Lua Narrando.
O multiverso era silêncio.
Não céu.
Não inferno.
Não tempo.
Apenas Wei… e meu corpo, inerte nos braços dele.
Eu flutuava ali, como se minha alma estivesse suspensa entre dois mundos. Não conseguia tocar, não conseguia chamar, não conseguia voltar. Era como assistir ao fim de tudo através de um vidro trincado.
Wei estava parado no centro do nada — literalmente o nada.
Um espaço branco, infinito, sem chão e sem horizonte.
Ele já havia destruído tudo:
Scarlett virou pó.
Os anciãos foram rasgados pela sua fúria.
As portas do Submundo não existiam mais.
O Céu tinha sido aberto ao meio.
E agora… não restava nada além dele.
E de mim.
Eu via o rosto dele — o velho Wei, o frio, o devastador — mas havia algo novo ali: uma dor que parecia partir o universo com ele.
As mãos dele tremiam ao segurar meu corpo.
A aura negra que envolvia seu corpo se expandia e retraía como um coração apodrecido pulsando violência.
Ele esperou.
Esperou segundos.