Mundo de ficçãoIniciar sessãoUma fuga. Uma caçada. Um casamento que ninguém desejou, mas que o destino exigiu. Isla Morgan deveria estar no altar, selando a aliança que salvaria a empresa da família da falência. Em vez disso, estava na garupa da moto de Kai, o padeiro que prometeu um futuro simples, longe dos acordos milionários. O vestido de noiva valia uma fortuna, mas para ela, era apenas a mortalha de seus sonhos. Kai deu a ela uma escolha: fugir e viver de amor, ou casar e salvar todos, menos a si mesma. Isla escolheu fugir. Foi o único erro que cometeu. Porque Ezra Atlas não é um noivo qualquer. É um predador que compra o que deseja. E ele comprou Isla. Quando ela fugiu, ele usou o rastreador que havia costurado no próprio vestido de noiva e a caçou como uma peça de sua coleção. Agora, Isla está presa em um casamento de mentira, com um homem cujo toque é frio como o ouro que ele carrega no bolso. Kai, ferido e humilhado, jura resgatá-la, mesmo sabendo que não pode competir com o poder ilimitado de um bilionário. Em uma guerra onde o amor é a arma mais frágil e o poder a única moeda, quem vencerá: o padeiro que ofereceu seu coração, ou o bilionário que comprou o direito de possuí-la? "Fugi do Altar com o Padeiro, mas o Bilionário Me Caçou" é uma história de amor proibido, obsessão perigosa e a dura verdade: algumas escolhas não são nossas. Algumas pessoas não podem ser salvas. E alguns homens não aceitam um "não" como resposta.
Ler maisIsla desesperada.
"Onde você está?" Isla estava sentada fora do escritório. "Eu estou fora da nossa empresa." "Nós estamos na igreja esperando por você já fazem quase duas horas." "Eu acho que não quero me casar." "Você não tem escolha, Isla, esse casamento vai salvar a nossa família da falência, não seja egoísta, não pense só em você, nós dependemos dessa união para salvar a nossa empresa." "Eu não quero casar com um homem que eu não conheço, eu já disse que eu posso salvar a empresa da falência." "Isla, esse casamento é a única solução para salvar a empresa da ruína, não estrague essa oportunidade, haja como uma Morgan, os convidados estão esperando, esse casamento não pode ser cancelado, venha para igreja agora!" "Eu pensei que casamentos aconteciam quando duas pessoas se amavam, eu acho que não quero casar hoje, não tem como adiar o casamento?" "Claro que não, a família Atlas não permitiria tamanho desrespeito, esse casamento foi planejado há meses, não dá para adiar só porque você mudou de ideia, onde você está?" "Eu estou fora do escritório." "E está sozinha?" "Eu estou esperando o Kai, eu estou vestida como uma noiva, o meu vestido parece uma sentença de morte, eu amo o Kai e não quero me casar com mais ninguém, eu vou embora com ele para bem longe daqui." "Não se atreva a fugir com aquele padeiro, não arruine a nossa família, Isla, ouviu?" A chamada cortou, enquanto o Kai chegou de moto até a Isla que chorava, manchando seu vestido branco com as lágrimas negras que caíam dos seus olhos pintados, manchando o vestido avaliado em milhões, enquanto o Kai a abraçava e a colocava na moto para fugirem da cidade. Lágrimas escorriam dos olhos da Isla enquanto ela estava na moto, segurando o Kai. Era para ser um dia memorável que juntaria duas grandes famílias e tiraria a família Morgan da falência. As pessoas na igreja começaram a se preocupar com a demora da noiva que não chegava nunca, então o senhor Morgan, com uma expressão preocupada e com a cabeça baixa, disse para o Ezra Atlas que a Isla Morgan fugiu. No mesmo instante que o Ezra Atlas ouviu isso, gritou. "Parem de cochichar, hoje é o meu casamento, se comportem." "Como assim? O casamento não pode ser realizado, o senhor não ouviu o que eu disse? A Isla fugiu." "Eu sei, isso não é um problema, eu vou buscar a minha esposa e vou trazê-la até aqui." "Mas, senhor, nós não sabemos onde a minha filha está!" "Eu sei onde ela está, e vou buscá-la." "Como o senhor sabe?" "Isso não importa, eu vou buscá-la agora." Os convidados ficaram sem entender nada, um silêncio tomou conta da igreja, enquanto o Ezra Atlas caminhava para fora da igreja em direção ao seu carro. Quando ele chegou até a porta do carro, gritou. "Senhores e senhoras, esperem só mais quinze minutos, a noiva está chegando." Nesse momento, cinco carros saíram com o Ezra Atlas, para buscar a sua noiva. Ele sabia exatamente para onde ir. Antes mesmo do casamento, ele colocou um pequeno rastreador no vestido da Isla. Agora, era só segui-lo. Enquanto isso, na estrada, a moto de Kai começou a falhar, e o farol dianteiro se apagou, deixando-os na escuridão total. O sinal do rastreador no celular de Ezra piscava forte, mostrando que ele estava a apenas dois quilômetros de distância.A porta do escritório de Ezra se fechou atrás de Isla com um clique silencioso. Ela não tinha sido chamada. Tinha vindo. A necessidade de um porto, mesmo que fosse o porto do inimigo, a trouxera até ali.A luz no escritório era baixa, apenas um abajur sobre a mesa de madeira maciça. Ezra não estava trabalhando. Estava de pé junto à janela, de costas, observando as luzes da cidade, um copo de algo âmbar na mão. Ele não se virou.“Eu sabia que você viria,” disse ele, a voz serena, como se comentasse o tempo.Isla parou no meio da sala. O nervosismo era um tremor fino em suas mãos. Ele parecia sentir, mesmo sem ver.“Ninguém aqui te julga, Isla,” ele continuou, virando-se lentamente. Seus olhos prateados na penumbra pareciam emitir luz própria. “Comigo, você não precisa fingir estar inteira.”O espaço entre eles era de apenas alguns metros, mas parecia encolher. O silêncio não era vazio. Estava carregado da pergunta não feita, do desejo não confessado, da lembrança fantasma do pão de Kai
A estratégia que Isla escreveu estava sobre a mesa de Ezra. Dois dias se passaram desde que suas palavras, frias e precisas, se tornaram o plano oficial da Atlas para aniquilar o processo de Kai.Ela não havia dormido. A culpa era um ácido queimando seu estômago. Mas algo mais perturbador a mantinha acordada: a antecipação. A espera pela reação de Ezra. Pela aprovação.Quando ele a chamou ao seu escritório no fim da tarde, o sol já estava baixo, tingindo o mármore de laranja.Ele não estava atrás da mesa. Estava de pé, de costas para ela, olhando a cidade. Em suas mãos, folheava o relatório dela.“Você escreve com clareza,” disse ele, sem se virar. A voz era pensativa. “E com uma certa… frieza necessária. Ponto 4, sobre isolar a figura do autor da ação e atacar sua credibilidade. É incisivo.”Isla ficou parada no meio do escritório. Ela deveria se sentir orgulhosa? No lugar do orgulho, havia apenas um vazio pesado. Ela havia desenhado a jaula onde Kai seria colocado.“Funcionará?” ela
A luz da manhã na Sala 7 não era natural. Era a luz fria e constante das telas, que não conhecia amanhecer ou entardecer.Isla estava no seu canto, o mesmo do dia anterior, mas o ar era diferente. Mais denso. Carregado de uma energia de alerta. Ninguém falava. Todos os olhos estavam fixos na tela principal, onde, ao lado de gráficos financeiros, um artigo jurídico era exibido.“AÇÃO 7344/2023: K.A.L. vs. HOLDING T – ALEGAÇÕES DE PRÁTICAS PREDATÓRIAS E COERÇÃO ECONÔMICA”O nome estava abreviado. O da holding, oculto. Mas Isla reconheceu cada detalhe. O número do processo tinha o mesmo padrão dos que vira no dossiê da Confeitaria Dulce. A linguagem usada para descrever as táticas de aquisição era uma descrição exata do que Ezra explicara na véspera: compra de dívidas, pressão sobre herdeiros, isolamento.Um dos analistas jurídicos da equipe, um homem de óculos e voz monótona, falou.“Ruído midiático baixo.O juiz é técnico. As alegações são genéricas. Sem provas de dolo, é apenas um proc
A pasta cinza sob a mão de Isla não era papel. Era uma fronteira.Seu toque havia sido o de uma estátua. Agora, os dedos ganharam vida própria, virando a capa com um som seco que ecoou no escritório vazio.Dentro, não havia fotos de famílias sorridentes. Era um dossiê sobre a Confeitaria Dulce, uma rede média com problemas de expansão. Gráficos, balanços, cláusulas contratuais. A linguagem era estéril. Mas os números contavam uma história de asfixia lenta.Enquanto seus olhos escaneavam linhas de dívida, um cheiro sutil invadiu suas percepções. Não era o do café da sala. Era madeira, âmbar e algo limpo e impiedoso. O perfume de Ezra. Impregnado em suas próprias roupas desde a proximidade na Sala 7, desde o seu sussurro no elevador. Um calafrio que não era de repulsa percorreu sua nuca. Seu pulso acelerou. Ela se odiou naquele segundo mais do que em qualquer outro.Para se ancorar, forçou a mente a buscar Kai. Fechou os olhos. Tentou conjurar o cheiro de canela e massa fresca, o som da
A Torre Atlas engoliu a luz da manhã. Desta vez, Ezra não a deixou no saguão. Seu passo era rápido, decisivo, e Isla precisou acelerar o ritmo para acompanhá-lo, os saltos ecoando no mármore como batidas de um relógio.Eles ignoraram os elevadores comuns. Ezra usou um cartão de acesso num painel discreto. As portas se abriram para uma cabine menor, revestida de aço escovado, sem botões. Ela se fechou e começou a descer."Onde estamos indo?" A pergunta de Isla soou pequena no espaço metálico."Para o núcleo," ele respondeu, sem olhar para ela. "Para onde a teoria vira prática."O elevador parou. As portas se abriram não para um corredor, mas diretamente para uma antecâmara silenciosa. Um segurança com fones de ouvido e um olhar vazio acenou com a cabeça. Ezra passou por ele, Isla em seu encalço.Ele parou diante de uma porta sem identificação, apenas um número 7 gravado em aço. Colocou a mão em um leitor biométrico. Um clique surdo.A porta deslizou para o lado.O ar que saiu de lá era
A limusine deslizou pelo portão de uma fortaleza de pedra clara, iluminada como um museu. Dentro, Isla sentia o vestido preto, escolhido por Clara, como uma armadura.Ezra ofereceu o braço. Um gesto de protocolo. Ela o aceitou, seus dedos frios sobre o tecido. Seu calor era uma queimadura."Lembre-se," ele sussurrou, como se partilhasse um segredo doce. "Sua performance será avaliada. E da avaliação depende o que você quer."Kai. A palavra existir ecoou. Ela endireitou os ombros, deixando uma máscara de serenidade gelada cobrir seu rosto.O salão era vasto. Um murmúrio culto de vozes e tilintar de cristal. Todos olharam. A avaliação começou ali.Ezra conduziu-a como um apresentador exibe uma aquisição."Minha esposa, Isla Atlas.""Um prazer.""Como vai o fundo?"Cada apresentação apagava "Morgan". Reescrevia sua identidade. Ela sorria. Cumprimentava. As mãos que apertavam a sua eram frias, os olhos que a estudavam avaliavam solidez, não beleza. Adequação como peça de coleção.Durante










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