O domingo nasceu calmo. Quase irônico. A luz entrava pelas janelas da casa com uma suavidade que enganava os sentidos. O cheiro de café pairava no ar, e o som das árvores lá fora dava à manhã um ar preguiçoso.
Alex, no entanto, não estava em casa.
Ele havia saído cedo para uma reunião emergencial com Marcus na CyberShield. A equipe técnica trabalhava sem descanso nos rastros do carro preto que havia surgido nas câmeras dias antes, sempre à espreita de Nina. Os bilhetes. Os padrões de acesso. A ameaça se fechava em círculos — e Alex sabia.
No meio da reunião, seu celular vibrou com uma mensagem de Nina:
“Amor, esqueci um documento da TechNova que preciso revisar antes da semana começar. Vou lá rapidinho buscar. Te amo.”
Alex leu e já sentiu o sangue subir.
“NÃO vai sozinha. Vai com o Henrique. E me avisa assim que estiver de volta.”
“Pode deixar. Ele já está vindo comigo.”
Alívio parcial. Mas só parcial.
****
O carro estacionou diante do prédio da TechNova. A cidade parecia suspensa no