Dia 3 pós-tribunal – 08h12 | Nova Iorque
Clara acordou estranhamente elétrica.
E não era pelo café que ainda nem tinha feito.
Era o corpo… diferente.
O peito dolorido. A cabeça leve.
E o estômago? Um carrossel que girava como se tivesse bebido espumante no café da manhã — sem ter encostado num gole.
Léo ainda dormia ao lado. Espalhado na cama como quem venceu uma guerra (porque venceu).
Os cabelos bagunçados, a expressão em paz, a respiração lenta.
Ela observava. Em silêncio.
E sentia.
Algo dentro dela pulsava.
Não era dor. Nem medo.
Era outra coisa. Algo mais profundo.
—
10h34 – Farmácia da esquina
Óculos escuros, boné, capuz.
Clara parecia uma celebridade disfarçada num filme ruim da Sessão da Tarde, olhando para as prateleiras como se procurasse plutônio.
— “Moça, posso ajudar?” — perguntou o atendente.
— “Teste. De gravidez. Dois. E uma água, por precaução.”
Vic mandou por mensagem:
“Se tu não fizer esse teste agora, eu faço por telepatia e grito pro prédio inteiro.”
Sabrina entro