Mundo ficciónIniciar sesiónDolores Ferreira, viaja ao interior para recuperar as terras que pertenciam à sua família. Mas o que ela não esperava era enfrentar Zacky Carter, um cowboy rude, orgulhoso e irresistível. Com o tempo, seu maior desafio é não se apaixonar pelo homem que jura nunca se render.
Leer másCapítulo 1
Dolores estava sentada no capô do carro, com as pernas cruzadas, observando o céu azulado embaixo de um sol escaldante. O vento quente levantava poeira pelo caminho e balançava seus cabelos. Faziam horas que esperava, três, para ser exata, e começava a achar que tinha sido esquecida no meio do nada. — Droga! Não vão me encontrar... — murmurou, desanimada, passando a mão pela testa suada. O sol parecia mais quente, quando um som forte e distante atravessou a vasta vegetação. Um som alto de motor, potente e constante, que fez seu coração bater mais rápido. Dolores ficou empertigada. Bufou, quando o celular vibrou, um milagre, considerando o péssimo sinal do lugar. — Alô? — atendeu, ofegante. — Senhorita Dolores! — era André, seu assistente, com a voz aliviada. — Já a encontraram? Consegui rastrear seu celular e pedi ajuda na fazenda dos Carter. Ela olhou para a estrada vendo a camionete se aproximando, levantando poeira por todo lado. — Sim, alguém está chegando — respondeu, ajeitando o cabelo. — Ótimo. E, um aviso: esse cowboy bonitão é mais teimoso que uma mula. Dolores sorriu, divertida. — Deixa comigo. Eu sei domar mulas. — Boa sorte, chefe. — E a ligação foi encerrada. A camionete parou bem à sua frente. Escutou o motor alto por mais alguns segundos antes de ser desligado. Alguém abriu a porta e, de dentro, desceu um homem grande, muito grande, com botas empoeiradas e um chapéu que cobria boa parte do rosto. Ela endireitou a postura, tentando parecer segura, embora o coração batesse com certa intensidade. — Dolores? — perguntou ele, com sua voz grave de trovão. Ela engoliu seco. — Sim. — respondeu, com a voz rouca devido a sede intensa. Ela o observou atentamente. Era um dos homens mais atraentes que já viu em toda a sua vida. Não pôde deixar de admirar a figura máscula, os ombros largos, o corpo forte e o andar poderoso e confiante. A camisa xadrez estava parcialmente aberta, com as mangas arregaçadas, revelando um tórax amplo e forte, coberto por pelos escuros como seus cabelos. Ele ergueu um pouco o chapéu. O rosto? Apenas uma palavra o definia: perfeito. Ela saiu de sua breve nuvem de pensamentos e, tentando parecer confiante, estendeu a mão para ele. — Prazer, senhor... Ele, no entanto, não correspondeu ao gesto. Cruzou os braços, o olhar sério sob a aba do chapéu, e com aquela voz grave que fazia o ar vibrar, disse enquanto observava o céu escaldante: — Se continuar sentada aí sem um chapéu, seu cérebro vai fritar e sua pele vai queimar. Dolores piscou, confusa com a bronca inesperada. Baixou a mão lentamente, sem saber se respondia ou simplesmente ignorava o comentário. Antes que pudesse pensar, ele se aproximou de repente, e a segurou pela cintura. Um suspiro escapou de seus lábios: parte susto, parte algo que nem ela soube explicar, mas era intenso e excitante. — Ah... por favor, ponha-me no... — começou a dizer, mas a frase morreu nos lábios quando seus pés tocaram o chão. Dolores mal respirava. Sentiu uma poderosa, quase incontrolável atração por aquele cowboy. Ele, por sua vez, percorreu com o olhar cada centímetro do corpo esguio e bem torneado dela, e o fez sem pressa, com uma apreciação tão evidente que a deixou sem ar. Mas, em questão de segundos, o encanto sumiu de seu rosto, substituído por uma expressão fria e impassível. Dolores precisou reunir toda a força de vontade que tinha para conter o desejo avassalador que a tomava. Virou-se depressa, tentando disfarçar o rubor no rosto, e fingiu examinar o carro. — O que aconteceu? — perguntou ele, aproximando-se. — O carro simplesmente parou de funcionar. — respondeu, sem o olhar, era melhor que se perder nos olhos acinzentados. Ele assentiu brevemente. — Certo. Vamos rebocá-lo. — Obrigada pela ajuda. — disse ela, com a voz suave e trêmula. Ele deu de ombros, como se não fosse nada demais, e foi até a camionete. Ele abriu a porta do passageiro e olhou para ela, sério: — Pode subir. Vou rebocar. Dolores hesitou por um instante antes de entrar. Minutos depois, ele contornou o veículo e sentou no banco do motorista. Assim que ligou o carro, o motor potente preencheu o silêncio entre eles e ela estremeceu. Por alguns segundos, ninguém disse nada. Ela olhava pela janela, observando o campo infinito, tentando se distrair da presença forte e sexy ao seu lado. Mas era impossível. — Então... — começou, sem muita certeza. — Você é o senhor Carter, certo? Ele manteve os olhos na estrada. — Zacky. Só Zacky. — Certo... Zacky. — ela respondeu, tentando quebrar o gelo com um sorriso. — Sou Dolores Ferreira. — Eu sei. — disse ele, seco. Ela arqueou uma sobrancelha. — Então já ouviu falar de mim? — Só que você é da cidade, e que não deveria vir pra cá sozinha — respondeu, sem olhá-la. — Ah, então já tem uma opinião formada — ironizou. — Não é opinião. É constatação. — ele rebateu, impassível. Dolores respirou fundo irritada. — Imagino que você também não seja muito sociável, não é? Zacky deu um leve sorriso de canto, quase imperceptível. — Sociável o bastante pra resgatar moças perdidas. Ela o olhou de lado, mordendo o lábio para conter um sorriso irônico. — Ah, então é meu herói? — Eu não disse isso. Silêncio. Dolores passou as mãos sobre as coxas, tentando disfarçar o nervosismo, e olhou pela janela novamente. Minutos depois, a caminhonete passou pelo portão de madeira e seguiu pela estrada de cascalho até parar diante da casa principal da fazenda. O motor roncou mais uma vez antes que Zacky o desligasse, e o silêncio em seguida pareceu quase ensurdecedor. Ela soltou um suspiro de alívio, finalmente seus ouvidos descansariam do barulho constante. Ela tentou abrir a porta para descer, mas o trinco parecia travado. Antes que insistisse, ele havia dado a volta no veículo. Em poucos segundos, a porta foi aberta. — Eu consigo sozinha — disse ela, sem muita convicção. Zacky ignorou o protesto. Segurou-a firme pela cintura e a ergueu com facilidade, como se ela não pesasse nada. O toque foi inesperado, quente. Ela ofegou. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele a colocou no chão com cuidado. Os saltos finos afundaram imediatamente na terra fofa, fazendo-a perder o equilíbrio por um instante. — Viu só? — ele comentou, cruzando os braços, com um tom entre ironia e provocação. — Salto alto e fazenda não combinam. Dolores ergueu o queixo. — Eu me viro em qualquer terreno. Zacky arqueou uma sobrancelha, um meio sorriso surgindo sob o chapéu. — Vamos ver por quanto tempo. Ela lançou-lhe um olhar desafiador, mas não respondeu. — Venha. Dá pra ver de longe que você está desidratada. Zacky a levou até a cozinha da área gourmet. Abriu a geladeira, pegou um coco verde e o abriu. Em seguida, colocou um canudo e estendeu o coco para ela. Ela piscou, surpresa com o gesto. Levou o coco aos lábios e experimentou o líquido fresco. Fechou os olhos por um instante, saboreando o gosto puro e levemente adocicado, tão diferente das versões artificiais das prateleiras do mercado. Quando abriu os olhos novamente, Zacky estava sentado à mesa, observando-a com aquele olhar tranquilo e enigmático que ela ainda não sabia decifrar. Ele se recostou na cadeira, cruzou os braços e, com um meio sorriso provocador, perguntou: — Agora me diga, o que a mocinha da cidade veio fazer no fim do mundo?Capítulo 11Dolores entrou no quarto, pegou o celular e viu na tela que não tinha sinal.Suspirou, irritada.- Não pode ser...Caminhou até a janela, ergueu o aparelho, ficou na ponta dos pés, virou o corpo para a esquerda, para a direita...Nada.Bufou e decidiu sair.Caminhou até a varanda, olhou para o céu, para a tela, para as barras do sinal como se pudessem crescer com a força da vontade.Desceu a escada da varanda e continuou andando. Passou pela horta. Pelo caminhão de ração estacionado. Pelos galpões.A cada passo, um olhar para o celular. E nada. Zerado.- Mas que inferno de silêncio tecnológico...Afastou-se mais do que percebeu, os sons da fazenda estavam ficando distantes. O vento ali era mais forte. Até que, de repente: 1 barra. E então 2.Dolores ergueu o celular mais alto.- Vamos, vamos...3 barras.- ALELUIA!Apertou rápido o botão de chamada e esperou.Depois de dois toques, escutou a voz do assistente:- Nossa, até que enfim! Já estava pensando em mandar o exército
Capítulo 10Zacky retornou para a casa e, viu Cristina chegando de moto. A jovem estacionou em frente à varanda, tirou o capacete e lhe ofereceu o habitual sorriso insinuante, o mesmo que ele já estava cansado de ignorar.— Bom dia, senhor Zacky. — ela disse, com um brilho cheio de intenções nos olhos.— Bom dia, Cristina. — respondeu, direto. — Quero que comece pela área gourmet hoje.Ela franziu a testa, confusa.— Não seria melhor eu começar pela casa, como sempre?Ele piscou algumas vezes, calculando a resposta e mantendo a expressão fechada.— Não, não seria. — cortou com firmeza. — Comece por lá. Depois pode continuar na casa.Cristina percebeu o tom definitivo e engoliu a curiosidade. Algo ali não fazia sentido, e ela sabia, pelo jeito dele, que não deveria insistir. Apenas assentiu com um gesto de cabeça, pendurou o capacete no guidão e foi se arrumar para iniciar o serviço.Zacky a observou por um instante. Ela virou-se, e saiu rebolando de propósito, esperando atrair o olhar
Capítulo 9Zacky fechou os olhos e adormeceu. Dolores também caiu no sono, aninhada nos braços enormes dele, sentindo-se finalmente protegida. Os raios e trovões haviam cessado, restando apenas o som da chuva forte.No meio da madrugada, ele despertou com um arrepio frio percorrendo o corpo. O calor dela já não era suficiente. Com cuidado para não acordá-la, levantou e foi até o quarto buscar uma coberta. Voltou em silêncio, deitou-se novamente ao lado dela e os cobriu, envolvendo os dois com o tecido macio.Quando a abraçou, ela se moveu, ajustando-se instintivamente ao peito dele, suspirando como se tivesse, reencontrado o lugar exato onde pertencesse.Ele a fitou por um segundo, examinando a calmaria em seu rosto, e sentiu algo estranho, brotar dentro dele. Algo que não era apenas desejo.Fechou os olhos, puxou-a um pouco mais para si e, com a respiração voltando ao ritmo lento, adormeceu novamente.Antes do amanhecer, Dolores abriu os olhos. A chuva havia cessado, restando apenas
Capítulo 8Ele suspirou quando sentiu o peso do seio dela em sua mão. A pele quente, macia, delicada, o incendiou por inteiro. Um som rouco escapou de sua garganta.Ele inclinou o corpo sobre o dela, até se encaixar entre suas pernas.Dolores deslizou as pernas pelas laterais do corpo dele, convidando-o, atraindo-o, provocando-o, para ele seguir em frente. Ele segurou seu quadril até alinhar perfeitamente seus corpos.Ele abaixou a cabeça e beijou o pescoço dela, devorando cada pedacinho de pele exposta.— Ah… — ela arqueou as costas quando os lábios dele desceram pelo vale dos seios, quentes e úmidos, deixando um rastro que fazia sua respiração falhar.Ele afastou com o indicador o tecido do sutiã e colocou um dos bicos intumescidos na boca e sugou devagar, depois mais forte, mamando com vontade. O corpo dela tremeu inteiro até sentir o líquido da excitação entre as pernas.— Isso… assim… — ela sussurrou, afundando as mãos nos cabelos dele.Ele gemeu contra sua pele, o som grave vibr
Capítulo 7Ela estava tão entregue ao beijo que seus ouvidos não pareciam escutar mais a tempestade. De repente, tudo ficou distante, irrelevante. Estar nos braços daquele cowboy gigante e bruto parecia, em sua mente, a melhor coisa que tinha feito em anos.Ela abriu ainda mais os lábios, querendo sentir por completo o sabor dele, a língua quente que a invadia sem rodeios.— Ah... — ela gemeu outra vez, sentindo sua intimidade pulsar com força, seu corpo inteiro queimando por dentro.Seu corpo derreteu quando as mãos dele, grandes, duras, completamente dominantes, deslizaram pela sua cintura, subiram pelas costas e, devagar, desceram até seu traseiro. Ele apertou firme, arrancando dela um suspiro trêmulo e fazendo o calor entre suas pernas aumentar de um jeito quase doloroso.Os joelhos dela estavam prestes a ceder.Por um breve momento, ela se perguntou por que ele tinha cedido, se pouco antes dissera que ela não o interessava. Seria apenas a testosterona dele em alta? Um impulso que
Capítulo 6Dolores pegou a taça outra vez. Bebeu um gole longo, depois outro, rápido demais. A bebida reconfortava um pouco seu medo interno.A chuva piorou. A cada clarão, ela se encolhia mais um pouquinho, respirando pela boca para o peito não doer. Suspirou fechando os olhos com tristeza, parecia que não tinha fim.Zacky observava tudo. Estava preocupado.— Você vai acabar ficando tonta — ele comentou baixo, olhando a maneira como ela esvaziava a taça.— Estou... só tentando relaxar — ela murmurou, sem encará-lo.Outro raio iluminou toda a sala, tão forte que por um instante o lampião pareceu inútil. O trovão veio rasgando logo em seguida.Dolores prendeu a respiração e fechou os olhos, apertando ainda mais o braço da poltrona.Ele estendeu a mão e tocou a dela.Foi um toque leve. Como ela não recuou, ele deixou os dedos deslizarem até cobrir completamente a mão dela.Calor. Um calor imediato, subiu direto pelo braço dela, um choque involuntário que fez todos os pelos de Dolores ar
Último capítulo