Ela tinha tudo planejado: o vestido dos sonhos, o buquê perfeito e um amor que acreditava ser para a vida toda. Mas tudo desmoronou quando perdeu seu bebê. Afundada em uma espiral de tristeza e desespero, ela encontrou na comida seu único conforto. Os quilos a mais vieram, assim como o olhar frio e cruel do homem que prometeu amá-la. No dia do casamento, ele não teve piedade. A deixou plantada no altar, humilhada, rejeitada... desprezada. Desnorteada, ainda vestida de noiva, ela busca refúgio em um bar qualquer de Nova Iorque, tentando engolir as lágrimas junto com doses de tequila. É quando ele surge. Frio. Perigoso. Misterioso. Um homem que carrega o submundo aos seus pés, com sangue nas mãos e bilhões na conta. Ninguém se atreve a cruzar seu caminho... até agora. Ele não é do tipo que oferece conforto. Não é gentil. Não é herói. Mas, ao vê-la naquele estado devastada, arrasada, quebrada , algo nele quebra também. Um gesto simples, um lenço estendido, acende uma obsessão que ele não sabe controlar. E quando um homem como ele deseja… ele toma. Ela não sabe que está prestes a se tornar a rainha do submundo de Nova Iorque. E que seu coração partido agora pertence ao homem mais perigoso da cidade.
Leer másShirleyÉ claro que fui eu quem mandou aquele bebê numa caixa para a desgraçada da Ava. Quando encontrei a Scarlett toda machucada, soube na hora que era culpa daquela gorda maldita. Ela está infernizando a vida da minha filha desde o dia do casamento, e agora mandou machucar a Scarlett só porque, em tudo, a Scarlett sempre foi melhor do que ela.Eu nunca consegui amar a Ava. Engravidei dela na primeira vez que transei e fui obrigada a me casar com o desgraçado do pai dela. Desde então, estou presa num casamento que nunca quis, por causa daquele bebê idiota.No começo, até achei que ela seria bonita, que talvez tivesse uma vida melhor, que fosse feliz com o Brian. Mas quando perdeu o bebê, ela se trancou no mundinho dela, achando que alguém iria se preocupar. E a única coisa que consegui dizer foi que o mundo não queria que ela fosse mãe. E ela desabou. Sempre tão frágil. Isso sempre me irritou nela: puxou o pai na fraqueza. Nunca foi parecida comigo. Nunca foi ambiciosa.Achou que vi
Narrado por Gregório HackmanA luz azulada do bunker iluminava a mesa de aço inox onde Pietro havia deixado o pacote.A caixa ensanguentada já não estava mais ali. Foi levada para análise, junto com os fragmentos de tecido e os restos de cordão umbilical falsificado. Aquilo não era só um recado. Era uma tentativa de colapsar o emocional da minha mulher. De fazê-la desabar.Mas ela não vai desabar.Porque eu vou arrancar as raízes desse veneno.— O laudo confirmou. O sangue não é humano. — disse Pietro, fechando o laptop com força. — Sangue de porco, usado com frequência nesse tipo de encenação. Mas a montagem foi feita com precisão. Alguém que conhecia bem os traumas da Ava.— E alguém com acesso ao histórico dela. — completei, me encostando na parede. — Não foi o Kowalski. Não foi o Marcelo. Não foi o irmão fantasma.Alonso cruzou os braços, olhos atentos ao mapa digital da cidade na tela da parede.— Você tem um nome.— Eu tenho, sim.Andei até a tela, puxei o controle e digitei o n
Narrado por AvaEu tava animada. Pela primeira vez em semanas, meu coração batia mais rápido por algo bom. A consulta de hoje era especial, a gente ia ouvir o coração do bebê. Era cedo, mas o médico disse que, com sorte, já dava pra escutar. Eu quase nem dormi essa noite de tanta ansiedade.Gregório tava mais calmo que o normal. Vestido com um terno escuro, discreto, mas com aquele olhar protetor que ele só usava quando o assunto era eu. Ele não falou muito no caminho, mas segurou minha mão o tempo todo. Acho que no fundo ele também tava nervoso.Entramos no consultório, e a médica, como sempre muito simpática, nos cumprimentou com um sorriso largo. Eu me deitei na maca, abaixei um pouco o cós da calça e levantei a blusa. A médica passou o gel e começou a mover o doppler sobre minha barriga.O silêncio durou alguns segundos... até que o som apareceu. Um batimento firme, acelerado.— Aqui está… — ela sorriu. — Forte e saudável.Minhas lágrimas desceram na hora. Gregório se inclinou e b
Narrado por Gregório HackmanAva estava inquieta desde cedo.Ela passou quase uma hora escolhendo a roupa que ia usar. Depois mais trinta minutos pra arrumar o cabelo. Mesmo quando sorriu pra mim na escada, aquele sorriso era carregado. Falso. Forçado.— Você tá linda. — falei, tentando aliviar.Ela me olhou com os olhos grandes, castanhos, brilhando mais pela ansiedade do que pela felicidade.— É só um ultrassom, Greg.— Não é só. É o primeiro depois que a gente soube, oficialmente, que tá tudo certo. É o primeiro que a gente vai ouvir o coração direito. Isso muda tudo.Ela sorriu de leve.— Eu só tô nervosa. É normal.Assenti. Mas sabia que tinha algo além.Desde o ataque à base, Ava vinha sentindo o peso da guerra. Por mais que eu blindasse ela de tudo, ela sempre percebia. Ela sentia nas entrelinhas. Nos olhares. No silêncio do Alonso. Na forma como Pietro falava baixo ao telefone.E hoje... ela estava mais sensível do que nunca.Entramos no carro. Tony dirigia. Alonso foi à frent
Narrado por Gregório HackmanEu já comprei armas de milhões. Já fiz negócios com cifras que a maioria das pessoas nem consegue imaginar. Já mandei reformar mansões, comprar ilhas, helicópteros, joias raras.Mas nada... nada me deixou tão nervoso quanto entrar naquela loja minúscula de roupas para bebês no meio de Manhattan.Ava estava dormindo. E eu... eu precisava fazer isso.Eu precisava ser o homem que nosso filho — ou filha — vai se orgulhar. Mesmo que o mundo lá fora me conheça como o nome que mete medo. Como o homem que comanda no grito. Como o monstro que não perdoa.Mas com eles… com ela… tudo muda.A vendedora veio sorridente, provavelmente sem ideia de quem eu era. Melhor assim.— Posso ajudar, senhor?— Quero uma roupa. A primeira. Pro meu bebê.Ela sorriu com delicadeza.— Menino ou menina?— Ainda não sabemos. Vai ser surpresa.— Então vamos escolher algo unissex. Uma peça especial?Assenti, enfiando as mãos no bolso. Eu tava completamente perdido naquele mar de pelúcias,
Narrado por AnastáciaEle segurou minha mão.Mas não era um gesto de carinho.Era posse.Marcelo me puxou com força, me girando no próprio eixo até me fazer colidir contra o peito dele. Os olhos queimando nos meus como brasas acesas num barril de pólvora prestes a explodir.— Você ainda é minha — ele disse, com a voz rouca, a boca tão próxima da minha que eu senti o hálito quente e amargo de vinho.— Isso a gente vai ver. — retruquei, mesmo sabendo que a resposta já estava escrita na minha pele.Porque por mais que meu sangue queimasse de raiva, meu corpo clamava por ele.— Vira de costas. — ele ordenou.Eu travei por um segundo. Ele puxou meu cabelo, inclinando minha cabeça para trás.— Eu disse... vira.E eu virei.Porque mesmo sendo a rainha, eu sabia quando o rei ia tomar o trono.O som do zíper abrindo atrás do vestido rasgou o silêncio. A seda escorregou dos meus ombros, caindo pelo meu corpo como uma promessa de guerra.Fiquei só de salto.E ele me empurrou contra o vidro da va
Último capítulo