A limusine deslizou pelo portão de uma fortaleza de pedra clara, iluminada como um museu. Dentro, Isla sentia o vestido preto, escolhido por Clara, como uma armadura.
Ezra ofereceu o braço. Um gesto de protocolo. Ela o aceitou, seus dedos frios sobre o tecido. Seu calor era uma queimadura.
"Lembre-se," ele sussurrou, como se partilhasse um segredo doce. "Sua performance será avaliada. E da avaliação depende o que você quer."
Kai. A palavra existir ecoou. Ela endireitou os ombros, deixando uma máscara de serenidade gelada cobrir seu rosto.
O salão era vasto. Um murmúrio culto de vozes e tilintar de cristal. Todos olharam. A avaliação começou ali.
Ezra conduziu-a como um apresentador exibe uma aquisição.
"Minha esposa, Isla Atlas."
"Um prazer."
"Como vai o fundo?"
Cada apresentação apagava "Morgan". Reescrevia sua identidade. Ela sorria. Cumprimentava. As mãos que apertavam a sua eram frias, os olhos que a estudavam avaliavam solidez, não beleza. Adequação como peça de coleção.
Durante