôr do sol dourado. Alina se apaixonou no primeiro instante.

Era o lar que faltava. O capítulo seguinte da família deles.

Antes da mudança, Joaquim organizou um jantar com todos os amigos. Rafael fez um discurso tocante.

— Nunca vi alguém amar com tanta inteireza quanto Joaquim ama Alina. Vocês mudaram o significado de família pra mim.

Todos aplaudiram, e Alina apertou a mão de Joaquim sob a mesa. Ela estava pronta para o novo ciclo.

Na primeira noite na nova casa, Alina e Joaquim deitaram na rede da varanda, com Isabela dormindo e o bebê chutando levemente sua barriga.

— Eu me perguntava se um dia ia parar de doer — disse Joaquim.

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