Mundo ficciónIniciar sesiónDurante quatro anos de casamento, o marido dela traiu a relação que juraram proteger. Ele se lançou loucamente atrás de seu amor da juventude, tentando compensar os arrependimentos do passado. Helena Santos o amava profundamente e se esforçou para retê-lo. Mas ele segurando o seu primeiro amor nos braços, zombou: — Helena, não há nada de sexy em você! Só de olhar para esse seu rosto frio, perco completamente o interesse. Foi nesse momento que Helena finalmente perdeu as esperanças. Ela não se apegou mais e partiu com dignidade. ... Quando se reencontraram, Bruno Lima não reconheceu a ex-esposa. Helena abandonou sua imagem rígida e se tornou uma mulher doce e encantadora. Homens enlouqueciam por ela, e até mesmo Rui Luís, o homem mais poderoso, só sorria para sua Helena. Bruno enlouqueceu! Passava todas as noites diante da porta da ex-mulher, oferecendo cheques e joias, querendo arrancar o próprio coração para entregá-lo a ela. Curiosos perguntavam sobre a relação entre os dois, e Helena, com um sorriso tranquilo, respondeu: — O Sr. Bruno é apenas um homem que me acompanhou no passado.
Leer másNo helicóptero, Bruno observava tudo de cima. Ele olhou para as duas figuras abraçadas lá embaixo, os olhos levemente úmidos, e continuou dando ordens:— O Helicóptero 1 está descendo em direção ao alvo. Helicóptero 2, aguarde ao lado. Quando o helicóptero 1 retirar o primeiro ferido, vocês descem em seguida.Depois disso, ele largou o rádio comunicador e sorriu de leve para Ian.Ian, com o rosto levantado, tinha os cabelos negros erguidos pela ventania provocada pela hélice. Diferente da tempestade da noite anterior, aquele vento trazia esperança.O helicóptero 1 desceu lentamente e, quando atingiu uma distância segura, jogaram a escada de cordas. A equipe de resgate desceu rapidamente, prendeu Ian com as cordas e começou a içá-lo para cima. Em seguida, o helicóptero 2 se aproximou para retirar Eduardo daquele estádio abandonado.No ar, Ian não tirava os olhos de Eduardo. Uma mão grande pousou suavemente em sua cabeça, e uma voz elegante e firme disse:— Fica tranquilo, ele não vai mo
"Que dor!"Quando o tsunami chegou, Eduardo se lançou sobre Ian, protegendo o rapaz firmemente em seus braços.A ventania e as ondas gigantes vinham uma após a outra, cada vez mais altas. A água furiosa invadia cada canto ao redor, e mesmo estando no ponto mais alto do estádio de futebol, no instante em que a onda se ergueu, a água atingiu seus corpos sem piedade. A força da natureza era assustadora, cada impacto da onda no corpo parecia uma pedra enorme, esmagando-o repetidas vezes.Doía, doía muito... Eduardo cerrava os dentes, sustentando tudo com dificuldade, porque ele sabia que, se morresse, Ian também não teria chance de sobreviver.Os corpos deles estavam gelados, a qualquer momento poderiam entrar em hipotermia. Mesmo com dor, Eduardo ainda esfregava as mãos de Ian, e com grande dificuldade tirou a mochila das costas, pegando o que restava ali dentro: uma manta térmica, o último pacote de biscoitos comprimidos e meia garrafa de água quente do cantil militar.Tremendo, Eduardo
A água tomou tudo. O vento uivava, a chuva batia como lâminas. O céu negro se fundia ao mar violento, o mundo inteiro parecia em colapso.O líder da equipe engoliu seco, dizendo:— Sra. Yasmin, precisamos ir agora, ou vai ser tarde demais! Todos estão esperando.As palavras "eu fico" estavam na ponta da língua de Yasmin, mas ela não podia dizer. Eduardo havia dito que só um deles podia entrar. Ele tinha razão, o outro precisava viver.Mas agora, as ondas levaram as duas pessoas que ela mais amava.As lágrimas desciam pelos cantos dos olhos, silenciosas. Sem soluços, sem histeria, apenas dor pura. Ela olhou firme para o horizonte engolido pelo mar e disse, com voz baixa e determinada:— Subam, vamos partir.Minutos depois, o ônibus avançou na escuridão, com dois faróis abrindo caminho, e logo alcançou o restante da frota. Havia milhares de socorristas e todos estavam em um clima pesado, calados e cabisbaixos.Aqueles que não haviam sido encontrados, estavam para sempre soterrados ali. B
Os olhos de Eduardo ficaram úmidos. Ele deu um leve tapa no ombro do homem e disse:— Então, eu realmente tenho que agradecer ao meu primo. — Eduardo recompôs o semblante e, olhando para o sol que nascia no horizonte, bradou. — Vamos!A luz do sol iluminava sua figura alta e firme. A roupa de resgate envolvia suas pernas longas enquanto ele caminhava rumo ao mar.No meio da multidão, Yasmin o avistou facilmente. Ela gritou:— Eduardo, toma cuidado!O homem não se virou, apenas levantou a mão e acenou levemente....A equipe de quase 300 pessoas vasculhou Brighton de forma minuciosa.Três dias e três noites.Durante esse tempo, as pernas de Eduardo ficaram tão encharcadas pela água salgada que a pele quase descascava. Ele só tirava pequenos cochilos quando o cansaço era tão grande que o derrubava, mas nunca passavam de meia hora, e logo voltava à busca.Três dias depois, os mantimentos estavam quase no fim. Ao entardecer, uma sirene ecoou pelo céu de Brighton:— Atenção, o tsunami volta
Ao descer, Eduardo nem olhou mais para o corpo de Katrina.Quando ele chegou à Empresa Flyer, Yasmin estava numa reunião matinal, a sala estava cheia de gerentes e diretores. Todos ficaram chocados ao ver um Eduardo super pálido entrando devagar e colocando a mão no ombro de Yasmin sem qualquer disfarce.Antes que alguém pudesse comentar, Eduardo falou com a voz rouca, quase falhando:— A área de camping do Ian foi atingida por um tsunami. Precisamos ir para a Inglaterra imediatamente. Já avisei em casa. Meus pais vão ficar com as crianças durante o dia, sua mãe não dá conta sozinha, e eu não quero complicações. Yasmin, a autorização para o voo particular já foi aprovada. Vamos agora.Yasmin ficou atônita por um instante, depois se virou para o vice-presidente e falou:— Assuma a reunião, eu...Ela queria terminar a frase com dignidade, mas não conseguiu, sua voz embargou e as palavras travaram na garganta.O vice-presidente ficou comovido. O Ian era apenas enteado dela, e, ainda assim
Ela já tinha se acostumado àquele tipo de vida, acostumado ao status de Sra. Freitas, e, na verdade, também já tinha se acostumado aos dias com Eduardo. Nesse último ano, dizer que ele "trabalhou como um boi" nem seria exagero. Seja por qual motivo fosse, recusá-lo agora parecia uma atitude fria, pouco humana.Mas, se desse aquele passo, eles deixariam de ser apenas companheiros de casa e se tornariam amantes.As pequeninas da casa até entenderiam, o problema era o Ian. Se Ian descobrisse um dia, o que pensaria? Acharia que ela estava traindo o pai dele? Os dedos de Yasmin tremiam enquanto, muito lentamente, ela devolvia o charuto para a caixa.Aquela noite, ela não pregou os olhos. Deitada na cama, sonhou com Elder....No sonho, Elder voltou. Ele estava ao lado da cama, chamando-a com muita doçura:— Yasmin, você ainda não foi ver o Ian lá na Inglaterra?No sonho, Yasmin mal conseguia respirar. Ela tentava agarrar algo, desesperadamente, mas Elder se afastava, e ela não conseguia seg
Último capítulo