13h17 – Escadaria da Corte Federal de Nova Iorque
Clara desce os degraus com o queixo erguido, mas as pernas pesadas como se tivesse atravessado a maratona de Boston de salto 10.
Léo segura a mão dela como quem segura uma coroa.
— “Você arrasou lá dentro,” — ele diz.
— “Eu quase vomitei de nervoso.”
— “Então ainda bem que você é linda até pálida.”
Ela sorri.
Vic aparece do lado com um café e um boné de “#TeamClara”.
— “Gente, desculpa, mas se isso não render uma minissérie, eu vou pessoalmente invadir um estúdio.”
Talita, organizando a pasta com cópias dos documentos:
— “Vic, foco. Isso ainda é só o começo. A Dominion vai tentar reverter. Ainda tem Dubai. Tem lavagem de dinheiro internacional.”
— “Tem,” — Miguel se aproxima. — “Mas eles não têm mais ela.”
Clara olha ao redor. Fotógrafos. Repórteres. Gente gritando.
E pela primeira vez, ela não se encolhe.
Ela respira. E diz:
— “Vamos pra casa.”
19h07 – Casa de Léo, Nova Iorque
Chuva nos vidros. Silêncio nas ruas.
Mas dentro do apartam