Ela tinha tudo planejado: o vestido dos sonhos, o buquê perfeito e um amor que acreditava ser para a vida toda. Mas tudo desmoronou quando perdeu seu bebê. Afundada em uma espiral de tristeza e desespero, ela encontrou na comida seu único conforto. Os quilos a mais vieram, assim como o olhar frio e cruel do homem que prometeu amá-la. No dia do casamento, ele não teve piedade. A deixou plantada no altar, humilhada, rejeitada... desprezada. Desnorteada, ainda vestida de noiva, ela busca refúgio em um bar qualquer de Nova Iorque, tentando engolir as lágrimas junto com doses de tequila. É quando ele surge. Frio. Perigoso. Misterioso. Um homem que carrega o submundo aos seus pés, com sangue nas mãos e bilhões na conta. Ninguém se atreve a cruzar seu caminho... até agora. Ele não é do tipo que oferece conforto. Não é gentil. Não é herói. Mas, ao vê-la naquele estado devastada, arrasada, quebrada , algo nele quebra também. Um gesto simples, um lenço estendido, acende uma obsessão que ele não sabe controlar. E quando um homem como ele deseja… ele toma. Ela não sabe que está prestes a se tornar a rainha do submundo de Nova Iorque. E que seu coração partido agora pertence ao homem mais perigoso da cidade.
Ler maisNarrado por AvaO sol entrava pela janela do nosso quarto como se soubesse que hoje era um daqueles dias que a gente vai guardar na alma pra sempre. Meu bebê dormia nos meus braços, com aquele cheirinho doce de recém-nascido e a boquinha entreaberta, soltando um suspiro leve. Eu passei a ponta dos dedos na bochecha dele e sorri.Ele era perfeito. Tão meu. Tão nosso.Eu ouvi a porta se abrindo devagar e Gregório apareceu com um buquê enorme de girassóis nas mãos e um sorriso idiota no rosto.Gregório: “Acordei cedo, fui até a floricultura e pensei... Ela merece flores hoje. E todos os outros dias também.”Ava: — Você já me deu tudo, amor. Não precisava de mais nada.Gregório: “Sempre vai precisar. Você merece o mundo, Ava.”Ele se aproximou, colocou as flores no vaso ao lado da cama e depois se sentou devagar, como se não quisesse acordar o bebê. Encostou a testa na minha e sussurrou:Gregório: “Você tá linda. Mesmo cansada. Mesmo de pijama. Mesmo descabelada.”Ava: — Você tem certeza
Narrado por MayaSe alguém tivesse me dito que um dia eu ia dividir uma casa com o homem mais temido do país — o assassino mais procurado, o rosto mais odiado pelo FBI — e ainda assim acordar sorrindo todos os dias, eu teria rido alto. Dito que era delírio. Que isso não existia.Mas hoje... hoje eu abri os olhos com a luz suave da manhã entrando pela janela da cobertura e o cheiro do Bento no travesseiro do lado.E sorri.A cozinha já tinha barulho. Ele sempre acordava antes de mim. Às vezes fazia café, às vezes só ficava ali, sentado no balcão com o cigarro entre os dedos, olhando pela vidraça a cidade que ele um dia comandou nas sombras. Hoje, ele só observava. Só vivia.— Tá viva? — ele perguntou, quando me viu chegando, com a voz rouca de sono e aquele olhar debochado que me tirava do sério e me deixava completamente apaixonada ao mesmo tempo.— Mais ou menos — falei, bocejando e amarrando o cabelo num coque alto.Ele se aproximou com uma xícara de café na mão e me entregou.— Tá
Narrado por AnastáciaO cheiro de café fresco invadia o quarto antes mesmo da luz do dia tocar a janela. Eu ainda estava na cama, enrolada no lençol de linho, observando as partículas de poeira dançarem no feixe dourado que escapava pelas cortinas entreabertas. Era engraçado como, mesmo com toda a loucura que já vivi, agora o silêncio era meu maior conforto.Marcelo tinha saído cedo. Desde que assumiu como Dom de uma nova frente da máfia — longe da cidade e longe da sombra do passado — a nossa rotina mudou. Não havia mais explosões, perseguições ou medo constante de emboscadas. O império dele era forte, mas controlado, e pela primeira vez em anos, eu sentia paz.A relação dele com Gregório também havia mudado. Eles já se enfrentaram como inimigos, se encararam de armas em punho e fizeram juras de morte. Mas hoje… Hoje existe respeito. Existe um acordo. Eles se encontraram como dois líderes, dois homens que entenderam que manter a guerra só destruía o que restava. Marcelo sempre diz:
Narrado por GregórioNove meses.Ava estava com a barriga alta, redonda, imponente como a bandeira de um reino. A pele luminosa, o olhar sereno, mas o corpo já dando sinais de que o tempo estava no fim. E mesmo assim, ali estava ela, ao meu lado, impecável — num vestido vinho que marcava cada curva, segurando firme no meu braço enquanto eu guiava a noite.O salão era uma obra de ouro, vidro e silêncio tenso. Um evento da máfia italiana, reunindo os chefes de família, os aliados, os homens de respeito. Mesa longa, taças alinhadas, olhares que diziam mais que palavras. A Ava era a única mulher ali. Não por acaso — mas porque era a minha.E ninguém ousava olhar por mais de dois segundos.Ela se manteve calma, elegante, trocando breves cumprimentos quando necessário, mas sempre com a mão em mim. Meu braço. Meu ombro. Minha coxa debaixo da mesa. Ela dizia com toque o que não precisava verbalizar: “estou aqui, mas tô cansada”.Inclinei pro lado dela e falei baixinho, só pra ela ouvir:Gregó
Narrado por BentoO sol ainda não tinha nascido quando abri os olhos.O quarto estava silencioso, a cidade lá fora mergulhada em sombras azuis. Ao meu lado, Maya dormia como se o mundo estivesse em paz. O rosto dela sereno, o corpo nu sob o lençol bagunçado. Era bonita até dormindo. Mas o que me prendia não era a beleza. Era o jeito que ela fazia meu peito parecer menos blindado.Toquei de leve a curva do quadril dela, me obrigando a sair da cama devagar, sem acordá-la.Na cozinha, preparei o que pude com o que tinha: café forte, pão tostado, frutas picadas. Peguei a bandeja, coloquei ao lado da cama e deixei um bilhete rabiscado à mão:"Precisei sair. Te vejo em breve. Não se preocupa — só vou matar monstros.– Bento."Coloquei um beijo leve na testa dela e saí antes que a coragem falhasse.---Gregório já me esperava do lado de fora, encostado num carro preto, cigarro entre os dedos, blazer escuro, olhar de quem não dorme há dias. Quando ele me viu, soltou a fumaça com um sorriso se
Narrado por MayaEle ainda estava com a testa colada na minha quando eu senti. O calor do corpo dele pressionado contra o meu. O jeito como a respiração dele já não era mais calma.A tensão no ar não pedia mais palavras. Ela pedia pele.Soltei o colarinho devagar, mas não me afastei. Pelo contrário. Passei as mãos pelo peito dele, senti o tecido fino da camisa até encontrar os botões. Abri o primeiro. Depois o segundo. E quando cheguei ao terceiro, os olhos dele desceram até os meus dedos.Bento: Tem certeza?Respondi com um beijo. Mas dessa vez, não foi suave.Foi um beijo com gosto de necessidade, de fogo acumulado, de promessas não ditas. Minhas mãos invadiram o peito dele, sentindo a pele quente, firme. Quando ele segurou minha cintura, puxando meu corpo com força contra o dele, senti o volume entre as pernas dele pulsar contra meu ventre.Arfei. E ele sorriu com um canto da boca que sempre me deixa sem chão.Maya: Eu quero.Sem pedir permissão, ele me virou com firmeza e me prens
Último capítulo