Ela sempre foi a garota-problema. Ele sempre foi o melhor amigo perfeito. Isabella Romano não esperava que uma noite maldita a deixaria com um teste positivo nas mãos... grávida de um homem que a abandonou sem olhar para trás. Agora, seu mundo desmorona, até que ela tem a ideia mais ousada da vida: pedir ao seu melhor amigo, Alessandro, para fingir ser o noivo perfeito. Mas um acordo inocente logo se transforma em uma farsa ardente. Fingir beijos na frente da família? Fácil. Fingir olhares de desejo em público? Possível. Fingir que o coração não dispara quando a paixão explode entre eles... IMPOSSÍVEL. Com a pressão do pai milionário, a rivalidade com a irmã e o peso de uma gravidez inesperada, Isabella descobre que cada toque de Alessandro a deixa sem fôlego, cada mentira se mistura com verdades que queimam por dentro. Até onde eles conseguirão levar essa encenação antes que as chamas do desejo consumam tudo? Prepare-se para um romance provocante, eletrizante e viciante, onde a linha entre amizade e amor se apaga em lençóis bagunçados e promessas proibidas. #GravidezInesperada #MelhoresAmigosAmantes #FarsaQueViraPaixão #RomanceProibido #DesejoIrresistível #NoivadoDeMentira #AmorEÓdio #ErotismoEConspiração
Ler maisSeattle – EUA
Dias atuais...Já era o quinto bastãozinho que eu usava.
O quinto.
E, como os quatro anteriores, exibia aqueles dois tracinhos malditos que pareciam rir da minha cara.Positivo.
Grávida.
Senti o estômago gelar, o ar preso nos pulmões.
Como é que eu tinha deixado isso acontecer?Ok... certo... eu sabia como.
Alguns minutos de um sexo ruim e minha vida inteira mudou.Na escola, costumavam me chamar de garota-problema.
E com razão.Se não fosse o valor absurdo das mensalidades que meu pai pagava pra limpar a própria consciência e fingir que era um bom pai, eu já teria sido expulsa no dia em que ativei os extintores de incêndio no meio da madrugada. Os alarmes disparando, os internos correndo pelos corredores de pijama... e eu rindo, como se fosse o auge da minha rebeldia.
Agora, sentada no chão frio do banheiro do meu minúsculo apartamento, encarei os cinco bastões enfileirados à minha frente — cinco pequenas sentenças me condenando em silêncio.
Meu celular vibrou dentro da bolsa. Peguei com dedos trêmulos.
Era uma mensagem do meu melhor amigo.
Alessandro:
Lembrei de você. Não sei por que...
Logo abaixo, um vídeo: uma garotinha colocando fogo em um sofá.
Mesmo naquele caos, um sorriso escapou.
Típico do Alê — ele sempre tinha o timing perfeito, mesmo sem imaginar o incêndio real que era a minha vida naquele momento.Digitei de volta:
Isabella:
Minha vida atualmente anda bem parecida com esse sofá.
Enviei. Suspirei.
Depois voltei o olhar para os testes, recolhendo-os com mãos pesadas e jogando-os no lixo.Eu precisava contar pra alguém. Mas não estava pronta.
Antes, eu precisava conversar comigo mesma. Organizar o turbilhão que fervia na minha cabeça.E foi inevitável — a lembrança dele voltou.
A conversa. O instante em que tudo desabou....
— Acho que estou grávida... — foi o que eu disse, a voz trêmula, o coração em disparada.
Riccardo riu. Achou que fosse piada.
Mas eu não ri.Quando percebeu isso, a expressão dele congelou.
— Não é possível, Isabella. Você fez algum exame?
— Ainda não. Comprei alguns testes de farmácia e tô criando coragem, mas achei que devia te contar.
Ele respirou fundo, desviando o olhar.
— Então faça os testes. Se der positivo, a gente dá um jeito nisso.
Na minha ingenuidade, achei que “dar um jeito” significasse resolver juntos.
Mas ele completou:— Faça logo hoje, porque precisamos dar um jeito amanhã. Daqui a três dias eu vou embora.
Ele dizia isso enquanto guardava os pertences dele numa caixa — a promoção o levaria pra filial da empresa na Coreia do Sul. Outro lado do mundo.
Outro planeta.E ele falava tudo com a frieza de quem comenta o trânsito.
— O que, exatamente, você quer dizer com “dar um jeito”? — perguntei, já sentindo um frio no estômago.
— Não esquenta com dinheiro, Isabella. Eu pago tudo.
— Você paga o quê?
— O aborto, claro. Vamos encontrar uma boa clínica.
Até amanhã resolvemos tudo.Pisquei.
Duas, três vezes. Tentando entender se eu tinha ouvido direito.— Espera... Então você decidiu, sem sequer conversar comigo, que eu vou me submeter a um aborto?
Ele bufou.
— Isabella, por favor... Eu tenho vinte e oito anos, acabei de receber a promoção dos meus sonhos.
Acha mesmo que vou acabar com a minha vida por causa de uma trepada sem camisinha?Foi como levar um soco no peito.
Meu corpo inteiro congelou.A boca se abriu, mas nada saiu.
Não existiam palavras pra o que eu sentia.A gente tinha saído o quê? Quatro, cinco vezes?
Ele sempre pedia pra manter tudo em segredo, “pro bem de nós dois”, dizia. E eu, idiota, acreditei. Achei que era proteção. Mas era vergonha.E sim, eu gostava dele.
Porque eu achava que ele era um cara legal. Mas naquele instante eu vi quem ele realmente era. Um babaca.Eu adoraria dizer que fui racional, que simplesmente saí da sala e voltei pro trabalho.
Mas eu seria a garota-problema se agisse assim.Então eu explodi.
Gritei, xinguei, comecei a atirar tudo que via pela frente — uma calculadora, um porta-retratos, o celular... o monitor.Quando o monitor acertou o rosto dele e o sangue escorreu, eu não senti culpa.
Nem um pouco.A porta se abriu, um monte de gente entrou pra me conter.
Nos velhos tempos, eu teria ido parar na sala do diretor. Naquele dia, fui parar no RH....
E foi assim que eu, Isabella Romano, vinte e seis anos, formada em Marketing por uma ótima universidade, me tornei oficialmente:
Grávida de um babaca e desempregada.Se fosse só isso, talvez eu lidasse melhor.
Mas a verdade é que eu nunca tinha sido realmente violenta. E, por mais que aquele filho da puta merecesse cada xingamento, talvez eu pudesse ter respirado fundo. Preservado o emprego.Era uma ótima empresa. Três anos lá dentro. Eu estava prestes a ser promovida.
Mas, em vez disso, deixei a raiva me engolir viva.E agora aqui estou.
No chão de um banheiro. Com cinco testes positivos me encarando....
— Bella? Está tudo bem? — ouvi a voz da minha mãe do outro lado da porta.
Eu já devia estar ali há mais de uma hora.— Tudo bem, mãe. Já vou sair.
— Vai acabar se atrasando pro trabalho, filha.
Ah, mãe... se ao menos você soubesse.
Nem do bebê, nem da demissão eu tive coragem de contar. Não agora.— Já tô saindo, mãe — respondi.
Levantei, joguei os testes no lixo e lavei as mãos, observando meu reflexo no espelho.
Cabelos loiros presos num coque bagunçado, pijama amarrotado, olheiras fundas.A imagem perfeita do caos.
Riccardo costumava reclamar que eu devia ser mais “feminina”.
Mais “arrumada”.Como eu não percebi antes o quanto ele era um idiota?
O celular voltou a tocar dentro da bolsa.
Peguei o aparelho, o coração ainda pesado, enquanto o som vibrava nas minhas mãos — como um presságio.Algo me dizia que a vida ainda não tinha terminado de desabar.
Isabella:Tá, ela tinha vinte e seis anos.Não que eu esperasse que ela ainda fosse virgem, mas... que merda, não era algo que eu sequer gostasse de pensar a respeito.— Essa ideia é meio perturbadora, Bella...— Por quê?— Porque você nunca falou nada a respeito disso. Conversamos sobre tudo.— Sobre quase tudo. Nunca mencionei minha vida sexual para você.— Mas eu sempre falei com você sobre a minha.— Porque você é um libertino.— Libertino? Onde estamos? Em um romance do século dezoito? Certo, suponhamos que eu fosse mesmo um libertino... Mas você não é. Sendo assim, para fazer sexo, você precisaria ter um namorado, não?— Agora eu é que pergunto: regredimos alguns séculos? Não, eu não tenho um namorado. Achei que em breve teria, porque estava saindo com um cara e, na minha cabeça, a coisa estava caminhando para ficar mais séria, mas...— Como assim? Por que não me apresentou ao cara? Por que não me falou nada a respeito dele?— Porque, como eu disse, não era ainda nada tão sério
Isabella:Ou, pelo menos, tentar me distrair. Naquela situação em que eu estava, nem isso parecia funcionar.— Não fique muito preocupado, Alê. Eu estou bem. Ou... vou ficar, caso você tope me ajudar.Ele arqueou uma sobrancelha, cético.— Veio me pedir um favor, então? Que coisa, achei que tinha vindo porque estava morrendo de saudades de mim.Revirei os olhos, rindo.— Pensou errado, seu convencido. Não foram os seus belos olhos azuis que me fizeram atravessar o país.— Se teve algum motivo mais importante do que esse, então eu realmente devo me preocupar.— Você virou o advogado mais bem pago do país, Alessandro. Duvido muito que eu seja a primeira amiga do passado a vir pedir ajuda.— Sou especialista em divórcio, Bella. E duvido que você esteja precisando se divorciar.— Não. — Ri, sem graça. — Na verdade, é o extremo oposto disso.Ele me olhou, confuso.— Como assim? Quer ajuda pra se casar?— De certa forma... sim.A porta do elevador se abriu, mas ele ficou parado, tentando en
Isabella:A última vez que eu tinha visto Alessandro foi na formatura dele na universidade.E, pensando bem, também foi a última vez que saí de Seattle para ir até Nova Iorque.Não que a gente tivesse se afastado. Longe disso.Continuávamos próximos, mesmo à distância. Nos falávamos por mensagens, trocávamos memes, vídeos e notícias engraçadas quase todos os dias. Nossas vidas seguiram caminhos completamente diferentes depois do colégio, mas a nossa amizade nunca se perdeu. Ainda assim, vê-lo pessoalmente depois de tanto tempo... era diferente.Quando ele abriu a porta, ficou alguns segundos me olhando, surpreso. E eu fiz o mesmo — até ele abrir aquele sorriso largo e me puxar para um abraço.Eu tinha me esquecido de como abraçá-lo era bom.— Não acredito, Bella! O que está fazendo aqui? Por que não me contou que vinha?— Bem… eu disse que você teria uma surpresa, então… surpresa! — respondi, rindo.— Quando chegou?— Hoje. Agora há pouco, na verdade. Fiz o check-in no hotel e vim dir
Alessandro:Fiquei sozinho por alguns minutos na sala, depois que minha cliente saiu. Peguei o celular e mandei uma mensagem para a Isabella:Alessandro:Acabei me enrolando em uma tentativa de acordo entre a minha cliente e o por enquanto ainda marido dela, mas já encerrei o expediente.Vou sair agora com o Teo e o Lorenzo.Mas estou livre para conversar com você quando quiser.E diga logo o que aconteceu, porque estou ficando preocupado.Ela visualizou em poucos segundos, mas logo ficou offline de novo. Imaginei que estivesse ocupada — talvez ainda presa no trabalho, como sempre.Guardei o celular no bolso e respirei fundo.Meu escritório de advocacia ocupava um andar inteiro de um dos prédios mais importantes do centro de Nova Iorque. Saí da sala de reuniões e fui até o hall, onde Matteo, meu melhor amigo e sócio, me esperava sentado em um dos sofás.Mesmo com o escritório já fechado e todos os funcionários fora dali, ele continuava me esperando. Isso era bem típico dele.— Lembre-
Isabella:Seattle – EUAManhã seguinte...Mais uma mensagem do Alê.Alessandro:São sete da manhã, Bella. Já está nesse humor?O que houve?Algum problema?— Alguns, Alê... alguns... — murmurei, exausta, começando a digitar a resposta.Isabella:É, as coisas não andam bem. Tenho muitas coisas pra te contar.Mas você deve estar indo pro trabalho, né? Quando tiver um tempinho, vou te alugar por algumas horas.Enviei e soltei um longo suspiro.Coloquei o celular de volta na bolsa, peguei-a e saí do banheiro, tentando parecer normal.Minha mãe estava sentada no sofá, distraída folheando alguns papéis, mas levantou o olhar assim que me viu no corredor.— Ainda está de pijama? — ela perguntou, franzindo a testa.— É... ganhei uma folga hoje. Não vou trabalhar — menti, tentando soar natural.— E por que está com essa bolsa?Merda.Eu tinha levado a bolsa pro banheiro porque era lá que estavam as caixas dos testes de gravidez. Poderia ter sido um pouco mais discreta.— Eu... esqueci a bolsa n
Seattle – EUADias atuais...Já era o quinto bastãozinho que eu usava.O quinto.E, como os quatro anteriores, exibia aqueles dois tracinhos malditos que pareciam rir da minha cara.Positivo.Grávida.Senti o estômago gelar, o ar preso nos pulmões.Como é que eu tinha deixado isso acontecer?Ok... certo... eu sabia como.Alguns minutos de um sexo ruim e minha vida inteira mudou.Na escola, costumavam me chamar de garota-problema.E com razão.Se não fosse o valor absurdo das mensalidades que meu pai pagava pra limpar a própria consciência e fingir que era um bom pai, eu já teria sido expulsa no dia em que ativei os extintores de incêndio no meio da madrugada. Os alarmes disparando, os internos correndo pelos corredores de pijama... e eu rindo, como se fosse o auge da minha rebeldia.Agora, sentada no chão frio do banheiro do meu minúsculo apartamento, encarei os cinco bastões enfileirados à minha frente — cinco pequenas sentenças me condenando em silêncio.Meu celular vibrou dentro da
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