— Ai meu Deus. É ele.
Vic parou no meio do corredor de entrada, os olhos vidrados em um homem alto, camisa de linho bege e sorriso de propaganda de perfume caro.
— Quem? — perguntou Talita, já curiosa.
— O match. O meu match. O “Vinícius com V de veneno”. Olha pra aquilo, Brasil.
As três viraram ao mesmo tempo.
Sabrina soltou uma risada com ar de deboche:
— Ele tem cara de quem sabe usar as mãos.
— E de quem apanha com gosto se não souber — completou Clara, sem perder o ritmo.
— Vocês são nojentas — Vic disse, ajeitando o cabelo. — Rezem por mim. Se eu não voltar, é porque morri feliz.
— Ou amarrado — murmurou Talita.
Vic sumiu no meio da multidão com o passo leve de quem já se sentia em casa.
As três se olharam com cumplicidade e malícia.
— A gente deveria seguir o exemplo e achar nosso próprio “V de veneno” — sugeriu Sabrina.
— Ou só dançar até alguém implorar por um gole da nossa atenção — Talita ergueu a taça.
Clara sorriu. Mas não respondeu.
O vestido azul-marinho colava como seg