Srta. Mendes e o CEO Coração de Gelo Isadora Mendes é uma mulher linda, competente e esforçada, mas vive no limite entre o caos e a sobrevivência. Sem família, sem privilégios, ela enfrenta a vida sozinha — equilibrando contas, sonhos engavetados e o peso de uma rotina exaustiva. Tudo o que quer é uma chance. Um emprego fixo. Um recomeço. Ao conseguir uma entrevista na poderosa Alcântara Corporation, Isadora não esperava ser julgada já na porta — e muito menos pelo próprio CEO. Lorenzo Alcântara, arrogante, enigmático e com um olhar capaz de congelar qualquer um, parece ter um prazer particular em testá-la. Conhecido como “Coração de Gelo”, ele comanda a empresa com punho de ferro e uma frieza que ninguém ousa desafiar. Mas Isadora não é qualquer uma. Desastrada, sim. Um pouco ousada? Talvez. Mas por trás do nervosismo está uma mulher que não abaixa a cabeça, mesmo tremendo por dentro. E é isso que chama a atenção do homem que jurou nunca mais se envolver. Entre alfinetadas, encontros intensos e uma tensão que ameaça explodir, o que era para ser apenas uma relação profissional que se transforma em algo perigoso. Ela desperta emoções que Lorenzo enterrou há anos. Ele provoca sentimentos que ela jamais imaginou sentir. Quando o gelo racha, o que nasce não é só desejo — é um abismo onde ambos podem se perder.
Ler mais"Acreditar na força do amor é entender que, mesmo quando tudo parece desabar, é ele quem nos reconstrói por dentro e nos ensina a recomeçar."Escrever meu primeiro livro foi como abrir uma janela em um cômodo escuro e empoeirado. Aos poucos, a luz entrou, o ar circulou e, com ele, vieram os personagens, as emoções e a história que antes só vivia dentro de mim. Srta. Mendes e o CEO Coração de Gelo nasceu do desejo ardente de contar um romance sincero, intenso, cheio de quedas, recomeços, olhares que falam mais que palavras e silêncios que dizem tudo.Foi uma jornada longa e cheia de descobertas. Houve dias em que me perguntei se conseguiria. Tive bloqueios criativos, dúvidas sobre o rumo da história, noites maldormidas, cafés gelados esquecidos ao lado do teclado. Mas também vivi momentos de verdadeira alegria — quando uma cena fluía tão bem que parecia já estar escrita dentro de mim, apenas esperando para ser revelada. E hoje, ao escrever estas palavras de encerramento, meu coração
O céu parecia abençoar aquela noite com sua luz serena, como um suspiro da natureza que confirmava: este era o momento. Nuvens brancas desfilavam no horizonte, o vento sussurrava segredos antigos pelas folhas, e o silêncio reverente abraçava o jardim onde Isadora caminhava em direção ao altar. Nada de exageros ou pompa desnecessária — só flores brancas como esperança, sorrisos sinceros e corações que batiam no mesmo ritmo. Lorenzo caminhava ao seu lado, nervosismo sutil que tremulava nos olhos e uma ternura profunda estampada no peito. Gabriel, com a responsabilidade de um rei, conduzia as alianças em suas mãos pequenas, tentando disfarçar o nervosismo com uma gravata torta que só o fazia parecer ainda mais adorável. Catarina, quase invisível no canto, sorriu entre lágrimas, seus olhos marejados guardando toda a história que eles viveram — uma história de batalhas, perdas e, finalmente, recomeços. Isadora estava linda em sua simplicidade, com um vestido fluido que parecia dançar c
O sol da Irlanda filtrava-se pelas cortinas brancas do quarto, pintando o ambiente com tons dourados e suaves. Isadora abriu os olhos lentamente, sentindo o calor do corpo de Lorenzo ao seu lado. Dois meses. Dois meses sem aquele cheiro, sem aquele toque, sem aquele abrigo silencioso que só ele sabia oferecer. Virou-se devagar e encontrou o rosto dele tão perto, os cílios longos descansando sobre a pele bronzeada, a respiração calma de quem, por fim, estava em paz. Isadora se permitiu um sorriso tranquilo e aconchegou-se mais, passando a perna por cima da dele, o rosto no pescoço do homem que amava. — Achei que era um sonho — sussurrou ela, deslizando os dedos pelo peito dele. Lorenzo abriu um dos olhos, preguiçoso e provocador. — Se for, espero não acordar. — respondeu com a voz ainda rouca de sono, puxando-a para mais perto e beijando-lhe a testa. Aquela manhã tinha gosto de recomeço, de alívio e de futuro. Mas Isadora logo notou algo diferente assim que desceu para a cozinha.
O escritório envidraçado no alto da Avenida Paulista exalava silêncio e encerramento. Era como se até os móveis soubessem que aquele dia marcava o fim de um ciclo.Lorenzo Alcântara estava sozinho, olhando a cidade lá embaixo, como um rei que se despedia do seu trono sem perder a imponência. A capital fervilhava com sua pressa habitual, mas ali dentro tudo era calma, maturidade e decisão.Sobre a mesa, a pasta com os últimos documentos assinados. O novo presidente do Grupo Alcântara estava prestes a assumir. Não era apenas um nome de confiança, era Leonardo, o amigo que o acompanhava desde o início, quando Lorenzo ainda era arrogante demais para ouvir conselhos e teimoso demais para aceitar que precisava de ajuda.— Está tudo pronto, Leo. Agora você é o responsável pelo Grupo Alcântara. — disse Lorenzo, estendendo a mão com a mesma firmeza de quem construiu um império do zero.Leonardo segurou a mão do amigo com respeito e orgulho.— Não vou decepcionar. Mas saiba que, mesmo de longe,
O céu da Irlanda amanhecia preguiçoso, tingido de cinza e dourado. Isadora observava as nuvens se moverem lentamente pela janela da cozinha, com as mãos envoltas em uma xícara de chá de camomila. Era sua terceira tentativa de se acalmar naquele dia, mas o desconforto persistia. Uma náusea leve, mas constante, que vinha lhe acompanhando havia dias.Ela culpava o clima, o estresse, a saudade. Mas no fundo, o corpo sussurrava o que o coração já sabia.Catarina andava agitada, e não era só por causa dos eventos beneficentes ou das visitas inesperadas. Havia uma energia diferente pairando sobre a casa — cochichos, olhares trocados com Gabriel, telefonemas encerrados às pressas.— Tudo bem, Catarina? — perguntou Isadora, casual, ao vê-la falando ao telefone mais uma vez e desligando bruscamente ao notá-la.— Claro que sim, querida! Era... era sobre flores. Do evento. — respondeu rápido demais, o sorriso escorregando pelos lábios antes de se fixar. — E você? Está com uma carinha... pálida.—
Lorenzo desceu do jatinho em solo brasileiro sob um céu cinza e abafado. O calor úmido não o incomodava — o que queimava mesmo era a saudade. Ao pisar no asfalto, sentiu o vazio apertar o peito. Já sentia falta de Isadora e de Gabriel. Era como se tivesse deixado uma parte de si na Irlanda. Mas não havia tempo para sentimentos. A vida o esperava com garras afiadas. Ainda na pista do aeroporto executivo, seu celular apitou inúmeras vezes. Mensagens, e-mails, reuniões emergenciais. A tranquilidade dos dias ao lado de Isadora parecia agora um sonho distante, quase irreal. Ao entrar no carro, o motorista o atualizou sobre a agenda. A empresa havia acumulado pendências. Decisões importantes estavam paradas, clientes aguardando posicionamentos, funcionários sem liderança direta. Lorenzo Alcântara estava de volta. Mas só o corpo. A alma ainda dançava no som do riso de Gabriel e na doçura dos olhos castanhos de Isadora. Nos dias seguintes, mergulhou no trabalho como se fosse o único j
A luz da manhã entrava pelas frestas da cortina como dedos tímidos, desenhando feixes dourados sobre os corpos entrelaçados na cama. O ar ainda carregava os vestígios da noite anterior — quente, intensa, inesquecível. O quarto exalava o perfume da paixão recém vivida, mas também a tristeza sutil da partida que se aproximava.Lorenzo acordou primeiro. Passou os dedos lentamente pelos cabelos de Isadora, que repousava com a cabeça em seu peito. A respiração dela era suave, ritmada, e seu rosto sereno o fazia esquecer — por um segundo — da realidade do dia. Mas o relógio não parava. Isadora abriu os olhos, preguiçosa, e encontrou os dele.- Está quase na hora de ir ? — a voz veio baixa, rouca, como se tentasse impedir o tempo de seguir.— Não queria. Juro que não queria.Ela se ergueu devagar e o beijou nos lábios, um beijo lento, de quem sabia que cada segundo valia ouro. Sem pressa, deixaram que o desejo reacendesse, como se aquele último momento pudesse congelar o mundo lá fora.Fi
Os dias correram lentos, como se o mundo respeitasse o tempo de cura. Isadora recebeu alta do hospital com recomendações médicas rigorosas: repouso absoluto nas primeiras semanas, pouca movimentação, nada de estresse. O corpo ainda carregava as marcas da violência sofrida, mas o coração já pulsava com outra energia.Desde que atravessara a porta de casa novamente, não estava mais sozinha. Lorenzo não desgrudava. Era ele quem preparava o café da manhã, ajeitava as almofadas no sofá, a colocava confortavelmente na poltrona da sala ou, quando o sol permitia, a conduzia até a espreguiçadeira perto da janela do seu quarto, de onde ela podia ver todo o quintal.Isadora passava longos momentos ali, em silêncio. Observava. Absorvia. Lorenzo e Gabriel juntos pareciam dois meninos. Um homem e um garotinho, mas ambos com a mesma alegria pura nos olhos. Brincavam de esconde-esconde, jogavam bola, corriam de um lado a outro como se tivessem o mundo inteiro naquele pedacinho de grama.A cada gargal
As horas avançaram devagar, como quem não queria atrapalhar o reencontro. A luz suave da manhã atravessava as frestas da janela, aquecendo o quarto frio e silencioso. Tudo parecia suspenso, como se o tempo soubesse que um milagre prestes a acontecer merecia respeito.Uma batida suave na porta quebrou a quietude. Não era médica, nem enfermeira. Era um som diferente — tímido, mas carregado de urgência.— Com licença? — disse Clara, a babá, com Gabriel nos braços.O menino estava inquieto. Vestia uma camiseta de foguete, as meias trocadas e os tênis meio tortos — aquele jeito apressado de quem quer voar até onde o coração manda. Mas o olhar… ah, o olhar! Misturava medo, saudade e uma esperança tão pura que as palavras não ousavam nomear.— Mãe? — ele sussurrou, hesitante, como se não quisesse acreditar no que via.Isadora tentou se erguer. Ainda sentia o corpo frágil, as marcas do trauma recentes, mas os braços dela se abriram com a força do instinto. Porque mãe não precisa estar inteira