Mundo de ficçãoIniciar sessãoTudo o que Juliana queria era um simples atestado médico. O que ela não esperava era encontrar o Dr. Daniel Borges — alto, de olhos azuis penetrantes e um ar de autoridade que fazia qualquer mulher perder o fôlego. Quando ela confessa que não está doente de verdade, algo surpreendente acontece: o médico aceita ajudá-la, mas sugere uma consulta privada em um cenário onde ele pode explorar seu lado mais dominante Em meio às luzes baixas de um consultório privado na cobertura mais elegante da cidade, Juliana descobre que seu médico tem uma especialidade muito específica — e ela está prestes a se tornar sua paciente mais dedicada. Entre a mesa de exames, palavras de segurança e comandos precisos, Daniel transforma uma simples fantasia em uma experiência que desafia todos os limites do prazer. Com cada toque clínico, cada ordem sussurrada, cada procedimento meticulosamente planejado, Juliana mergulha em um mundo onde ceder o controle pode ser a coisa mais libertadora que já experimentou. Uma coisa é certa: depois desta noite, ela nunca mais olhará para um jaleco branco da mesma forma. "Um Médico Sedutor" é um romance escaldante que eleva a fantasia médico-paciente a um novo nível, criando uma dança de sedução proibida, desejo incontrolável e prazer sem limites.
Ler maisJuliana empurrou a porta de vidro, ouviu um leve estalo e entrou no corredor de azulejos claros. A iluminação fria, azulada, dava ao lugar um ar impessoal, mas limpo. Era um daqueles conjuntos comerciais antigos, com consultórios de diversas especialidades distribuídos por salas bem decoradas de cinquenta metros quadrados.
A clínica estava vazia. Nenhum som de telefone, nenhuma secretária para quem informar seus dados e fazer um cadastro. Apenas o discreto zumbido do ar-condicionado e a luz amarelada escapando pela fresta da única porta fechada no final do corredor. Um sinal de vida, pelo menos.
Ela conferiu o celular. 19h48. Um aviso na porta dizia que a clínica fechava às vinte horas, mas aparentemente a secretária havia saído antes do horário. O doutor talvez estivesse atendendo o último paciente.
Juliana mordeu o canto do lábio inferior. Fazia isso sempre que sabia que estava fazendo algo errado — e não se importava.
Ela não estava doente. Nada de tosse, nada de febre, não sentia dor alguma. Queria apenas um atestado. Um simples papel com um carimbo e assinatura que a livraria de um seminário entediante do curso e lhe daria algumas tardes livres para maratonar sua série favorita.
Ou talvez para dormir até mais tarde.
Acomodou-se no sofá de couro, cruzando as pernas devagar. Estava de vestido, um que não usava com frequência. O decote era comportado, mas o modelo tinha um caimento justo o suficiente para valorizar o que ela queria mostrar. Nada exagerado. Mas nada inocente também.
O som de uma cadeira se arrastando atrás da porta fez com que ela erguesse o olhar.
“Se ele for jovem”, pensou, “ou pelo menos charmoso, talvez funcione”.
Sorriu de leve, como se já ensaiasse. Sabia ser convincente. Bastava uma desculpa bem contada, uma voz melodiosa sem exagero e um pouco de doçura nos olhos. Alguns homens eram fáceis de dobrar. Outros... Bem, outros adoravam ser dobrados.
Depois de alguns minutos, a porta do consultório finalmente se abriu, e Juliana corrigiu a postura na mesma hora. Por um instante fugaz, o sorriso ensaiado vacilou. Na soleira estava um homem que não correspondia em nada ao que ela havia imaginado.
O Dr. Daniel Borges — conforme indicava o discreto bordado no jaleco branco impecável — parecia ter uns trinta ou trinta e cinco anos. Era alto, ombros largos, com um queixo forte coberto por uma barba bem aparada. Seus olhos, de um azul escuro, transmitiam uma seriedade que a fez engolir em seco.
— Boa noite — ele cumprimentou, a voz grave contrastando com a gentileza do tom — Você deve ser minha última consulta do dia.
Juliana se levantou do sofá, estendendo a mão com um sorriso que, pela primeira vez naquela noite, não precisou forçar.
— Juliana Campos — respondeu, percebendo como a mão dele envolveu a sua com firmeza — Desculpe aparecer sem hora marcada. Sua secretária já tinha saído...
— Edna teve uma emergência familiar — ele gesticulou para que ela entrasse — Por gentileza.
O consultório era surpreendentemente acolhedor comparado à frieza do corredor. Havia uma escrivaninha de madeira escura, estantes com livros médicos e alguns quadros abstratos enfeitando as paredes em tom creme. Nenhuma foto pessoal à vista. Uma pena. Seria bom saber se ele era casado ou tinha namorada.
Ele indicou a cadeira diante da escrivaninha com a mão e se sentou diante do notebook do outro lado.
— Preciso anotar umas informações suas, tudo bem?
Ela fez que sim e respondeu às perguntas. Nome completo, idade, endereço, se tinha alergia a alguma coisa, as coisas de sempre. Quando ele concluiu o cadastro, se levantou da cadeira, abriu um sorriso capaz de derreter neve e começou a investigação.
— Em que posso ajudar, Juliana? — perguntou ele, apontando a mesa de exame enquanto se aproximava.
Juliana alisou o tecido do vestido, ensaiando mentalmente a história que havia preparado sobre uma tosse persistente e a impossibilidade de assistir a um seminário de uma semana. Mas algo no jeito como ele a observava — atento, profissional, mas com um brilho de interesse genuíno— a fez hesitar.
— Na verdade, doutor... — começou ela, surpreendendo a si mesma com o que estava prestes a dizer — Não estou doente. Não há nada de errado comigo.
Um leve franzir da sobrancelha foi a única reação dele.
— Vim pedir um atestado — continuou ela, sentindo as bochechas queimarem — Para faltar a um evento inútil da faculdade.
Um silêncio se instalou entre eles. Daniel a estudava com uma expressão neutra que ela não conseguia decifrar. Então, inesperadamente, um pequeno sorriso ergueu o canto dos lábios do homem.
— Uma rebelde honesta — disse ele, colocando as mãos no bolso e ficando ainda mais irresistível — Não é bem o final que eu esperava para uma sexta-feira à noite.
— Pode me ajudar?
O médico fez uma pausa longa antes de responder. O brilho de divertimento nos olhos dele deixava claro que aquela tortura era um leve castigo pelo truque de Juliana.
Então ele ergueu as mãos, em um gesto de “tanto faz”.
— Claro. Eu já estive na faculdade também. Teria sido ótimo matar algumas aulas inúteis naquela época.
Ele foi para trás da mesa e Juliana não conseguiu evitar de avaliar aquele corpo esculpido em academia. Observou com atenção enquanto ele puxou o bloco de receitas e começou a escrever. Imaginar aquela mão enorme percorrendo o corpo dela era ao mesmo tempo irresistível e torturante.
Alheio ao desejo da mulher diante de si, Daniel terminou de rabiscar, arrancou a folha e estendeu na direção da paciente mais saudável da semana. Aquele sorriso de príncipe encantado se abriu de novo.
— Pronto. Pode se divertir.
Ela fez um muxoxo ao passar os olhos pelo atestado.
— Só isso?
— Sete dias não é o suficiente?
— Sete dias é ótimo, mas...
— Mas?
É sério. Ela não podia simplesmente perder a chance de ir para a cama com ele. Fazia tempo que não se sentia tão atraída por alguém assim logo de cara.
— Mas... — ela gemeu — Você não vai nem me examinar?
Daniel abriu a boca para dizer algo, mas mudou de ideia. Avaliou a cliente longamente pela primeira vez. Começou pelos saltos médios, subiu pelas coxas grossas e demorou nos seios. Só então respondeu:
— Você quer ser examinada?
O coração saltou no peito dela. Ela mordeu o lábio inferior sugestivamente e fez que sim com a cabeça.
— Certo. Mas aqui não. Algum funcionário do edifício pode aparecer — ele arrancou uma folha de um bloco sem identificação, fez uma anotação ali e entregou para ela.
Juliana leu o endereço e olhou de volta para o médico, a esperança brotando no peito, mas implorando por uma confirmação.
— É meu apartamento. Esteja lá às dez horas de hoje.
Ele se levantou e caminhou devagar até ela. Todos os pelos de Juliana se arrepiaram na mesma hora. Daniel parou tão perto de seu corpo que dava para sentir o calor do homem. Uma umidade quente se instalou entre as pernas dela na mesma hora. Ergueu os lábios para o médico, mas o convite permaneceu sem resposta.
— Eu não paguei pela consulta.
Foi uma sombra que escureceu os olhos dele?
— Resolvemos isso mais tarde.
Por fim, Daniel deu mais alguns passos e abriu a porta para ela:
— Até mais. Vai ser um exame bem completo, então chegue na hora marcada.
O queixo dela caiu.
Fazia quase um ano agora. Um ano que ela assistira a um suspense ao lado de um homem que acabara de conhecer, se aconchegando a ele nas cenas mais tensas.Fazia quase um ano que ele a levara para casa, saíra do carro na frente do edifício e ficara esperando na calçada até confirmar que ela entrara no prédio em segurança.Quase um ano que se jogara na cama exausta, sonhadora, se perguntando se aquilo tudo era real. E se fosse, se Daniel ligaria para ela de novo. E se ligasse, quando faria isso.Bem, ele fez. Ligou para ela na segunda-feira seguinte. E se viram na terça. Saíram para dançar na sexta. Passaram mais um final de semana fazendo sexo tórrido no apartamento dele. E depois, passaram quase todos os outros finais de semana juntos.É claro que ela ainda pensava em sexo. É claro que ainda tinha fantasias. Mas não se lembrava de se sentir tão completa antes: Daniel era engraçado, ouvia tudo que ela dizia com atenção, era carinhoso e ficava cada dia mais bonito por isso. Estudavam ju
O ar da madrugada entrava suavemente pelas frestas da persiana, pintando partes do aposento com a luz amarelada dos postes. Juliana abriu os olhos devagar, o corpo ainda pesado de sono — e do excesso de atividade.Uau.Ela virou a cabeça no travesseiro. Ali ao lado, Daniel dormia profundamente, os traços perfeitos relaxados, a respiração lenta e constante. Tinha sido carregada para a cama em algum ponto da noite. A luz da rua iluminava fracamente os ombros nus do homem deitado, a linha forte da mandíbula, os cílios escuros que pareciam esculpidos para um close de cinema.Parecia um daqueles deuses gregos ilustrados em livros de mitologia, pensou ela, mordendo o lábio para conter um risinho.Um leve movimento sob os lençóis fez o sorriso aumentar. Alguns músculos ainda latejavam — das coxas, dos quadris. A abertura entre as pernas não doía, mas a ardência persistente entre as nádegas era mais excitante do que incômoda. Servia como uma lembrança boa, do tipo que evoca cada toque, cada p
Daniel não pensou. Agiu.Em três passos largos, atravessou a cozinha e a pegou nos braços, fazendo-a soltar um grito de surpresa quando foi erguida do chão. Os sapatos vermelhos balançaram no ar enquanto ele a carregava para a sala, seus lábios encontrando os dela em um beijo repleto de promessas.— Você é uma garota má, de fato — ele rosnou contra a boca dela Juliana sentiu seus lábios se abrirem para receber a língua exploradora dele.Sob a luz externa que entrava pelas janelas, sombras dançavam sobre a pele arrepiada de Juliana quando ele a deitou no sofá de couro. Seus olhos percorreram o corpo volumoso — os seios firmes, a cintura sinuosa, as coxas já abertas em um convite mudo, e, entre elas, o plug reluzente que ele mal via a hora de substituir.— Você sabia exatamente o que estava fazendo — ele acusou, os dedos deslizando pela parte interna da coxa dela até encontrar o brinquedo metálico.Juliana arqueou as costas quando ele girou o plug devagar para um lado, depois para o out
O motor do carro ronronava enquanto Daniel percorria as ruas iluminadas da cidade, com uma Juliana satisfeita e relaxada no banco do passageiro. O ar noturno entrava de leve pela janela entreaberta, trazendo consigo o cheiro de chuva recente e o murmúrio distante da vida noturna.Seus dedos batucavam no volante no ritmo da música pop que saía do rádio, que combinava com o estado de espírito dele. Tranquilo. Leve. Feliz.Ele olhou de relance para Juliana. Ela estava absorta em seu próprio mundo, os dedos enrolando uma mecha de cabelo com um ar sonhador. A luz dos postes de rua iluminava seu perfil em flashes dourados, destacando a curva do pescoço, a suavidade da boca pequena.Como pode alguém ser tão…Não havia uma palavra exata. Encantadora? Inteligente? Sexy? Tudo isso e muito mais.A conversa no restaurante ecoava em sua mente. A forma como ela falara sobre desejo, sobre liberdade, sobre quebrar regras sem perder a dignidade. Não era só abertura sexual — era maturidade. Algo que el
O restaurante fazia o tipo sofisticado sem alarde, com luzes baixas e toalhas de mesa em um tom de bege claro. Juliana observava Daniel por cima da taça de vinho com um sorriso discreto. Ele estava concentrado no garçom, fazendo o pedindo com aquela voz grave sem deixar de ser gentil que fazia algo dentro dela se derreter.Ele nem sabe o quanto esse ar sério é sexy, pensou, os dedos brincando com o cabo da faca e desejando que fossem outra coisa. O contraste entre esse jeito de bom moço e o que ele fez comigo ontem…A tentação de deslizar o pé pela perna dele sob a mesa era de enlouquecer. Mas não, ela não se deixaria vencer pela libido. Havia algo importante para falar.Quando o garçom se afastou, Daniel virou-se para ela, a luz das velas refletidas no azul escuro dos olhos.— Foi bom tirar a tensão sexual brincando um pouquinho antes, né?Ele não respondeu. Ainda sentia vontade de pular sobre ela na mesa. Mudou de assunto.— Você está bem menos falante hoje. O cansaço pode fazer bem
Daniel ajustou o punho da camisa social em um tom claro de salmão pela terceira vez enquanto esperava na frente do edifício de Juliana. Tomou o cuidado de estacionar em um lugar permitido caso permanecesse no carro por muito mais tempo. Colocou a garrafa de vinho branco no colo e deitou o buquê de flores no banco ao lado.Comportamento normal, ele repetia mentalmente. Jantar. Conversa. Nada de exames não ortodoxos. Você não é um pervertido. E você não vai se comportar como um selvagem.Mas quando olhou para o relógio e viu que dez minutos já tinham passado do horário combinado, seu pé começou a bater inquieto diante do acelerador. Onde ela estava?O celular vibrou no bolso. Ele quase derrubou a garrafa ao pegá-lo. Era ela.Você pode subir um instante? Preciso de ajuda.O coração disparou no peito. Algo estava errado.Daniel apertou rapidamente o número do apartamento dela no interfone e entrou no elevador, os dedos tamborilando no plástico que envolvia as flores. Esquecera o vinho no





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