Segredos De Uma Noite: Meu Marido Por Contrato

Segredos De Uma Noite: Meu Marido Por ContratoPT

Romance
Última atualização: 2025-10-07
Débora Oliveira   Atualizado agora
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Índice

Ela sonhava com um conto de fadas. Ele transformou o sonho dela em um contrato impiedoso. Olívia Bittencourt é administradora da empresa de engenharia da família e sempre sonhou em construir um lar. Romântica e dedicada, acreditava ter encontrado esse futuro ao lado do namorado. Na noite em que decidiu se entregar, é dopada pelo próprio parceiro, que planejava “vender” sua virgindade ao chefe em troca de uma promoção. Mas uma troca de suítes muda tudo: Olívia passa uma noite ardente com Liam Holt, o CEO frio da Trident Marine Holding, conhecido como “Rei dos Mares”. Ele não acredita no amor, não quer casamento nem filhos e tem como vício as mulheres. Dessa noite proibida nasce uma gravidez inesperada. Desesperada para salvar o irmão das garras de agiotas e proteger o pai cardíaco, Olívia usa o cartão deixado naquela noite para pagar a dívida… e acaba nas mãos do próprio Liam. Ele precisa se casar e ter um filho legítimo para herdar a fortuna do avô e manter o comando do império; ela não tem saída. Pressionada, aceita um casamento por contrato de um ano, fingindo ser a esposa perfeita do bilionário. Entre ódio, desejo e segredos, Olívia descobre que é impossível fingir para sempre… e que esse contrato pode ser sua prisão ou o caminho para um grande amor.

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Capítulo 1

Capítulo 1 - A Noite da Verdade

A chuva caía mansa sobre Dallas, desenhando riscos nas janelas iluminadas da cidade, como se o céu decidisse purificar ruas, prédios e corações. Do alto do SPA, Olívia Laurent Bittencourt observava o reflexo da água deslizar pelo vidro enquanto uma maquiadora finalizava os últimos retoques em seu rosto. Aos vinte e seis anos, sua beleza parecia ainda mais realçada naquela noite: a pele clara reluzia sob a iluminação suave, os olhos azuis brilhavam com ansiedade e os cabelos negros, longos e soltos, escorriam até a cintura com elegância.

Ela sorriu para o espelho, nervosa. Aquela não seria apenas mais uma noite.

Era o aniversário de três anos de namoro com Peter Salvatore, e uma decisão amadurecida no silêncio dos últimos meses latejava em seu peito: seria a noite em que se entregaria a ele pela primeira vez. Não que lhe faltasse coragem ou desejo, Olívia poderia ter feito isso antes. Mas guardou aquele momento como um tesouro, esperando que fosse especial, um marco de amor verdadeiro. No fundo, carregava também a doce expectativa de um pedido de casamento.

Talvez fosse apenas imaginação, talvez fosse necessidade de acreditar, mas algo dentro dela dizia que Peter, finalmente, a pediria em casamento.

Olívia respirou fundo, sentindo o coração acelerar. Vestiu a lingerie de renda vermelha que escolheu de propósito, ousada e delicada ao mesmo tempo. Por cima, deslizou o vestido pérola que abraçava suas curvas com sofisticação, marcando a cintura fina e o quadril elegante. Calçou sandália de salto nude, colocou os brincos e observou, mais uma vez, sua própria imagem. Era como se preparasse não apenas o corpo, mas também a alma para um rito de passagem.

— Gata, hoje a noite promete. — disse a maquiadora, piscando com malícia. — Se j**a sem freio no teu homem.

No carro que a levou até o restaurante, observou a cidade iluminada pela chuva. Dallas pulsava lá fora, mas dentro dela só havia uma frase repetida em silêncio:

"Hoje minha vida vai mudar."

O restaurante do hotel luxuoso exalava exclusividade. As mesas eram decoradas com arranjos de flores brancas e velas acesas; o som distante de um piano preenchia o ambiente com serenidade. Peter já a esperava: terno preto impecável, cabelos loiros penteados para trás, sorriso de galanteador. A qualquer olhar externo, parecia um homem apaixonado.

Assim que Olívia entrou, os olhares se voltaram para ela. Peter levantou imediatamente, como quem exibia uma conquista.

— Você está deslumbrante, amor. — Ele beijou a mão dela com teatralidade.

— E você está elegante como sempre. — Ela retribuiu o sorriso, disfarçando a ansiedade que lhe revirava o estômago.

O garçom serviu vinho tinto. Peter ergueu a taça primeiro, com voz firme:

— Ao nosso amor.

Olívia, com os olhos marejados pela emoção, completou:

— Que será eterno!

O vinho desceu suave, aquecendo-lhe a garganta. Mas, antes que pudesse saborear o instante, o celular de Peter vibrou sobre a mesa. O som da notificação quebrou por um segundo a aura "romântica". Ele pegou o aparelho rápido.

A tela acendeu, e em letras nítidas surgiu a mensagem:

"Já estou indo para o hotel. Hoje, você vai satisfazer meu vício por mulher virgem."

Peter bloqueou a tela imediatamente. O sorriso dele não se alterou, como se nada tivesse acontecido.

— É algo importante? — perguntou Olívia, preocupada.

Ele pousou a mão sobre a dela, forçando ternura no gesto.

— Nada é mais importante do que estar aqui, agora, com você.

O coração dela se acalmou. Acreditou.

O jantar prosseguiu entre pratos bem elaborados e risadas leves. Peter, porém, parecia mais interessado em manter o ritmo das taças de vinho.

— E o processo seletivo para o novo cargo, meu amor? — perguntou Olívia.

— Estou me empenhando para conseguir, não tenho feito outra coisa além disso — respondeu ele, voltando a encher a taça num gesto insistente.

— Já passei da minha cota de álcool esta noite… amor — murmurou, hesitando.

— É uma celebração, vida. Não me faça essa desfeita — disse ele, o sorriso quase imperativo.

Ela riu, rendida:

— Se eu fizer vergonha, você é o culpado.

Pouco depois, Olívia foi até o toalete. Peter puxou discretamente a taça dela para perto. Com muito cuidado, batizou a bebida. Mexeu levemente o líquido, certificando-se de que nada chamasse atenção. Em seguida, recostou-se na cadeira, o sorriso satisfeito voltando aos lábios.

Quando Olívia retornou, sentou-se novamente e ergueu a taça sem desconfiar.

A cada gole, sua visão se tornava mais turva. O piano soava distante, como se viesse de muito longe. Olívia sentia-se leve, entregue à ilusão.

— Sabe, amor… — murmurou, apoiando o queixo na mão, a voz arrastando pela bebida. — Hoje eu quero transar.

Ele fingiu surpresa.

— Tem certeza?

Olívia respirou fundo, tentando manter a clareza.

— Quero você me chupando todinha, amor .

Os olhos dele brilharam. Não de amor, mas de triunfo.

— Você não imagina o quanto espero por isso. — Acariciou-lhe a mão, firme demais para ser carinho.

Ela sustentou o olhar por alguns segundos, ainda que seus olhos pesassem.

— Hoje você… vai descobrir o caminho — falou, totalmente fora de si. — do meu tesouro escondido.

Peter sustentou o sorriso treinado.

— Claro, meu anjo. Vamos brindar a isso.

Olívia tentou rir, mas a cabeça girava.

— Está calor demais aqui… Vem apagar meu fogo Peter. — disse, num sussurro.

— Calma, amor. — Ele passou os dedos no rosto dela, como quem oferece consolo. — Daqui a pouco, vamos continuar a comemoração em outro lugar.

No fim do jantar, ele a conduziu até a recepção. Olívia mal conseguia andar em linha reta, apoiando-se no braço dele. Estava totalmente bêbada, fora de si.

— Reserva em nome de Peter Salvatore — disse ao recepcionista.

A jovem funcionária, nervosa com o movimento intenso daquela noite, já que muitos hóspedes preferiram não pegar a estrada debaixo de forte chuva, digitou rápido. Sem perceber, trocou o número da suíte 1240 pela 1204. Entregou o cartão magnético com um sorriso apressado.

Peter agradeceu e, enquanto levava Olívia ao elevador, sacou o celular discretamente.

— Estou levando ela para o quarto agora. — sussurrou.

Do outro lado da linha, a voz feminina respondeu, provocante:

— Vai demorar, tigrão?

— Não. Vou deixá-la na suíte e vou direto para você, minha delícia. — Ele sorriu, vitorioso. — O chefe vai finalmente ter o que sempre quis: uma noite com a minha namorada. Minha promoção está garantida.

Olívia ria sozinha, sem lógica.

— Amor… — balbuciou. — Vamos dar uma rapidinha no elevador. Estou… molhadinha. — E gargalhou, perdida em delírio.

O corredor da suíte luxuosa estava silencioso. Peter abriu a porta, colocou-a na cama e a cobriu com lençois brancos.

— Tenho uma surpresa. Deixa a luz apagada. Volto já. — sussurrou, antes de apagar a luz.

Olívia riu alto.

Minutos depois, a porta se abriu devagar. Um homem entrou cambaleando, o corpo pesado, o cheiro de álcool impregnando o ar. Tinha o andar trôpego, a respiração carregada.

— Cadê a merda da luz? — resmungou, a voz pesada pela embriaguez.

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Capítulo 1 - A Noite da Verdade
Capítulo 2 – Entre o Acaso e o Destino
Capítulo 3 – O Preço do Sangue
Capítulo 4 – A Herança do Sangue
Capítulo 5 – A Verdade Escondida
Capítulo 6 – O Beijo do Destino
Capítulo 7 - O Rei dos Mares
Capítulo 8 - O filho é Meu
Capítulo 9 - O Contrato
Capítulo 10 - O Preço do Sim
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