Altos Desejos: Ela Quer o Projeto. Ele Quer o Corpo.

Altos Desejos: Ela Quer o Projeto. Ele Quer o Corpo.PT

Romance
Última atualização: 2025-06-01
Rose   Atualizado agora
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Índice

Ela foi contratada pra reformar a torre dele. Mas o que ele quer mesmo é arrebentar sua resistência, dobrá-la no mármore e fazê-la perder o controle antes de implorar por mais. Clara Antonelli é uma arquiteta de elite. Formada na Itália, conhecida por transformar concreto em arte e por nunca abaixar a cabeça — nem diante dos homens mais poderosos do mercado. Disciplinada, provocante e com uma mente afiada, ela está prestes a encarar o maior projeto da sua carreira: reformar a sede da Vellamo & Co. O problema? Leon Vellamo. Bilionário. Frio. Intocável. O dono do prédio… e do jogo. Clara achava que enfrentaria desafios técnicos. Mas Leon entrega tensão, provocações e ordens que mexem com tudo — menos com a fachada que ela exibe. Ele quer testar seus limites. Dobrar sua firmeza. Ver até onde ela resiste antes de perder o controle. E ela… está disposta a ir até o fim, desde que seja de cabeça erguida — ou contra o mármore, se for necessário. Altos Desejos é uma história de poder, prazer e guerra emocional. Onde o desejo sobe mais rápido que qualquer elevador. E onde, no topo, só um vai manter o controle.

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Capítulo 1

Capítulo 1 – O Confronto Silencioso

*Clara*

A primeira coisa que Clara sentiu ao sair pela porta foi o vento cortante da manhã. Ainda escuro. Ainda em silêncio.

Ela amarrou os tênis com a firmeza de quem amarra a própria alma. Era 4h57. Em três minutos, seu corpo estaria em movimento. E o resto do mundo ainda dormia.

Todos os dias, às 5h da manhã, Clara Antonelli corria.

Corria como se o asfalto fosse o único lugar onde ela podia ser só movimento — sem pressão, sem cobranças, sem ter que provar nada a ninguém.

Ali, entre as luzes fracas dos postes e o silêncio das ruas ainda dormindo, Clara era só Clara.

Na verdade… Clara Antonelli de Manaus, nascida e criada na natureza. Enquanto outras crianças brincavam de boneca, ela crescia entre as sombras de palafitas e as histórias da mãe, que dizia:

“Filha, mulher forte não precisa gritar. Só precisa ir.”

Ela foi.

Estudou como uma obcecada.

Ganhou uma bolsa para estudar arquitetura em Florença, o berço da proporção áurea, da simetria e da beleza atemporal. Lá, ela foi vista — não como a garota da floresta, mas como a futura arquiteta que projetaria edifícios que dariam inveja aos deuses antigos.

Agora, Clara corria entre os prédios de Nova York, cidade onde tudo era rápido, cruel e justo ao mesmo tempo.

Ela escolheu estar ali.

Ela merecia estar ali.

E hoje…

Ia se encontrar com Leon Vellamo.

_______________

*LEON*

Leon Vellamo observava os primeiros raios do sol cortando o céu através das janelas da sua cobertura no 93º andar.

Não era um homem de rituais sentimentais — mas aquele momento, o instante antes do dia começar, era o único que lhe pertencia.

Filho de uma dinastia bilionária do setor imobiliário, cresceu rodeado por aço, vidro e poder.

Enquanto outras crianças jogavam bola, ele andava em canteiros de obras com o pai.

Aos 12, já entendia sobre fundações e contratos. Aos 17, negociava como adulto. Aos 30, comandava tudo.

O mundo o via como um prodígio frio.

Mas Leon era mais.

Era controle.

Era leitura.

Era silêncio afiado.

Hoje, teria uma reunião com a arquiteta escolhida para reformar a sede central da Vellamo & Co. Um projeto simbólico, delicado, onde apenas o melhor serviria.

Ele já havia dispensado os melhores nomes do mercado.

Mas então apareceu o portfólio dela.

Clara Antonelli.

Desconhecida. Exótica. Precisa.

Seu projeto era uma dança entre concreto e luz.

Uma obra viva.

E algo nele… queria vê-la pessoalmente.

_____________________

*CLARA*

Ela subiu os degraus do Vellamo Tower com o suor da corrida ainda fresco sobre a pele.

A camisa branca de seda colava levemente nas costas, aquecida pela jaqueta escura de alfaiataria impecável. O coque baixo e firme prendia os cabelos loiros com disciplina — revelando um pescoço exposto, bonito, sem pressa. Ela caminhava como quem tinha pressa por dentro, mas elegância por fora.

Clara entrou no saguão principal do edifício — um espetáculo de mármore, vidro e silêncio caro. Um lugar onde até o ar parecia condicionado a obedecer.

Ela se aproximou da recepção e, com a voz firme, anunciou:

— Clara Antonelli. Reunião marcada com o Sr. Vellamo às 07h00.

A recepcionista ergueu os olhos do monitor e assentiu, como se já soubesse quem ela era. Em segundos, uma mulher surgiu pela lateral do balcão.

Alta, morena, com pele aveludada e postura de quem sabia o peso do próprio salto.

— Senhorita Antonelli? — disse, com um sorriso educado, mas contido.

— Sou Simone. Acompanhe-me, por favor.

Simone conduziu Clara pelos corredores até o elevador de acesso restrito. O som dos saltos das duas ecoava como uma trilha de suspense.

— O senhor Vellamo está à sua espera no 93º — informou, enquanto pressionava o botão dourado do elevador com um cartão magnético. — Ele raramente antecipa reuniões. A sua é uma exceção.

Clara manteve a expressão neutra.

Mas por dentro, seu radar estava ligado. Leon Vellamo já estava jogando — e ela também.

As portas se fecharam.

O elevador subia em silêncio.

Clara ajeitou o coque loiro baixo, ajustou a gola da blusa de seda branca sob o blazer justo, e inspirou fundo. Não que estivesse nervosa. Era controle. Sempre controle.

As portas se abriram.

E ela entrou.

O espaço era puro domínio masculino. Linhas retas. Madeira escura. Aço. Vidro.

Uma arquitetura que dizia: “Aqui, ninguém toca sem permissão.”

“Frio, calculado, rico. Deve ter até senha pra sorrir.”, pensou, com seu sarcasmo afiado.

Então o viu.

_____________________

*LEON*

Ela entrou.

E, por um instante, Leon esqueceu como respirar.

Cabelos loiros presos num coque elegante, deixando o pescoço livre e provocante.

Olhos castanhos escuros, penetrantes, inquisidores — não estavam ali para implorar, mas para avaliar.

O maxilar marcado. Os lábios firmes. O corpo vestido com precisão — um terno preto sob medida que acentuava cada curva sem jamais parecer vulgar.

Ela andava com firmeza.

Postura de rainha.

Presença de predadora.

Quando parou à sua frente, algo dentro dele se moveu.

— Senhor Vellamo — ela disse.

A voz… baixa, grave, ritmada.

Como o início de um jazz obsceno.

— Senhorita Antonelli — ele respondeu, sem desviar o olhar.

— Gosto de pontualidade.

Ela arqueou uma sobrancelha.

— Eu gosto de desafios.

Leon apertou o maxilar.

Não de raiva. De excitação contida.

Ela era fogo em mármore.

Reta como uma linha de corte… mas com curvas invisíveis por dentro.

E naquele instante, ele soube:

Clara Antonelli não era só uma arquiteta.

Era uma obra-prima em construção.

E ele faria questão de participar do projeto — peça por peça.

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Capítulo 1 – O Confronto Silencioso
Capítulo 2 – O Império Dele, A Mente Dela
Capítulo 3 – Relatório de Campo: Garanhão à Vista
Capítulo 4 – O Dono da Torre Quer Saber
Capítulo 5 – Preparativos de Guerra
Capítulo 6 – Bronx Club: O Início do Fogo
Capítulo 7 – Olhos no Alvo LEON
Capítulo 8 – O Jogo Começou de Verdade
Capítulo 9 – Encontro Não Tão Acidental
Capítulo 10 – Provocações e Fundações
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