Mundo ficciónIniciar sesiónLua só queria fugir do convento… mas acabou despertando Wei com um beijo acidental. Agora ligados por um elo mágico, os dois embarcam em uma aventura cheia de confusões, risadas e perigos e descobrem que se livrar um do outro pode ser impossível.
Leer másContinuação. Ainda estávamos tão próximos, respirando o mesmo ar, quando a carruagem deu outro solavanco ao passar por mais uma pedra no caminho. Dessa vez, em vez de cairmos um sobre o outro desajeitadamente, nos seguramos ao mesmo tempo — e acabamos rindo juntos. O riso quebrou a tensão, mas não diminuiu a proximidade. Pelo contrário: trouxe uma leveza inesperada, como se aquele momento tivesse nos libertado de algo. Wei passou a mão pela minha cintura, mantendo-me junto a ele, e seus olhos me observavam de um jeito diferente, mais suave, quase terno. — Sabe... — ele começou, com a voz grave e baixa, mas sem desviar o olhar dos meus. — Nós começamos errado. Pisquei, surpresa com a sinceridade repentina. — Errado? Ele assentiu, o sorriso discreto nos lábios. — Eu disse coisas que não devia, te machuquei quando deveria ter te protegido. — Apertou levemente minha cintura, como se quisesse que eu sentisse a firmeza de suas palavras. — Mas agora... quero recomeçar. Com você.
Continuação Acordei devagar, sentindo meu corpo pesado, os músculos doloridos, mas o calor do quarto e a luz suave do sol entrando pelas cortinas me deram uma sensação estranha de conforto. Virei-me lentamente para um lado… e então para o outro. Foi nesse momento que percebi. Nós estávamos de mãos dadas. Eu ainda tremia, surpresa. Minha primeira reação foi tentar soltar, meu corpo pedindo espaço, tentando respirar sem depender de ninguém. — Eu… eu preciso soltar — sussurrei, tentando me afastar levemente. Selene, que estava perto, me observava com um olhar sério, quase emocionado. — Lua… — disse ela. — Quando você desmaiou, ele também perdeu a consciência. Desde então, ele não soltou sua mão. A informação me atingiu como uma onda. Eu olhei para Wei, deitado ao meu lado, ainda segurando minha mão com cuidado. O fio que nos ligava parecia pulsar entre nós, como se toda a noite anterior tivesse deixado marcas invisíveis, mas profundas. Meu coração acelerou. Eu queria me
Continuação. Eu continuava presa, observando Wei dominar Diego com ferocidade sobrenatural. Meu coração batia descompassado, medo e alívio misturados. E então ouvi Selene murmurar, mais para si mesma do que para qualquer outra pessoa: — Eu devia ter previsto… que uma besta do abismo ainda existia no mundo. Minha atenção se voltou totalmente para ela. — Que tipo de criatura é essa? — perguntei, surpresa. — Por que ele… por que esse tipo de besta é atraído principalmente por mulheres? Selene me olhou, séria, quase como se explicasse um segredo antigo que eu jamais poderia esquecer. — Mulheres… — começou ela, a voz baixa, grave. — Elas são a criação mais perfeita de Deus. É por isso que essas bestas se alimentam delas. Não apenas do corpo… mas do medo, da vida que carregam. Porque mulheres dão início à vida. Elas dão à luz, criam, geram… e a besta do abismo se nutre dessa força. É por isso que são tão atraídas por elas. Eu fiquei em silêncio, processando cada palavra. Um frio perc
Continuação. Wei narrando A fumaça me arrastava, o laço queimava cada vez mais forte, me guiando até um ponto da montanha que parecia morto, mas eu sabia que era ali. Dorian, Alaric e Selene me seguiam, mas assim que demos o primeiro passo para dentro, fomos arremessados para trás como bonecos. A barreira explodiu contra nós, abrindo crateras no chão. Uma voz ecoou, grave, antiga. — Durante séculos eu me preparei para isso, Wei. Você não entrará aqui. O chão tremeu, a escuridão se fechou ao redor da fortaleza escondida. Eu não pensei. Eu não ouvi. Apenas avancei. — EU VOU ENTRAR! — rugi, e toda a fumaça ao meu redor se concentrou em mim, explodindo contra a barreira. O impacto foi tão forte que a terra se abriu, as árvores se despedaçaram. A barreira rachou, resistiu, e então se partiu em mil fragmentos. Entrei como uma tempestade, feroz, movido apenas pelo fio que me queimava por dentro. Cada passo me levava direto a ela, como se o coração dela fosse um farol me guiando pelo
Continuação. A dor não parava. Era como uma lâmina enfiada em meu pescoço, cada pulsar mais fundo, mais quente. E então… começaram os flashes. No primeiro, vi o rosto dela, manchado de lágrimas. A corrente em seu tornozelo brilhava fria, puxando-a para trás. No segundo, senti o gosto de sangue… mas não era o meu. Era o dela. O tapa que ela levou ardia na minha própria pele como se tivesse sido em mim. Meu corpo inteiro tremeu. — Lua… — sussurrei, mas o nome dela saiu como um lamento e uma maldição ao mesmo tempo. Outro flash. Mais rápido, mais cruel. As mãos de um homem. Sujas de sangue. Tão perto do rosto dela. Eu quase consegui sentir a respiração dele soprando contra sua pele. A dor aumentou. Um soco direto no meu estômago, mas sei que não fui eu quem levou o golpe. Era ela resistindo. Lutando. Meu corpo cedeu, caindo para frente, as mãos cravando o chão. O gosto metálico invadiu minha boca, mas era a dor dela que me alcançava. O laço estava mostrando, pedindo
Atenção este capítulo contém cenas sensível, se você for sensível a esse pequeno tipo de conteúdo não leia pode acender alguns gatilhos. Continuação Ele avançou mais um passo. O som das correntes, dos gritos contidos das outras mulheres e do sangue pingando no chão era tudo o que eu ouvia. Senti sua sombra cair sobre mim antes mesmo de sentir o toque. Sua mão suja de sangue deslizou pelo ar, vindo em direção ao meu rosto. — NÃO ME TOQUE! — gritei, tentando me afastar, mas a corrente me puxava de volta para a cama. Agarrei o lençol e o puxei como um escudo, mas ele arrancou de minhas mãos com facilidade. — Esse vai ser o nosso melhor trabalho, Lua… — sua voz era um sopro frio, roçando minha pele. — Vamos escrever um livro juntos com isso… hahahaha. Vou descrever cada detalhe quando eu estiver dentro de você, sentindo de perto seu medo… e sua inocência sendo minha. — ele disse quase sussurrando no meu ouvido, e seu hálito quente fez meu estômago se revirar. Meu corpo inteiro entro
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