Meu Vampiro Acidental.

Meu Vampiro Acidental.PT

Romance
Última atualização: 2025-09-11
Leticia lima  Atualizado agora
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Índice

Lua só queria fugir do convento… mas acabou despertando Wei com um beijo acidental. Agora ligados por um elo mágico, os dois embarcam em uma aventura cheia de confusões, risadas e perigos e descobrem que se livrar um do outro pode ser impossível.

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Capítulo 1

Capítulo 1

O Beijo Acidental

Acordei com o barulho do sino do convento, mas não porque ele tivesse me despertado de verdade — eu já estava acordada havia séculos (ou pelo menos parecia). Encostada na janela do dormitório, observava a chuva fina caindo no pátio e pensava: sério, quem inventou que a vida de freira era emocionante?

— Bom dia, mundo! — exclamei, espreguiçando.

O gesto, claro, derrubou um cálice de água. Ótimo começo de dia.

As outras meninas suspiraram. Sempre suspiram. Sempre. Eu sobrevivia rindo até da minha própria desgraça.

—Lua, você não vai para a reza? uma das meninas que dormia do lado da minha cama perguntou.

— Não quero ir.

— Você sabe que as irmãs são muito rígidas- ela disse preocupada.

— Não se preocupe! deixa que com elas eu me entendo, agora vai você- Não sabendo ela que meu plano era fugir dali, eu só sei de uma coisa...minha vocação não é ser freira, não que isso seja um problema meu Deus.

— Lua! — ralhou a irmã superiora.

Lua narrando

Meu nome é Lua. Desde que me entendo por gente, vivi no convento. Quer dizer… “me entendo por gente” é modo de falar, porque eu nem sei de onde vim de verdade. Só sei que, numa noite de chuva, bateram na porta do convento e lá estava eu, enfiada dentro de um cesto. Pois é. Nada glamuroso. Cresci cercada de rezas, silêncio e regras chatas. E, sinceramente? Nunca fui boa em seguir nenhuma delas. Sempre dava um jeito de escapar, explorar a cidade, sentir o mundo além daqueles muros. Claro, sempre voltava para os castigos. (Já dava pra carimbar uma carteirinha de “detenta vitalícia”).

Mas aí veio a parte que ninguém te conta: o convento não era só rezas e castigos. Era… assustador.

As meninas sumiam. Uma noite estavam lá, na cama ao lado da minha, e na manhã seguinte… nada. As freiras inventavam desculpas, mas eu não nasci ontem. Descobri que elas eram vendidas. Sim, vendidas, e a menina que dormia ao lado da minha cama simplesmente sumiu, foi aí que eu resolvi bancar a detetive e acabei descobrindo uma lista de nomes e adivinha quem estava na lista? Isso mesmo: euzinha aqui.

Agora, me diz, o que você faria?

Ficaria de braços cruzados, esperando o momento de ser levada, ou correria?

Exato. Eu corri.

Chovia, trovejava, e eu agarrada no meu crucifixo, repetindo baixinho:

— O sangue de Jesus tem poder… o sangue de Jesus tem poder…

Era isso ou desmaiar de medo.

E no meio da fuga, encontrei uma mansão. Enorme, silenciosa, com portas que mais pareciam cochichar: “não entre”.

E eu pensei:

“Lua, você vai mesmo entrar aí? Essa casa parece a cada do Diabo!”

E no mesmo instante respondi pra mim mesma.

“Pois é. Mas entre o convento e o Diabo, eu fico com o Diabo.”

Entrei.

O piso rangeu sob meus pés, teias de aranha balançaram, e no fundo havia um caixão escuro, trancado por correntes enferrujadas. Cada instinto gritava para correr, mas a curiosidade venceu. Abri a tampa um relâmpago iluminou o quarto. Assustada, tropecei e… caí para frente.

Meus lábios encostaram nos dele, da pessoa que estava dentro do caixão, ele abriu os olhos. Negros. Intensos. Como se atravessassem minha alma, e mesmo assim continuamos ali com nossas bocas coladas até que afastei-me num pulo, o coração martelando. Ele se ergueu. Alto, pálido, imponente. E me observava em silêncio.

— Claro, Lua. Parabéns. Você podia tropeçar em qualquer canto do mundo… e escolheu tropeçar em cima do Diabo — pensei, em tom de desespero.

— Que criatura é você? — a voz grave dele ecoou.

— Quem permitiu que um ser tão desprezível invadisse minha nobre mansão ? — ele arqueou a sobrancelha, a voz carregada de julgamento e autoridade.

— Nobre mansão? Tá mais pra espelunca! — rebati, gesticulando nervosa. — E peraí… você me chamou de ser desprezível?! Quem você pensa que é?!

Ele apenas me observava, braços cruzados, olhos negros atravessando minha alma. O contraste entre meu desespero e a calma dele me deixava à beira da histeria.

— Eu só queria me abrigar da chuva! — explodi, quase tropeçando numa cadeira.

Ele suspirou, impaciente.

— Você invadiu meu local de descanso eterno… por causa da chuva?

— Eu não invadi nada! — retruquei, exaltada. — Eu só entrei!

— Ah, não? — arqueou a sobrancelha, inclinando a cabeça com aquele ar julgador. — Então você simplesmente caiu em cima de mim, abriu meu caixão… e ainda teve a ousadia de me beijar.

Meu queixo caiu.

— B-b-beijei?! — gaguejei, quase engasgando com as próprias palavras. — Eu não beijei ninguém! Foi… acidente!

Ele manteve o olhar sério, mas havia algo ali, como se estivesse se divertindo com minha vergonha.

— Você tem um talento raro para transformar o silêncio de séculos em caos absoluto — murmurou, a voz grave e calma, carregada de autoridade.

— Quem você pensa que é pra falar comigo desse jeito? fica me chamando de ser desprezível e você que é um morto vivo, nunca vi alguém dormir em um caixão.

— Mo...morto vivo? sua Humana mal educada e estérica como ousar falar comigo dessa forma.

— Mal educada? você nem me conhece, você é...analisei ele de cima abaixo e caramba, meu Deus do céu.

— Morto vivo! você é o quê? o diabo ou um Vampiro porque que eu saiba quem dorme em caixão é Vampiro segundo o livro de romance que li. Espera uma mansão velha, um quarto com um caixão e um homem dormindo dentro, não acredito...ele é um Vampiro?

Parabéns, Lua — pensei. — Você tropeçou no caixão do Vampiro, caiu em cima dele, beijou o sujeito… e agora ele te olha como se fosse a primeira coisa interessante que surgiu em séculos. Palmas pra você.

O ar ficou pesado. Ele ergueu lentamente o rosto, e seus olhos se fixaram em mim de forma hipnótica. Um frio percorreu minha espinha.

Então, de repente, os olhos dele ficaram vermelhos, brilhando como chamas na penumbra.

— Sim… eu sou um vampiro — disse ele, a voz grave agora carregada de poder e desejo — e já que você me despertou, por que não se entrega a mim? Ele disse se aproximando de mim olhando fixamente nos meus olhos.

— Se entrava a mim, a mim...a mim- ele repetia e seus olhos brilhavam.

— Espera! Você tá tentando me hipnotizar?! — exclamei, balançando a cabeça. — Olha, sério… que clichê!

Até que ele foi se aproximando de mim e num impulso, acertei um tapa no peito dele.

Ele congelou, incrédulo.

— Você… me atacou?

— Sim! — respondi, ainda erguendo o crucifixo como se fosse uma espada. — E faria de novo, se fosse preciso!

O silêncio se estendeu. Então, devagar, o canto da boca dele se curvou. Não em raiva… mas em interesse.

E foi nesse momento que percebi: eu devia estar morta. Mas, pela primeira vez em séculos, ele parecia vivo.

E pior… interessado em mim.

Antes que eu pudesse me recompor, algo enorme atravessou o quarto: um rato do tamanho de um cachorro, isso mesmo! um rato enorme apareceu e pior...vinha em minha direção.

— Aaaah! — berrei, pulando em cima dele e derrubando-o no chão.

O rato escalava minhas pernas, depois meu cabelo. Eu gritava, chorava, rezava, e praticamente esmagava o vampiro embaixo de mim.

Ele, em contrapartida, apenas… observava. Como se estivesse assistindo a melhor comédia dos séculos.

Hoje é meu dia de azar primeiro beijo… é isso… e claro que tinha que ser com um morto. Perfeito, Lua, perfeito — pensei, e agora tem um rato enorme escalando meu corpo. Quando o bicho se enroscou no meu cabelo, ele finalmente se moveu. Estalou os dedos — e o rato desapareceu.

Engoli seco.

— Ele realmente é o Diabo…vampiro isso tudo misturado.

Ele massageou a têmpora, como se eu fosse a maior dor de cabeça da eternidade.

— Por que você grita tanto? Ele disse.

Ele veio andando de uma forma tão ameaçadora.

— Como você ousa me bater, e se jogar em cima de mim feito uma louca?

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