Ana Júlia é uma garota meiga, inteligente e sozinha no mundo. Depois de perder a mãe para um câncer ela teve que refazer a sua vida e vencer os obstáculos que a ela lhe impôs. O destino lhe abriu as portas e ela foi trabalhar para uma das maiores construtoras e hotelaria do país e foi nessa empresa que conheceu Luís Renato Alcântara. Jovem, bonito e multe milionário, esse empresário é o dono de uma das redes de hotéis de luxo mais conhecida no país e no mundo. Um homem amargurado, desacreditado do amor, mal-humorado, estupido e viciado no seu trabalho. Por algum motivo o distinto quis brincar de cúpido e colocou Luís no caminho da meiga Ana Júlia. Ele vai transformar toda a sua tristeza e desespero em um amor puro e trará dias de muita paz, coisa que a muito tempo a Ana não via mais. Ou será que foi a Ana Júlia quem entrou no caminho desse mega CEO, transformando a sua escuridão com a sua luz? Transformando a sua dor em amor puro e verdadeiro? Descubra com essa história como um homem desiludido e rancoroso reaprendeu a amar e a acreditar de nesse sentimento tão singular. Mundos paralelos que se encontraram fazendo surgir um amor inesperado e intenso entre uma jovem desamparada e um CEO amargurado e viciado em trabalho.
Ler maisUm mês antes...
Luís Renato
Você já sofreu por amor? Foi uma pergunta retórica, afinal, quem nunca? Mas, de verdade, eu acreditei que isso nunca fosse acontecer comigo. Sério, eu pensei que pelo fato de ser um cara legal, bem remunerado e de ter bons amigos fosse o suficiente para ter sorte no amor. Grande engano! Depois que todos saem, depois que a solidão me abraça e depois de uma garrafa de uísque importado, aqui estou eu: ferido, machucado e chorando. Porra, eu estou chorando por causa dela! Como cheguei a esse ponto? Eu, Luís Renato Alcântara, C.E.O. de uma das maiores e mais renomadas empresas de construção e hotelaria, estou literalmente caído ao chão, completamente embriagado e chorando por ela. Mas, aprendi a minha lição. A porra do amor não existe e se existe, não é para todos. Pelo menos não é para mim. Não amarei mais ninguém, nunca mais. Forço-me a levantar do chão e saio do escritório olhando cada canto desse lugar. Um apartamento extremamente luxuoso, comprado há poucos dias para uma vida cheia de amor e uma família com a qual eu tanto sonhei. As lágrimas voltam a inundar os meus olhos e eu sinto ódio de mim mesmo por isso. Sinto ranço desse lugar.
— Odeio você! — digo baixinho e entre dentes. Eu queria realmente odiá-la, queria não ama-la com todas as minhas forças, mas eu a amo. Puto da vida, eu jogo uma garrafa vazia contra uma parede, sentindo uma raiva intensa percorrer as minhas veias e a mesma se estilhaça fazendo um barulho estridente. Determinado a fugir da minha própria dor, eu saio de casa, entro no meu carro e dirijo sem destino. Não quero ficar lá sozinho, não quero mais pensar nela. Passo horas e horas dirigindo sem direção. O trânsito está calmo sob uma noite fria e silenciosa. Estaciono em qualquer lugar e me deparo com uma danceteria. Na fachada algumas luzes em neon brilham formando o desenho de uma garota vestida apenas com uma lingerie, fazendo uma pose de pernas para cima e a cabeça jogada para trás, deixa os cabelos compridos caírem soltos em suas costas. Dou de ombros, desligo o motor e saio do carro sem me preocupar em fechar a porta e ando cambaleante em direção ao prédio de tijolos rabiscados. O som alto e a batida são contagiantes aqui dentro, além das dançarinas que sensualizam em cima de um palco me fazendo sorrir. É isso, uma vida promíscua, livre de qualquer compromisso e principalmente, livre do amor.Junto ao balcão elegante e envernizado, peço uma garrafa de uísque e um copo. Em seguida vou para uma mesa e aprecio o primeiro gole da madrugada. Meus olhos estão atentos aos corpos femininos suados ou com um brilho a mais da purpurina. A dança lenta exibe partes do seu corpo que chegam a enfeitiçar. Uma morena se aproxima de mim e se senta no meu colo sem me pedir permissão. Ela usa apenas um fio-dental e brilhava com o pó fino colado na pele suada do seu corpo esguio. Ela sorri e sem dizer uma palavra, me beija. Um beijo calmo, cálido e sem emoção alguma, que logo ganhou uma proporção considerável. Deixei que as minhas mãos corressem livres pelo seu corpo, sentindo a sua maciez, o seu calor e o perfume barato, enquanto as suas mãos carinhosas deslizam pela minha barba cheia. O brilho nos olhos maliciosos da garota é convidativo e não demorou para que eu a levasse a um quarto, o melhor da casa e ficássemos entre quatro paredes.Cristal— Mamãe, posso pegar um? — Alan pede de olho nos doces arrumados de forma estratégica sobre as bandejas e automaticamente Arthur, e Alisson se aproximam. Não tem como evitar, eles são como abelhinhas, completamente loucos por doces. Como uma mãe coruja que sou, assinto para eles com um sorriso e cada um pega o seu doce, e saem correndo na direção da porta. Na minha adolescência não me via casada com o Mick, menos ainda construindo uma família com ele, mas poxa, o destino junta as peças e arma cada uma! Quando os meus olhos o viram de uma forma completamente diferente, eu pensei comigo mesma... Me apaixonei, e agora? Rio dos meus pensamentos sem noção. Como sou do tipo que paga pra ver, corri atrás e olha no que deu! Ah, eu estou apaixonada por esse homem a cada dia que se passa e os Mick mirins completam esse sentimento avassalador. Nossa, acordar com seus beijos e a bagunça que eles fazem todas as manhãs na minha cama não tem preço. Por ser a única mulher da casa, sou conside
JonathanQuando se é apenas um adolescente a sua única preocupação é estudar, se formar e um dia ser o melhor, além de olhar, cobiçar e pegar as garotas mais lindas que você conseguir na sua frente. Mas quando o seu coração está flechado e a sua mente amadurece, a sua visão é completamente. Olho para a minha linda família junto aos nossos parentes e amigos. Eles sorriem animados, enquanto conversam e se divertem. As minhas filhas estão correndo pelo imenso e verde jardim, brincando com seus primos. E, cara, como é incrível que elas sejam tão idênticas, assim como os primos. Quais as chances de isso acontecer duas vezes em uma única família? Gravidez de gêmeos univitelinos. Isso é tão... engraçado e ao mesmo tempo impressionante. E acredite, às vezes é difícil dizer quem é quem. É preciso muita atenção para identificá-los. Maitê por exemplo, tem um sinal sutil debaixo do queixo, a Lorena é um pouquinho mais alta que suas irmãs, é algo quase imperceptível e a jade tem um sinal um pouco
Um mês depois... — Jonathan Alcântara, não se atreva! — ralho e corro para longe dele como uma desesperada pela areia branca e fina da praia. Meu marido vem logo atrás de mim, com uma rapidez impressionante e me agarra, se desequilibrando, e cai me levando junto consigo. Não consigo conter a sonora gargalhada. Contudo, ele prende os meus punhos e leva as minhas mãos acima da minha cabeça, montando-me no mesmo instante, inclinando-se só um pouco e o seu rosto fica perto demais do meu. Fecho os meus olhos, livrando-me da intensidade dos seus e me preparo para mais um beijo arrebatador. Contudo, ele não vem e curiosa, volto a abri-los. Sorrio quando encontro o seu sorriso. Ele está me olhando e a sua intensidade continua ali, me mantendo cativa.— Fala — Ele pede e eu finjo confusão.— Falar o que? — Divirto-me com a sua curiosidade.— Você sabe que eu não vou aguentar até de tarde, Bonitinha. Não seja uma garota má —resmunga e o meu sorriso se amplia.— Eu não sei do que está falando,
JasmineMOMENTOS DOS PREPARATIVOS DO CASAMENTO...Você já fez um acordo com alguém e não conseguiu levar a diante? Eu fiz... A dois anos atrás, quando chegamos ao Brasil eu e o Jonathan resolvemos não voltar mais para a casa dos seus pais. Alugamos um apartamento e de cara abrimos as nossas empresas. Algo pequeno, singelo, de acordo com os nossos esforços. Acredite, tio Luís quis e muito envolver o seu dinheiro e nos favorecer, mas tanto eu quanto o meu tínhamos um objetivo: seguir os nossos sonhos juntos e tínhamos muitas estradas para trilhar, acredite. De fato, nós conseguimos e com o lucro das empresas saímos do aluguel e compramos a nossa casa em um dos bairros mais nobres do estado. Ipanema. Mais um sonho realizado. Esse pensamento sempre me faz sorrir. Me lembro do dia que ele sem mais nem menos se sentou ao meu lado na cama e falou: vamos marcar a data do nosso casamento? Sim, fui pega de surpresa, porém, eu estava mais do que pronta para esse momento. Oficializar o que já tín
JonathanSe tem um lugar que eu amo de paixão e que adotei como meu cantinho, é o monumento do Cristo Redentor. Mas vocês já sabem disso. Aqui me sinto livre e ponho as minhas ideias no lugar. Me sinto calmo, forte e abençoado. Mas não é a qualquer momento ou em qualquer tempo e ainda a qualquer hora do dia. O efeito maior é quando vejo os primeiros raios de sol surgirem no horizonte. Aí vem os pássaros cantando na alvorada e as cores brincando no céu quase iluminado. Como ver, tem todo um ritual para isso acontecer. Respiro o ar frio da madrugada que me envolve nesse momento. Isso mesmo. É aqui que eu estou nesse exato momento, no Cristo Redentor. Contudo, dessa vez não estou sozinho, a minha família está aqui comigo. Não todos, na verdade. Apenas os mais íntimos, se é que isso é possível. Olho para o meu relógio. Estou ansioso, muito mesmo. Quando pedi Jasmine em casamento a dois anos atrás e ela me disse aquele sim emocionado, passei a sonhar com esse dia desde então. Quem disse qu
MickMeses depois...— Desculpe, senhores, mas não posso permitir que entrem todos de uma só vez na sala. — A enfermeira avisa, olhando para a multidão de parentes que insiste em participar do ultrassom que revelará o sexo do nosso bebê.— Que absurdo! — Senhor Alcântara resmunga contrariado. — Eu sou o avô e tenho direito de assistir o ultrassom.— Eu também sou o avô e tenho o mesmo direito! — Papai rebate um tanto chateado. Puxo a respiração e olho para a minha esposa, que parece se divertir com essa confusão.— Ok! — digo chamando a atenção de todos para mim. — Entraremos apenas a Cristal e eu. Eu prometo pedir um CD do exame para cada um de vocês, pode ser? — Jogo uma sugestão na esperança de acalmar os ânimos, porém, a confusão recomeça. Luís, Armando, Edgar, Ana, Rose e Lisa, todos falando ao mesmo tempo. A enfermeira se ver louca com o barulho de todos e impaciente rolo os olhos. — Já chega! — esbravejo e o silêncio toma conta do lugar. Respiro fundo e seguro a mão da minha es
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