Epílogo

Lua Narrando.

Eu sempre achei que a morte fosse o fim.

Hoje eu sei que a morte foi apenas a porta do meu recomeço.

Depois que acordei naquele caixão—com Wei respirando contra minha boca, com nossas lembranças queimando dentro de nós como brasas vivas—achei que nada poderia superar aquele choque. Mas a vida, ou o destino, ou talvez os céus arrependidos… ainda tinham mais para nos entregar.

Os dias que se seguiram foram estranhamente calmos.

Parecia que o universo segurava a respiração, esperando o que faríamos com essa segunda chance. E nós aproveitamos cada momento.

Foi Wei quem pediu primeiro.

— Lua… vamos reescrever tudo do jeito certo desta vez.

Aquele homem que já fora frio como gelo, que já me matara e morrera comigo, agora me olhava como se eu fosse o eixo da nova eternidade dele. Então, simplesmente respondi:

— Sim.

Nos casamos de forma simples para padrões humanos, mas absurda para padrões celestes. As velas se acenderam sozinhas. As sombras dançaram. Selen
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