Cansado de ser desejado apenas pelo seu dinheiro e sobrenome, Sebastian Demprey decide esconder sua verdadeira identidade. Sob um nome falso, ele cria um perfil em um aplicativo de relacionamentos, na esperança de conhecer alguém que goste dele pelo que é — e não pelo que tem. É assim que ele encontra Desirré Gabrielli, uma mulher inteligente, divertida e com um olhar que o desmonta. Sebastian está determinado a conquistá-la… até descobrir que Desirré é sua nova secretária — e que ela tem um sério trauma com homens ricos. Agora, preso entre a verdade que esconde e o sentimento que cresce, Sebastian terá que decidir até onde está disposto a ir para viver esse amor proibido.
Leer más– Daisy, você vai se atrasar para o seu primeiro dia se não sair da cama agora. – Kim grita da porta do meu quarto e esse é o incentivo que eu tenho para sair da minha cama. Claramente, é só mais um dia na minha vida em que não ouvi o despertador tocar e vou me atrasar. Normalmente são compromissos normais, onde ninguém liga para os meus atrasos (isso não inclui a Kim, ela odeia atrasos, pessoas do signo de virgem são assim mesmo) mas hoje é o dia mais importante do meu ano, é o meu primeiro dia de trabalho num emprego de verdade.
Estive por ai o ano inteiro entregando currículos e nunca era chamada para cargos que pagassem mais que os meus gastos mínimos, que dirá um salário que desse para fazer um pé de meia. Semana passada finalmente me telefonaram informando que havia uma vaga para secretária do CEO e para saber se eu estava interessada, é claro que eu quase cai dura da cadeira onde estava sentada num bar qualquer e agendei uma entrevista para o dia seguinte na Demprey Beauty & Co, uma das mais grandes empresas na indústria de beleza de toda a Manhattan. Eu não tinha esperança de ser chamada para fazer entrevistas lá, mas achei que não fazia mal sonhar e entreguei meu currículo mesmo com poucas esperanças.
Qualquer pessoa sensata ao saber que terá uma entrevista de emprego no dia anterior, descansaria e se prepararia para arrasar na entrevista do dia seguinte. Eu fiz isso? Claro que não. Para mim, a simples menção de uma entrevista de emprego era motivo para comemorar e foi isso que eu fiz, enchi a cara de cerveja e voltei para casa muito tarde, resultando em uma cara inchada e uma grande ressaca no dia seguinte, sem falar no sono por ter dormido apenas cinco horas completas. Felizmente, fiz uma boa maquiagem que escondeu todo o cansaço do meu rosto e o meu currículo falou mais alto na entrevista. Mesmo que eu não tenha trabalhado de secretária antes, eu estudei muito para isso e tenho boas referencias da faculdade e isso me fez ser escolhida para o cargo, finalmente posso colocar em prática tudo que me matei para aprender na faculdade. Agora tudo que preciso é agradar o chefe e fazer um bom trabalho.
Corro para o banheiro e olho a hora no relógio que está na parede antes de entrar. Sete em ponto e eu preciso estar lá as oito, ou seja, eu estou prestes a me atrasar já que a minha casa é muuuito longe da empresa e eu preciso pegar ônibus para chegar lá.
– Merda! Merda dupla! – Resmungo para mim mesma entrando no box e solto um impropério quando a água fria b**e no meu corpo que ainda estava um pouco adormecido. Com o choque da água fria eu finalmente acordo e a primeira coisa que eu penso é um pouco engraçada.
– Eu finalmente preciso comprar um despertador para mim, aquele ainda vai me matar de fome. – Resmungo enquanto passo sabonete pelo meu corpo. O meu despertador não funciona bem a algum tempo, ele nunca desperta e quando desperta é sempre na hora errada então eu uso o meu celular como despertador, mas acho que isso não tem funcionado muito para mim já que eu sempre o desligo e nem ao menos vejo quando faço isso. Bizarro, eu sei, meu sono é muito pesado.
Saio do banheiro menos de dez minutos depois e corro direto para o guarda-roupa e pego a roupa que deixei pendurada e passada na noite passada. Acho que eu estava adivinhando que eu não teria tempo disso hoje e ainda bem que o fiz ontem, eu estaria encrencada.
Visto um par de lingeries brancas, logo depois a saia lápis preta e a camisa branca social. Estou abotoando o último botão quando Kim entra como um furacão no meu quarto.
– Você realmente precisa arrumar o seu quarto. Está me dando complexo só de olhar. – Ela diz olhando ao redor e logo depois olha para mim com um olhar analista.
– Scarpin preto. Básico e elegante, tenho certeza que vai passar uma ótima impressão. Cabelo preso num rabo de cavalo, deixe a sua franja de lado que vai ficar incrível. – Diz depois de poucos segundos me observando e essa é a parte boa de ter uma amiga que estudou moda.
– Obrigada amiga, você é salva vidas. – Digo correndo para procurar o meu scarpin preto.
– Sim, eu sou salva vidas e você está atrasada.
– Eu estaria mais atrasada se você não tivesse me acordado. Muito obrigada. – Digo assim que acho o par de sapatos e sento-me na poltrona mais próxima para calcá-los.
– Sempre a disposição. Mas é melhor você comprar um novo despertador, acho que seus dedos nervosos não vão encontrá-lo assim que tocar e desligá-lo.
– Vou me lembrar disso, obrigada. – Digo indo até a penteadeira para começar a maquiagem.
– Você já está muito atrasada, vou te ajudar. – Ela pega o secador e começa a modelar o meu cabelo enquanto eu faço uma maquiagem simples.
Dez minutos depois, meu cabelo está arrumado em um rabo de cavalo alto e cheio e a minha maquiagem está pronta. Foi o melhor que consegui em tao pouco tempo.
– Ótimo, agora corra. Com sorte pegara o ônibus com tempo ainda. – Kim diz me entregando a minha bolsa e eu lhe dou um beijo na bochecha para me despedir.
– O que seria de mim sem você? – Digo correndo até a porta.
– Você provavelmente perderia o emprego. Até mais tarde, te amo. – Ela grita e eu sou capaz de ouvir no corredor do prédio. Entro no elevador com pressa e aperto para o térreo.
Os poucos minutos que passei dentro do elevador pareceram horas e eu corro até o ponto de ônibus que, felizmente, para no mesmo momento que eu chego ao ponto. Eu subo e sento-me no lugar vago mais próximo para descansar. Olho o relógio e são 7:25.
– O caminho até a empresa deve durar um 30 minutos. Vai dar tempo, vou chegar a tempo. – Digo a mim mesma com um sorriso, mas as minhas palavras me assombram 15 minutos depois quando encontramos um grande engarrafamento no meio do caminho e eu balanço meu joelho em ansiedade.
Droga, desse jeito vou mesmo me atrasar.
São 7:55 quando eu finalmente desço do ônibus e corro para a empresa a minha frente. Eu entro correndo e vou direto para o elevador, que demora uma eternidade até abrir. Olho o meu relógio 7:57.
o elevador sobe e felizmente não para em nenhum andar e assim que eu adentro a cobertura o relógio marca 8 horas em ponto. Consegui, eu cheguei a tempo. Respiro aliviada e ando até a recepcionista, que já me conhece da entrevista e me dá as boas vindas e me entrega meu crachá de secretária e diz que o Sr. Demprey já está a minha espera.
Ando na direção que Lana, a secretária, me indicou e chego a minha mesa. Mas fico surpresa ao encontrar um um homem de 1,90m sentado a ponta da mesa de braços cruzados, ele tem olhos verdes, cabelo loiro num topete e uma cara de poucos amigos. Está vestido num terno preto sob medida que parece mais caro que a minha vida.
Abro a boca para cumprimentá-lo e me apresentar, mas não tenho a chance. Assim que ele me ve chegar, ele se levanta e me olha de cima abaixo.
– Está atrasada, Senhorita Gabrielli. Deveria saber que eu não tolero atrasos. – A voz grossa envia arrepios por todo o meu corpo e ao observar o seu olhar para mim já sei que vou amargar nesse emprego.
Meu dia já começou ótimo.
Um mês depois– O que acha desse vestido, querida? Está adequado? – A mãe de Sebastian, Stella, pergunta pela terceira vez entrando na sala.– Mãe, você já trocou de roupa mil vezes. Desde o primeiro já estava bom. – Sebastian diz impaciente.– Está linda, Stella. Qualquer coisa que você vista fica bem em você.– Mas vai agradar a sua mãe?– Não se vista para agradar a minha mãe, se vista para agradar a si mesma. Minha mãe não é assustadora, não precisa se preocupar com ela. Tenho certeza que vão se dar muito bem. – Digo confortando-a e sorrindo.Stella é linda e fica linda com qualquer co
Sou arrastada pelo aeroporto da forma mais suave que Dylan consegue e sou forçada a sorrir. Assim que desci do carro, olhei para todos os lugares em busca de ajuda e uma rota de fuga, mas ele foi rápido em me precaver com uma arma na cintura.– Eu tenho uma arma e não tenho nenhum medo de usar. Se você fizer qualquer gracinha ou tentar fugir, espero que saiba que você não vai longe assim toda machucada por que eu vou atirar nas suas costas. Estamos entendidos? – Assinto rapidamente e ele sorri para mim, em seguida me dá um beijo na bochecha. – Ótimo, sabia que entenderia, meu amor.Enquanto Dylan me segura e me mantém presa, Anna carrega as nossas malas, ou melhor, as malas de Dylan. Passamos direto pelo portão de embarqu
O tempo tende a passar muito rápido quando estamos com alguma urgência pendente e passa muito devagar quando estamos esperando por algo. No meu caso, os minutos estão passando como se fossem segundos e não importa o quanto Felippe esteja acelerando, eu sempre acho que pode acelerar mais.– Pelo menos sabe para onde está nos levando? – Pergunto a Felippe.– Claro que sim, eu sei bem o endereço dele.– Como?– Andei investigando, você sabe.– E se não estiver lá? E se estiverem no apartamento de Anna?– Dei uma olhada básica nas informações que Bella me mandou por e-mail e descobri que o acidente foi programado por Anna sem a autorização de Dylan.
Eu saio de casa o mais rápido que eu posso em direção ao hospital e agradeço aos céus por Enrico trabalhar no dia de hoje. Acho que se eu tivesse que dirigir, na melhor das hipóteses eu teria muitas multas por violação das leis de trânsito e, na pior das hipóteses, provavelmente bateria em algum carro e com sorte pararia no hospital com vida.– Não pode acelerar um pouco mais? – Pergunto a Enrico balançando a perna em ansiedade. Mil pensamentos e hipóteses passam pela minha cabeça e acho que vou ficar maluco.– Estou indo o mais rápido que posso, você sabe disso.Digito uma mensagem rápida para Kim avisando o que aconteceu e fecho os olhos tentando controlar a an
Olho pela janela do quarto enquanto Sebastian se vai no carro e suspiro, voltando para a cama e ligando a TV. Gosto muito da companhia dele, mas ele realmente precisa trabalhar e eu não gostaria de ver a empresa indo por água abaixo por minha causa. É inconcebível para mim.Desde que sofri o acidente, ele não saiu do meu lado além do tempo necessário e foi assim que começamos a nos conhecer em nosso relacionamento. Não é a melhor forma, mas tem sido uma caixinha de surpresa. Todas as noites quando ele chegava da empresa, eu estava na cama sentada a sua espera para fazermos a nossa “refeição” juntos.Enquanto me dava comida, ele também dava garfadas na própria comida e no final acabávamos de
Já faz uma hora desde que Desirré saiu dizendo que ia trocar de roupas e voltaria para almoçar e nada dela. Quando a hora do almoço chega e eu olho pela janela vendo que ela ainda não chegou, começo a ficar preocupado e uma sensação de pânico me toma, mas provavelmente nada aconteceu.Por que ela está demorando tanto?Pego o meu celular e ligo para ela, mas ela não atende e isso começa a me deixar inquieto, ligo três vezes e todas as vezes vai para a caixa postal. Bem, ela pode estar tomando banho, se arrumando ou dirigindo e não consegue atender o celular, aposto que logo ela estará aqui. Decido esperá-la no saguão e assim o faço, mas encontro uma grande agitação na por
Último capítulo