Lua Narrando.
Estava escutando eles falarem de mim como se eu fosse uma aberração. Tipo, oi? Eu tô aqui, tá? Nem eu mesma sei como diabos fiz essa tal ligação com esse cara, mas se estamos ligados… significa que não vou poder me livrar dele?
— Ah, que maravilha, que sorte a minha! — digo, choramingando, como se tivesse acabado de ganhar um prêmio de azar vitalício.
Eles pararam de conversar e ficaram me encarando, como se eu tivesse falado uma heresia.
— Que foi? — perguntei, encarando os dois de cima a baixo, pronta pra distribuir nota de julgamento.
— Se eu soubesse, tinha fugido naquela hora em que ele caiu no chão… mas espera… — franzi a testa, pensando alto — …se eu não deixei ele pra trás, isso significa que não só ele está preso a mim, mas eu também tô presa a ele.
Fiz uma pausa dramática e soltei:
— Merda… merda! — comecei a me espernear, como criança birrenta que não ganhou o brinquedo no mercado.
— Meu senhor, essa humana sempre é assim? — Selene perguntou, me lançando aquel