Continuação.
Quando a carruagem finalmente passou pelos portões da cidade, soltei um suspiro tão alto que o senhor deve ter achado que eu tinha corrido uma maratona.
— Senhor, muito obrigada, de verdade. Se não fosse o senhor, eu ainda estaria no meio da estrada, chorando e rezando ao mesmo tempo. — sorri aliviada.
Ele balançou a cabeça, rindo da minha aflição. — Só tome cuidado, mocinha. A cidade também tem seus perigos.
— Perigo maior do que aquele que eu deixei pra trás? — pensei em voz baixa, mas logo respondi com um sorriso nervoso: — Pode deixar, senhor, eu me viro.
Desci da carruagem ajeitando o chapéu que escondia meu cabelo. O coração acelerou quando meus olhos encontraram uma pequena pousada logo na esquina. Uma tabuleta velha balançava com o vento, e parecia o paraíso para mim naquele momento.
— Uma cama, quatro paredes e nenhuma criatura de presas afiadas, é só isso que eu preciso — murmurei, marchando até a porta com a bolsa batendo contra o quadril.
Empurrei a por