Mundo ficciónIniciar sesiónNina Santos é uma engenheira da computação de 26 anos que trabalha em um café após não conseguir oportunidades na sua área. Estabanada por natureza, sua vida muda completamente quando esbarra literalmente com um homem misterioso em uma manhã corrida, derramando café em sua camisa impecável. O que ela não imagina é que acabou de conhecer Alexander Stone, o CEO bilionário da maior empresa de segurança cibernética do mundo. Quando Nina vê um anúncio sobre um programa trainee para profissionais que não tiveram oportunidades após a formação, ela se inscreve sem hesitar. Para sua surpresa, é selecionada para trabalhar na CyberShield Corp, sob supervisão direta do próprio CEO - o mesmo homem que ela havia "atacado" com café dias antes. Entre situações hilárias, tensão sexual crescente e a descoberta de que por trás da fachada de CEO ranzinza existe um homem apaixonante, Nina e Alex embarcam em uma jornada repleta de paixão, comédia e segundas chances. Ele, acostumado ao controle absoluto, se vê perdido diante da espontaneidade dela. Ela, determinada a provar seu valor profissional, luta contra a atração avassaladora que sente pelo chefe. Uma história sobre amor que supera diferenças, crescimento pessoal e a coragem de arriscar tudo por uma segunda chance na vida e no amor.
Leer másA consciência chegou como uma maré suja.Primeiro, uma onda de calor na nuca.Depois, um latejar profundo na base do crânio.E então… a escuridão morna do torpor começou a se dissipar.Nina tentou abrir os olhos, mas foi como forçar pálpebras grudadas. Uma luz fraca os atravessava, alaranjada, vibrando como uma lâmpada prestes a queimar. Um zumbido grave preenchia o ar — talvez um gerador? Ou apenas o próprio sangue batendo em suas têmporas?Ela moveu a mão.Ou tentou.Um puxão seco, metálico, respondeu.O som de uma corrente ecoou pelas paredes.Seus olhos se abriram de vez.O teto era de concreto grosso, rachado nos cantos, coberto de fios expostos e encanamentos de cobre. A luz vinha de uma lâmpada amarela e oscilante, presa a um fio torto no alto, lançando sombras alongadas nas paredes manchadas.Estava deitada sobre um colchão fino, jogado sobre o chão de cimento. Um cobertor velho, áspero e sujo cobria parcialmente suas pernas. O ar era úmido, denso, com cheiro de ferrugem e alg
O domingo nasceu calmo. Quase irônico. A luz entrava pelas janelas da casa com uma suavidade que enganava os sentidos. O cheiro de café pairava no ar, e o som das árvores lá fora dava à manhã um ar preguiçoso.Alex, no entanto, não estava em casa.Ele havia saído cedo para uma reunião emergencial com Marcus na CyberShield. A equipe técnica trabalhava sem descanso nos rastros do carro preto que havia surgido nas câmeras dias antes, sempre à espreita de Nina. Os bilhetes. Os padrões de acesso. A ameaça se fechava em círculos — e Alex sabia.No meio da reunião, seu celular vibrou com uma mensagem de Nina:“Amor, esqueci um documento da TechNova que preciso revisar antes da semana começar. Vou lá rapidinho buscar. Te amo.”Alex leu e já sentiu o sangue subir.“NÃO vai sozinha. Vai com o Henrique. E me avisa assim que estiver de volta.”“Pode deixar. Ele já está vindo comigo.”Alívio parcial. Mas só parcial.****O carro estacionou diante do prédio da TechNova. A cidade parecia suspensa no
O alarme suave de um rádio portátil soou no canto do salão principal da casa nova. Henrique ergueu o olhar, tenso, enquanto dois agentes de segurança, vestidos com uniformes pretos discretos, ajustavam as últimas câmeras de vigilância nas frestas das janelas.— Já estamos com oito patrulheiros fixos — informou Henrique, apontando para o mapa eletrônico projetado na parede. — E agora mais dois posicionados em pontos estratégicos do terreno. Nenhuma brecha, nem por um minuto.A porta se abriu e Alex entrou, trajando terno escuro e gravata leve, segurando uma pasta com relatórios de câmeras de tráfego e coordenadas de segurança. Ele acenou para Henrique com um aceno curto.— Obrigado, Henrique. Quero rondas a cada duas horas. Se notar qualquer coisa fora do padrão, me avisa imediatamente.— Sim, senhor. Estamos em alerta máximo.— Ótimo. Vamos manter a casa blindada. Eu cuido do resto aqui dentro.— Pode deixar comigo.Com as medidas acertadas, Alex seguiu para a cozinha, onde encontrou
O sol da tarde filtrava-se pelas grandes janelas da sala de estar, aquecendo o ambiente com um dourado suave. Nina andava de um lado para o outro, ajeitando almofadas que já estavam perfeitamente alinhadas, reorganizando flores recém-colhidas na mesa central — nervosa como se fosse uma adolescente esperando o primeiro encontro.— Vai dar tudo certo, amor — disse Alex, encostado no batente da porta com os braços cruzados, sorriso calmo no rosto. — Você já sobreviveu. Ela vai sobreviver também.— Alex! — Nina exclamou, os olhos arregalados. — Você é o homem mais importante da minha vida e o pai dos meus filhos. É óbvio que ela vai te dissecar com os olhos.— Espero que ela aprove o prato.— Que prato?— Eu. O prato principal.Ela bufou, rindo, mas antes que pudesse responder, Henrique apareceu na entrada principal com um discreto aceno.— A senhora já chegou. Estacionei o carro e vou ajudar com a bagagem.Nina correu para a porta e, quando a abriu, o tempo pareceu dar uma pausa. Maria e
— Em uma semana — disse Alex, apoiado no batente da porta da cozinha, uma xícara de café na mão. — Tudo pronto. Os móveis já foram entregues. O sistema de automação ativado. Só falta a gente.Nina, sentada à mesa com um pedaço de bolo de banana e uma xícara de chá, ergueu os olhos.— Uma semana?— E sem estresse. A gente só precisa levar o que você quiser do apartamento. Ou… — ele fez uma pausa proposital — podemos deixar tudo para trás. Começar do zero. Casa nova, tudo novo. Até os talheres, se quiser.Ela riu, balançando a cabeça.— Você é muito exagerado.— Eu sou bilionário. Exagero é minha linguagem de amor.— E eu sou uma mulher apegada. Gosto das minhas coisinhas.Alex se aproximou e passou a mão nos cabelos dela.— Tudo bem. A gente leva tudo que você quiser. Mas não carrega peso. Nem dobra roupa. Nem sobe em escada.— E se eu quiser empacotar meus livros?— Só se empacotar um por dia e me prometer que vai deixar o resto com os carregadores.— Fechado.Ele puxou uma cadeira e
O carro deslizava pelas ruas arborizadas do bairro afastado, onde o silêncio era interrompido apenas pelo som de pássaros e pelo vento batendo nas folhas. O céu estava claro, o clima ameno, e Nina se recostava confortavelmente no banco do passageiro, com uma das mãos apoiada na barriga já bem arredondada. Os bebês se mexiam — não com força, mas com ritmo — como se também estivessem ansiosos para ver o que estava por vir.Alex dirigia com tranquilidade, uma mão no volante e a outra entrelaçada à dela.— Nervosa? — ele perguntou, virando o rosto com um sorriso de canto.— Curiosa. E… talvez um pouco emocionada.— Prepare-se. Está ainda melhor do que você imaginava.Ao cruzarem os portões da propriedade, Nina levou a mão livre à boca. Já da entrada dava para ver as mudanças: a nova fachada com pintura restaurada, o paisagismo começando a tomar forma e as estruturas de vidro que substituíram as antigas janelas. A casa parecia respirar.Alex estacionou com discrição, contornou o veículo, a










Último capítulo